Aguada de Cima é uma freguesia portuguesa do concelho de Águeda. Aldeia até 1997, foi elevada a vila nesse ano pela lei nº 50/97 de 12 de Julho. É sede de uma freguesia com 27,55 km² de área e 3.952 habitantes (2001). Densidade: 143,4 h/km². É a sétima freguesia do concelho em área, a terceira em população e a décima terceira em densidade demográfica.
Localizada na parte sul do concelho, a freguesia de Aguada de Cima tem por vizinhos as freguesias da Borralha a norte, Belazaima do Chão a nordeste, Aguada de Baixo e Barrô a oeste e Recardães a noroeste e a sul as freguesias de Avelãs de Cima e Sangalhos do concelho de Anadia.
História
É centenária a sua história, aparecendo já mencionada “Aqualata” no ano de 132 A.C. Aparece mencionada numa doação ao Mosteiro do Lorvão, no ano de 961, com o nome da sua padroeira, Santa Eulália.
Foi vila romana. Foi doada ao Mosteiro da Vacariça, cujos monges foram quem desbravaram as suas terras. No ano de 1064, por presúria, foi doada a D. Sesnando, da Igreja de Milreu, de Coimbra, em 1113.
Passou para a Coroa em 1128. Em 1132, D. Afonso Henriques couta esta vila à Sé de Coimbra. Passou depois para a Universidade de Coimbra, tendo foro especial de justiça. D. Manuel I concedeu-lhe foral em 23 de Agosto de 1514. Foi sede de Capitania-Mor. Pertenceu, durante o liberalismo, aos Duques de Lafões. Foi julgado de Paz. Teve pelourinho, forca e tribunal. Em 12 Julho 1997 foi elevada a Vila. Em 12 Julho 2007 foi inaugurada a réplica do Pelourinho.
Lugares
- Aguadalte
- Almas da Areosa
- Bustelo
- Cabeço Grande
- Cabeço da Igreja
- Cabeço de Lama
- Cadaval
- Canavai
- Carvalhitos
- Corsa
- Engenho
- Forcada
- Formigueiro
- Forno
- Garrido
- Ilha
- Ínsua
- Miragaia
- Monte Verde
- Pisão
- Pisão da Forcada
- Outeiro
- Póvoa de Baixo
- Póvoa de São Domingos
- Póvoa do Teso
- Póvoa de Vale Trigo
- São Martinho
- Seixo
- Teso
- Vale Grande
- Vale do Lobo
- Vila
Património
Pelourinho de Aguada de Cima (fragmentos)
O Foral Manuelino data de 1514. Existem fragmentos do pelourinho original, que estão depositados no Museu Santa Joana em Aveiro e demonstra que este tinha o emblema universitário. Em 2007 foi construída uma réplica deste mesmo pelourinho que está implantada numa praceta criada para o efeito no centro cívico da freguesia.
Marcos e Malhões
As terras de Aguada de Cima estão demarcadas desde, pelo menos 1520, por marcos (em pedra) e malhões (montes de terra)que ainda hoje são mantidos.
Igreja Matriz
Reconstrução de 1711, data gravada, dá o ano médio da reconstrução. Escultura de mérito é a imagem da Virgem e do Menino de calcário e de oficina coimbrã da primeira metade de século XV. Dos meados do mesmo século é a imagem de Santa Luzia. Colunas em talha torcidas e de parras, ao meio pilastras misuladas com crianças atlantes. Excepcional é o púlpito, tratado em calcário ançanense, do século XVIII. Sofreu última reconstrução em 2005, que lhe conferiu conforto e arquitectura moderna, mantendo as suas peças de maior valor.
Capela das Almas da Areosa
Constitui um ex-libris turístico e religioso. A capela das Almas da Areosa, no sítio da Areosa, levanta-se a cerca de um quilometro para sudoeste do núcleo da freguesia, rodeada de velhas árvores e em cujo terreiro se faz feira mensal. As paredes são espessas para suportarem a abobada, as cantarias no grés regional de tonalidade branca. O corpo octogonal é acrescido de capela-mor rectangular. Cobre o octógono de oito panos, separados nos ângulos por cintas que se erguem das pilastras inferiores. Tanto o retábulo principal como os dois laterais pertencem à segunda metade de século XVIII.
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