Alvaiázere é uma vila portuguesa pertencente ao Distrito de Leiria, região Centro e sub-região Pinhal Interior Norte, com cerca de 1.800 habitantes.
É sede de um município com 161,00 km² de área e 7.941 habitantes (2006), subdividido em 7 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Ansião, a nordeste e leste por Figueiró dos Vinhos, a sueste por Ferreira do Zêzere, a sudoeste por Ourém e a oeste por Pombal.
Freguesias
Topónimo
Alvaiázere, vila e concelho, deve o seu nome aos árabes. Com efeito, quando esses povos invadiram a Península Ibérica, no ano de 711, logo se apoderaram de grande parte do actual território nacional. Foi o caso de Alvaiázere, a quem baptizaram de Al-Bai-Zir ou Alva-Varze, de acordo com as diferentes opiniões expressas. O termo Al-Baiaz significa "o falcoeiro" sendo que para alguns esta seriam então "as terras do falcoeiro".
História
Apesar da voracidade dos séculos, o concelho não perdeu algumas das características que desde sempre teve. Da serra de Alvaiázere, por exemplo, obtêm-se panoramas excelentes. Uma serra altiva e repousante. Um maciço calcário coberto de urzes e pequenas orquídeas floridas. Para nascente, avista-se a planura fértil de Alvaiázere, salpicada de vinhedos, olivais, campos de milho e de alegre casario branco e ocre. Para poente, vê-se o vale do rio Nabão, antecedido de frondosos pinhais. Pelas encostas houve-se o andar lento dos rebanhos e das cabras. Em Alvaiázere, a natureza é intensamente verde. Vales e várzeas abraçam dois tranquilos cursos de água, o Nabão e a ribeira de Alge. Bem tinha razão D. Sancho I quando decidiu repovoar, em 1200 uma terra que vivia então um verdadeiro declínio, dando-lhe foral.
Foi elevada a vila por D. João I, que lhe deu foral em 1338. O seu termo, nesta altura era tão dilatado que abrangia dois priorados, três viga irarias e um corado: os priorados de São João da Boa Vista e São Pedro de Rego da Murta, as vigairarias de Pussos, Maçãs de Caminho e Pousaflores e Covado de Almoster. Em 1435, segundo documentos existentes na Torre do Tombo, D. Duarte doou a vila a sua mulher, a Rainha D. Leonor, passando assim Alvaiázere ao domínio da coroa. D. Manuel deu-lhe foral novo, em 15 de Maio de 1514.
Naquele ano de 1514, não apenas a vila de Alvaiázere recebeu foral novo. Das actuais freguesias do concelho, também Maçãs de D. Maria e Pussos (doravante Vila Nova de Pussos) obtiveram os privilégios decorrentes desse documento. Maçãs de D. Maria, aliás, formou concelho nesse ano, ao mesmo tempo que Avelar, Aguda, Chão de Couce e Pousaflores. Eram as "cinco vilas" e ainda Arega.
Os sinais do passado estão ainda bem evidentes em todo o concelho de Alvaiázere. Aqui, sucedem-se os solares e as quintas senhoriais. Uns setecentistas, outros, mais antigos, exibem bonitas torres de menagem. Na sede do concelho existe um solar que foi de Duarte Pacheco Pereira, cuja tradição refere a passagem de Duarte Pacheco, assassino de D. Inês de Castro, antes de fugir para Espanha. Ainda hoje se conserva sobre a porta principal do edifício o brasão de armas dos Pachecos.
Freguesias como Maçãs de Dona Maria e Pelmá testemunham a sua antiguidade nos pelourinhos e encantam os panoramas que se contemplam nos adros das suas igrejas matriz. O espírito religioso deste povo está expresso nas lendas que circulam de pai para filho, oralmente, desde há muitos séculos.
Economia
A base económica desta região é a agricultura, como sempre o foi. Os solos férteis, os vales e as várzeas bem irrigados e as encostas cobertas de vinhas e oliveiras, foram importantes auxiliares da sua população.
Gastronomia
Alvaiázere é a Natureza pujante. E a emoção de percorrê-la diariamente, em efémeros pedaços de felicidade extrema: correr, descansar, caçar. Actualmente denominada como capital do chícharo (leguminosa, pequena, que tem o mesmo tratamento que o feijão, mas que cresce em terrenos áridos), Alvaiázere é o sítio ideal para se poder saborear esta leguminosa confeccionada das mais variadas formas.
Para além do chícharo, à mesa reina o saboroso queijo da região, os enchidos, a carne de alguidar, o cabrito e o leitão assado no forno, acompanha-se com o excelente vinho da também da região e adoça-se o a paladar com o tradicional bolo de noiva.
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