Adurão

Adurão
Dornelas do Zêzere

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Centro da aldeia
Centro da aldeia

Adurão é uma aldeia situada na freguesia de Dornelas do Zêzere, no concelho de Pampilhosa da Serra.

Situada a nordeste da sede do concelho, dista desta 29 km, da sede de freguesia 4 km e da cidade do Fundão 33 km. Encostada na Serra do Machialinho, tem a seus pés a Ribeira que engrossa no Pisão e vai desaguar ao rio Zêzere. Sobressai no meio do olival em socalcos por entre o pinhal. Noutros tempos, existiria um grande souto na encosta (pois a castanha era uma importante fonte de alimentação), como faz perceber o nome da terra Portas do Souto. Água férrea e terra barrenta e dura de trabalhar. Diz-se que em tempos mais remotos a povoação se situava em três núcleos - Fonte Clér, Sequeirinhos e Salgueiral.

História

A sua fundação perde-se no tempo, mas tudo leva a crer que é uma povoação muito antiga. Numa relação de 21 de Abril de 1758, solicitada ao pároco da freguesia de Dornelas pelo cipreste do Fundão, Adurão já fazia parte das anexas pertencentes à freguesia de Dornelas. Mas já na segunda metade do século passado foi demolida uma casa, que pertenceu à família Mendes Faustino, onde sobre a porta de entrada tinha gravada numa pedra a data de 1718.

Nas décadas de 40 e 50, quando alguns rumaram em direcção às províncias ultramarinas e países da América Latina, Adurão contava cerca de 250 habitantes (relembre-se que o número de filhos por casal andava normalmente entre os 4 e os 8). Mas a terra tem acompanhado o ritmo de desertificação do concelho, e da Beira Interior, sobretudo a partir do final da década de 60 e início da de 70, com o êxodo rural sobretudo para as zonas de Coimbra e Lisboa e a emigração para a Europa, sobretudo para a França, Bélgica, Suíça e Alemanha. Actualmente com cerca de 60 habitantes os campos estão abandonados às ervas e às silvas.

Casas antigas em xisto
Casas antigas em xisto

Economia

Segundo os nossos antepassados aqui sempre se praticou uma agricultura de subsistência, sendo antigamente a castanha, o centeio, o milho, a cevada, o feijão e o azeite a base da sua alimentação. Para termos uma ideia da importância da castanha na nossa alimentação, a nossa serra era então um vasto souto de castanheiros, onde existem alguns exemplares, com séculos de vida, não havia uma única casa na nossa terra que não tivesse por cima da lareira o chamado caniço, onde secavam as castanhas, que depois pilavam para utilizar na sua alimentação.

A pastorícia (sobretudo a capricultura) tinha um peso económico considerável no orçamento familiar, bem como o porco, cuja matança se verificava sempre quando chegava o frio de Dezembro.

Desde o princípio do século passado, com o aparecimento do volfrâmio nas Minas da Panasqueira, muitos foram os filhos desta terra que ali foram procurar trabalho, chegando a trabalhar nas minas a maioria dos homens válidos, como aliás de toda esta região. Se por um lado trouxe algum bem estar, por outro também trouxe a silicose, o chamado "mal da mina".

Até meados do século passado as resinas dos nossos pinhais também ajudavam à subsistência.

Nas primeiras quatro décadas do século passado cultivava-se e preparava-se muito o linho. Era obrigatório o tecido de linho fazer parte do enxoval e, depois, da mortalha. Hoje a sua cultura já não existe, mas ainda existem algumas ferramentas para o seu amanho, incluindo um tear. São peças que fazem parte do nosso artesanato, da nossa cultura.

Existe volfrâmio nos limites da povoação, nos sítios do Cabeço do Milheiral e Corga Nogueira, tendo a sua exploração registado alguma actividade nos anos 40. A Beralt Tin & Wolfram ainda fez uma sondagem no cabeço do Mineral, mas sem resultados positivos. Existe ainda no sítio do Ribeiro um filão de chumbo, mas a sua exploração não se justifica devido ao seu baixo preço no mercado.

No trabalho do campo usavam-se samarras (feitas de peles de cabra, secas) e tamancos (feitos de pau de figueira e que levavam brochas). O sapateiro vinha a casa para fazer este e outros tipos de calçado para toda a família. As primeiras botas só apareciam nos pés de alguns rapazes lá para os dez anos ou quando iam para a tropa.

Conta-se que por falta de botas um rapaz esbritava ouriços com o calcanhar dos pés (tão castigados andavam!). As camisas eram feitas de estopa e as mulheres andavam de saiote de linho ou estopo. Ao Domingo usavam-se calças de cetim ou sarja, à semana as calças eram de saragoça e de sarrabeca. As mulheres usavam saiote, combinação, saia e blusa, andavam todas muito bem tapadinhas.

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