Alfredo Rodrigo Duarte nasceu a 25 de Fevereiro de 1891 na freguesia de Santa Isabel, em Lisboa. Grande fadista português, que se tornou mais conhecido pelo imortal nome de Alfredo Marceneiro devido à sua profissão. Era detentor de uma voz inconfundível, tornando-se um marco deste género da canção em Portugal. Foi distinguido com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique. Faleceu em Lisboa, a 26 de Junho de 1982.
Origens
Seus pais, Gertrudes da Conceição e Rodrigo Duarte, eram ambos naturais do Cadaval, descendentes de duas conhecidas famílias da região, os Coelho e os Duarte, mas gente humilde. Amigos e companheiros de brincadeiras desde crianças atingiram a idade adolescente com a amizade transformada em amor. As perspectivas de futuro também nessa altura eram difíceis na aldeia, pelo que decidiram partir para Lisboa à procura de melhores condições de vida. Corria o ano de 1890. Gertrudes já trazia no seu ventre a semente do seu amor e mal chegam à capital casa com Rodrigo na Igreja de Santa Isabel, recebendo dos lábios do padre Santos Farinha a bênção matrimonial.
Rodrigo Duarte era mestre de corte de calçado, tendo arranjado colocação numa sapataria da Rua da Madalena e graças a esse salário consegue alugar uma pequena casa na freguesia de Santa Isabel, num prédio da Travessa de Santa Quitéria. Hoje já não existe: foi demolido para abertura da Avenida Álvares Cabral.
E foi nessa casa que nasceu para o mundo o primeiro filho do casal Duarte, no dia 25 de Fevereiro de 1891, e a quem foi dado, na pia baptismal, o nome de Alfredo Rodrigo Duarte, pelo mesmo pároco que havia unido em casamento seus pais.
- O restante da biografia de Alfredo Marceneiro pode ser lido no site oficial de Alfredo Marceneiro, da autoria do seu neto, Vítor Duarte Marceneiro
Amor pela sua terra natal
Alfredo Marceneiro cantou em homenagem à sua freguesia, Santa Isabel. Nesta zona lisboeta existe uma Igreja com o nome da rainha Santa Isabel, onde os pais de Alfredo casaram e ele foi baptizado. Fica situada na Rua D. Dinis, rei de Portugal e seu marido.
Alfredo Marceneiro deu o mote ao poeta Armando Neves e assim nasceu o Fado intitulado "Freguesia".
Se os cantadores todos, hoje em dia
Ruas e bairros cantam, de nomeada
Eu cantarei à minha freguesia
A de Santa Isabel tão afamadaFreguesia gentil que não tem par
É talvez de Lisboa, a mais dilecta
De D. Diniz, a rua faz lembrar
O esposo de Isabel o Rei poetaLembra a Rainha Santa, quando vinha
Transformar o pão em rosas, com fé tanta
Ela que Santa foi, menos Rainha
Mas foi entre as Rainhas, a mais SantaPoetas e literários, foram seus
Ilustres moradores, geniais
Como Almeida Garrett, João de Deus
Teófilo, Junqueiro, e outros maisFreguesia onde enfim, moro também
Onde sempre pisei honrados trilhos
Nela casou a minha querida mãe
E nela é que nasceram os meus filhosQue Deus me dê a graça, a alegria
Na vida tão cheiinha de desgostos
A vir morrer na minha freguesia
Como um soldado morre no seu posto
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