Amieiro é uma freguesia portuguesa do concelho de Alijó, com 6,41 km² de área e 104 habitantes (2001). Densidade: 16,2 hab/km².
É uma das freguesias que desde sempre pertenceu ao concelho de Alijó e uma daquelas que constituía o seu núcleo primitivo. Amieiro fica situada na margem esquerda do rio Tua, numa zona de declive, dominada pela cordilheira granítica de Vilarelho.
Toponímia
O topónimo desta freguesia é de sentido geográfico. Provém do facto de existirem, ou terem existido, amieiros em grandes quantidades perto do rio e dos ribeiros que a banham. Refere a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, verdadeiro tratado sobre toponímia, em relação a este assunto:
"À primeira vista pode parecer moderno; mas nesta região do País de adusto povoamento, pode ser muito mais antigo - pelo menos, no caso mais recente, de um arcaico ameeiro (latim Amoenariut) para não se recuar demasiadamente ao étimo, este aliás bem justificado no significado botânico pela situação do local à borda do Tua, onde os amieiros podiam proliferar. Assim Amieiro não deve significar uma árvore isolada, mas ter o sentido arcaico de ameeiro, de acordo com o étimo: o conjunto das espécies vegetais que hoje tem o nome de amieiro."
História
Conta o povo muitas lendas sobre a fundação da freguesia. Uma delas refere-se a uma invasão de formigas no Amieiro velho, que obrigou as pessoas a abandonar o local e fundar o actual Amieiro. Mas a verdade é que o povoamento da freguesia deve mesmo ter começado em tempos pré-históricos. Aqui terá existido um castro de defesa natural. Comprova-o a topografia do local e alguns topónimos hagiográficos que nos remetem para cultos antiquíssimos de raiz pagã.
A freguesia foi um curato da apresentação da reitoria de Alijó. Esteve sob o domínio dos Távoras até passar para a coroa, depois do martírio a que foi sujeita aquela família, acusada de tentativa de regicídio pelo Marquês do Pombal.
Nasceu no Amieiro José Maria Teixeira da Rocha, benemérito que se notabilizou pelo apoio dado a algumas obras de carácter social levadas a cabo no concelho e na freguesia: o lar de idosos de Alijó, o infantário, a ponte, o cemitério, a igreja e a casa da cultura do Amieiro, entre outras. Foi dado o seu nome à praça fronteira ao pavilhão gimnodesportivo.
Economia
A sua economia é marcada pela agricultura. Os seus férteis terrenos, protegidos dos ventos norte e nordeste, propiciam o cultivo do vinho, azeite, laranja e produtos hortícolas.
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Comentários
O meu comentário, é sobre beneméritos do Amieiro. Concordo que o senhor Rocha foi um grande benemérito. E por isso recebeu todos os elogios, e até um busto,bem merecido sim senhor. Mas ninguém se lembrou de fazer uma homenagem a duas irmãs,pobres ,velhas e viúvas que ficaram sem suas casas que estavam construídas no local onde fizeram a igreja. Não foram homenageadas,nem recompensadas.Uma,era minha avó Ana Izabel, andava uma semana em casa de cada filho,que eram tão pobres como ela.Ficou maluca durante muito tempo. A outra,era Tereza,foi para Casa duma filha em Presandães. Podem dizer que os filhos fizeram doação. Naquela época, a maioria dos adultos eram analfabetos,e bastava um senhor regedor ou um senhor presidente da junta chegar até eles com um papel ,e dizer:molha aqui o dedo e coloca-o aqui,e eles assim faziam.Se não o fizessem,eram capaz de não arranjarem quem lhes desse trabalho,Pois era do trabalha braçal que viviam ,naquela época,eram os senhores de terras que mandavam. Se alguém ler esse meu desabafo tão longo,peço desculpa.Mas me dói ver que só quem tem dinheiro, é que tem valor.Magnífica
parabéns pela sua coragem em denunciar.
a aldeia do Amieiro situa-se na margem direita do rio Tua e na na esquerda…