Angra do Heroísmo é uma cidade que se localiza na costa Sul da Ilha Terceira, nos Açores.
É sede de um município com 237,52 km² de área e 35.581 habitantes (2001), subdividido em 19 freguesias. O município é limitado a nordeste pelo município da Praia da Vitória, sendo banhado pelo Oceano Atlântico em todas as demais direcções.
Com cerca de 21.300 habitantes, constitui-se na capital histórica e em sede da diocese dos Açores. Abriga ainda um destacamento militar, o Regimento de Guarnição nº 1. A riqueza de seu património edificado fê-la ser classificada como cidade Património Mundial pela UNESCO desde 1983. Juntamente com Ponta Delgada e Horta, Angra constitui uma das capitais regionais.
Freguesias
- Altares
- Cinco Ribeiras
- Doze Ribeiras
- Feteira
- Nossa Senhora da Conceição (Angra do Heroísmo)
- Porto Judeu
- Posto Santo
- Raminho
- Ribeirinha
- Santa Bárbara
- Santa Luzia (Angra do Heroísmo)
- São Bartolomeu de Regatos
- São Bento
- São Mateus da Calheta
- São Pedro (Angra do Heroísmo)
- Sé (Angra do Heroísmo)
- Serreta
- Terra Chã
- Vila de São Sebastião
Geografia
Angra do Heroísmo, encontra-se protegida a norte pela serra do Morião e a Sul pelo Monte Brasil. A Nascente eleva-se a serra da Ribeirinha que alberga a freguesia do mesmo nome. A Poente estende-se uma paisagem costeira que desce suavemente desde a serra de Santa Bárbara, esta sempre presente na paisagem, formando pequenas baías e enseadas.
A economia da região assenta na pecuária (indústria de carne e lacticínios) e agricultura.
História
O local escolhido pelos primeiros povoadores foi uma crista de colinas, que se abria, em anfiteatro, sobre duas baías, separadas pelo vulcão extinto do Monte Brasil. Uma delas, a denominada "angra", tinha profundidade para a ancoragem de embarcações de maior tonelagem, as naus. Tinha como vantagem a protecção de todos os ventos, excepto os de Sudeste.
As primeiras habitações foram erguidas na encosta sobre essa angra, em ruas íngremes de traçado tortuoso dominadas por um outeiro. Neste, pelo lado de terra, distante do mar, foi iniciado um castelo com a função de defesa, à semelhança do urbanismo medieval europeu: o chamado Castelo dos Moinhos.
Em 1474, Álvaro Martins Homem mandou desviar e canalizar a ribeira que corria para a angra, aproveitando a forças de suas águas e lançando as bases para o futuro desenvolvimento económico da povoação. Ao mesmo tempo, liberava a área do vale para, de acordo com os princípios do urbanismo do Renascimento, pudessem ser abertas ruas obedecendo a um plano ortogonal, organizadas por funções, de acordo com as necessidades do porto que crescia com rapidez. Desse modo, já em 1534, ainda no contexto dos Descobrimentos, Angra foi a primeira povoação do arquipélago a ser elevada à condição de cidade. No mesmo ano, foi escolhida pelo Papa Paulo III para sede do Bispado.
Pelo porto de Angra (hoje transferido para Praia da Vitória, para dar lugar à marina de Angra) passaram ao longo dos séculos caravelas, naus e galeões que contribuíram para o progresso da cidade e suas gentes, como atestam palácios, conventos, igrejas e fortes.
Posteriormente, entre 1766 e 1832, Angra constitui-se na capital dos Açores. No século XIX passou a denominar-se Angra do Heroísmo em reconhecimento ao seu contributo durante a Guerra Civil Portuguesa (1828-1834).
Em Angra encontraram refúgio Almeida Garrett, durante a Guerra Peninsular, e a rainha Maria II de Portugal entre 1830 e 1833, durante as lutas liberais (1828-1834).
Não se pode falar de Angra do Heroísmo sem falar da Praça Velha, também conhecida como Praça dos Santos Cosme e Damião ou Praça da Restauração. Foi a primeira praça portuguesa projectada para servir como ponto de encontro de dois arruamentos, de acordo com os ideais urbanos do Renascimento. Caracteriza-se por ser um amplo espaço fronteiro ao edifício da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, tendo o pavimento marcado por pequenos blocos de pedra de calcário e basalto que formam um mosaico português.
A Praça Velha constitui o centro da cidade por excelência, constituindo-se no núcleo a partir do qual se desenvolveram as principais artérias da malha urbana. Ao longo da sua história conheceu diferentes funções: mercado de galinhas e gado aos domingos, palco de corridas de toiros, palco de enforcamentos durante as lutas entre liberais e absolutistas. Durante o século XIX, principalmente a partir de 1879, serviu de palco à Banda de Caçadores nº 10, aquartelados nos Fortaleza de São João Baptista da Ilha Terceira e que, durante mais de meio século tocou música para a cidade de Angra.
O Centro Histórico de Angra do Heroísmo encontra-se, desde 1983, classificado como Património Mundial pela UNESCO.
Património
- Castelo dos Moinhos
- Fortaleza de São João Baptista da Ilha Terceira e Igreja de São João Baptista do Castelo
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