Alijó é uma vila portuguesa pertencente ao Distrito de Vila Real, região Norte e sub-região Douro, com cerca de 2.800 habitantes.
É sede de um município com 298 km² de área e 13 722 habitantes (2006), subdividido em 19 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Vila Pouca de Aguiar e Murça, a leste por Carrazeda de Ansiães, a sul por São João da Pesqueira e a oeste por Sabrosa.
Alijó é sede de um concelho essencialmente agrícola que se estende desde a margem direita do rio Douro até aos limites do Concelho de Murça e, ainda, entre os rios Tinhela, Tua e Pinhão, que lhe conferem uma área aproximada de 300 km² envolvendo 49 povoações, em 19 freguesias e quase 20.000 habitantes.
Freguesias
As freguesias de Alijó são as seguintes:
- Alijó (freguesia)
- Amieiro
- Carlão
- Casal de Loivos
- Castedo
- Cotas
- Favaios
- Pegarinhos
- Pinhão
- Pópulo
- Ribalonga
- São Mamede de Ribatua
- Sanfins do Douro
- Santa Eugénia
- Vale de Mendiz
- Vila Chã
- Vila Verde
- Vilar de Maçada
- Vilarinho de Cotas
História
A vila de Alijó, situada a cerca de 45 quilómetros da capital do Distrito, Vila Real, localiza-se numa vasta área de cultura castreja. Sofreu, como tantas outras localidades do actual concelho, as vicissitudes resultantes da romanização e da ocupação mourisca. Implantada num eixo que terá servido de fronteira em permanentes mutações, dividia cristãos e árabes. Foi por estes destruída e posteriormente abandonada.
Só a partir do primeiro quartel do século XII é que recomeçou o seu povoamento, graças aos sucessivos forais outorgados por D. Sancho II, (1226), D. Afonso III (1269) e, mais tarde, por D. Manuel I, já no século XVI (em Julho de 1514). Serviu de motivação para os que demandaram este concelho, além das regalias concedidas, o seu clima e solos extraordinariamente ricos, particularmente para a produção de vinho generoso, acreditado "embaixador português" em todo o Mundo. No entanto, só a partir dos séculos XII e XIII é que se assistiu a uma ocupação ordenada, tendo sido atraídos vários representantes da nobreza e da alta burguesia. Foi o caso do marquês de Távora, primeiro donatário de Alijó e seus termos, bens incorporados na Coroa após a execução dos Távoras, em pleno consulado pombalino.
Pelo concelho de Alijó, existem dispersas várias manifestações do seu povoamento antigo, desde castros a pinturas rupestres e a vestígios de estradas romanas. A própria hagio-toponímia evidencia que do século VII ao século XIII se manteve na área do concelho uma população laboriosa, a qual conseguiu sobreviver às investidas quer dos mouros quer dos cristãos das Astúrias.
Toponímia
Alijó, cuja etimologia teria origem na existência da história Legio Spetima Gemina, outras teses nos indicam que o topónimo advém da palavra Ligioo, mais tarde Lijó, que pretenderia significar a natureza pedregosa do local naquela época, tem a sua monumentalidade representada pelo pelourinho, algumas casas solarengas e a igreja com o seu conjunto de alfaias, objectos de culto e várias imagens de relativo valor.
Património
O conjunto de arquitectura religiosa nesta vila, inclui:
- Capela do Senhor do Andor ou dos Passos
- Capela de Nossa Senhora dos Prazeres, no monte da Cunha
- Capela de Santo António, no monte do Vilarelho
A arquitectura civil, com excepção do pelourinho, está praticamente circunscrita à existência do edifício da Câmara Municipal - Paços do Concelho - parte do qual construído no século XVIII e outra parte no século XIX. O brasão que coroa este edifício encontra-se picado, feito levado a cabo pelos soldados franceses na Guerra Peninsular e no qual, em vez das armas do concelho, mandaram pintar as águias napoleónicas, então ainda triunfantes.
Próximo do monumental Plátano oriental, considerado monumento nacional, mandado plantar pelo visconde da Ribeira de Alijó, em 1856, fica a antiga Casa dos Távoras. Porém, o mais importante solar que existiu nesta vila, foi sem dúvida, o Solar dos Viscondes de Alijó, no qual se encontra instalado grande parte do comércio local.
Economia
São as suas gentes, na sua maioria, rurais que contribuem para o desenvolvimento e riqueza do concelho, aplicando-se na dureza do trabalho do campo; A norte, a zona de planalto granítico e a sul o terreno xistoso, inclinado para o Douro, onde predomina a cultura da vinha e onde se produz o Vinho do Porto.
Terra rica em manifestações etnográficas, a sua gastronomia possui um sabor requintado e poderoso, onde reinam o cabrito assado, o cozido à portuguesa, as tripas à transmontana, as carnes fumadas, a célebre bola de carne, e os milhos (da zona da montanha). É de salientar também o famoso pão de Favaios muito apreciado e procurado por toda a região. Na doçaria, o destaque vai para as célebres cavacas e amêndoas cobertas de Santa Eugénia, quinzinhos, pudim de amêndoa, pão-de-ló de água, bolo borrachão e muitos outros de reminiscência conventual.
No campo do turismo, Alijó tem imensas propostas a oferecer aos visitantes, como o turismo fluvial no rio Douro; o turismo ecológico na foz do Tua, local privilegiado para a pesca desportiva, e uma riqueza imensa de miradouros e paisagens. Tendo Alijó tradições antiquíssimas no que respeita às feiras, festas e romarias, são estas também uma importante atracção turística.
Por tudo isto e pelas suas características de uma tranquilidade e hospitalidade únicas, Alijó constitui sem dúvida, um dos locais mais aprazíveis para passar umas férias de sonho, na quietude de um cenário quase paradisíaco.
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