Almaceda é uma freguesia portuguesa do concelho de Castelo Branco, com 72,46 km² de área e 943 habitantes (2001). Densidade: 13,0 hab/km².
Toponímia
O nome da freguesia aponta para o domínio muçulmano. Mazanido (aparece na doação de Cardosa) – palavra composta do artigo árabe al de maceda (palavra sincopada ou abreviada de maçaneda – que significa pomar de macieiras. À forma antiga de mazanido juntou-se o artigo árabe al, como era hábito.
Matianetum – mazaneda – maçanedo – Almaceda. Como Almaceda se compõe de dois núcleos populacionais, Senhora da Graça e Espírito Santo, nascidas junto de duas antigas ermidas, será lícito perguntar se não houve relação entre estes templos e a origem e significado de Almaceda. Também há quem afirme que Almaceda vem de almazeida, que significa águas crescidas.
História
Almaceda dista da sede de concelho cerca de 35 km. Diversos achados arqueológicos comprovam que o povoamento desta freguesia se iniciou ainda antes dos romanos. Encontram-se com frequência provas de que esta região foi povoada desde os tempos mais remotos (urnas funerárias, cabanas, queijarias redondas, restos de um castro luso-romano, vestígios romanos, ara dedicada a Evara,…) Do período moçárabe ou mourisco (levadas ou canais, minas abandonadas e grande diversidade toponímica). As levadas ou canais para rega dos campos e minas abandonadas comprovam que a passagem dos mouros pela freguesia trouxe importantes benefícios para os seus habitantes. Com D. Sancho I, toda esta vasta região começou a ser povoada. O foral concedido a Sarzedas, em finais do séc. XII, beneficiou também esta freguesia. Até 1846 Almaceda iria pertencer, em termos administrativos a Sarzedas, passando até 1895 para o de São Vicente da Beira e, por extinção deste, para o de Castelo Branco.
A partir de 1860, a freguesia começou a registar um crescimento populacional notável e, durante o século seguinte os seus habitantes quase que duplicaram. Em meados deste século, o sentido foi inverso, facto que teve a ver com a emigração para o estrangeiro. Hoje, a tendência de perda populacional ainda não se conseguiu inverter, tendo em dez anos (entre os censos de 81 e 91), perdido cerca de 14% da sua população.
Artesanato
- Bordados de tear e mantas de trapos
Gastronomia
- Maranho, tijeladas, enchidos e cabrito no forno
- Tijeladas, Filhós fintas, borrachões, biscoitos de azeite
Grupos Recreativos
Festas e Romarias
- Nossa Senhora da Saúde – segundo Domingo de Páscoa
- São Sebastião (quase sempre no dia 20 de Janeiro)
- Santo António – Domingo de Páscoa
- Espírito Santo – Domingo de Pentecostes
- Senhora da Graça - Segunda-feira de Pentecostes
Ligações externas
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