Aranhas

Aranhas
Penamacor



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Aranhas é uma freguesia portuguesa do concelho de Penamacor, com 5,50 km² de área e 440 habitantes (2001). Densidade: 80,0 hab/km². Situa-se perto da aldeia de Salvador.

Topónimo

Alguns afirmam que a localidade deve o seu nome ao facto de aqui terem proliferado uma espécie de aracnídeos. No entanto, esta versão não é sustentada pelos estudiosos. Há quem defenda que o topónimo se deve à existência, outrora, de muitos teares, popular e localmente designados por aranhas. Segundo consta, quando as populações vizinhas ali se deslocavam para mandar fazer tecidos de linho, diziam que iam ao "lugar das aranhas", daí a possível origem do nome. A designação pode também ter resultado da aplicação do vocábulo "aranhas", em arcaico "arãia", e em latim "aranea". Pode ainda provir de um nome arcaico português "areas" (em latim arenas).

História

A origem do povoado remonta pelo menos à presença dos romanos na Península, dado que é assinalada a passagem de uma estrada romana pela localidade e que se manteve como estrada medieval; outra prova da antiguidade do povoamento de Aranhas, é a proximidade da Estação Arqueológica da Arrochela, sendo igualmente significativos os testemunhos romanos; assim, é de crer que no seu território tivesse existido um remoto povoamento, embora se encontrasse quase extinto no principiar da Nacionalidade. No entanto, o local rapidamente se restaurou e parece ter alcançado importância bastante para a paróquia de Santa Maria das Aranhas estar já instituída no século XIII. É neste século que a freguesia ocupa um lugar de algum destaque, pois para além de estar instituída como paróquia, estava também instituída como um julgado de pequenas dimensões, "o julgado de Aranhas", já citado pelas Inquirições de 1290, como um dos que não continham algum prédio honrado ou que não fosse foreiro à coroa. É desconhecida a origem deste pequeno concelho que cedo desapareceu, suprimido pelo de Penamacor; todavia, são feitas referências a Aranhas num dos livros da chancelaria de D. Afonso III e no livro de forais antigos copiados para "leitura nova" de D. Manuel I, o que leva a crer que, sendo o mesmo documento, se trata de carta de foro daquele rei a Aranhas.

No Foral Novo de D. Manuel I dado a Penamacor, em Santarém a 1 Junho de 1510, Aranhas é a única freguesia mencionada, embora sem a independência medieval, pois aparece incluída no termo daquela vila e castelo de Penamacor.

No século XVIII, a freguesia de Aranhas era anexada à de Aldeia do Bispo por falta de população; porém, a partir do século XIX, a população cresceu notavelmente, do que resultou a sua separação de Aldeia do Bispo.

Património Arquitectónico

Igreja Matriz

Situa-se no centro da freguesia. É de construção pobre no exterior, mas rica nos seus altares de estilo barroco. A arquitectura é bem proporcionada e simples. Interiormente, tem três altares - o altar-mor e dois laterais - de talha dourada, com motivos barrocos. O altar-mor é de grande beleza e riqueza, com destaque para o retábulo do Sacrário que foi feito com as dimensões e risco do Sacrário do Sagrado Coração de Maria da Igreja de Penamacor. Por cima do Sacrário, ergue-se o trono com cinco degraus feito, igualmente, à imitação do trono da Igreja de Penamacor.

Aquando da reconstrução em 1886, a antiga igreja existente no local, foi toda demolida. A data da construção desta primeira igreja não é conhecida. embora se saiba que não correspondia à primitiva igreja da póvoação pois que, nos primórdios, a igreja situava-se onde hoje existe a Capela do Espírito Santo, que foi erguida sobre as ruínas daquela.

Capela da Senhora do Bom Sucesso

Situa-se no monte sobranceiro à freguesia de Aranhas. Dali se avista não só a própria aldeia, como ainda uma extensa região. As razões que levaram o povo de Aranhas a construir a Capela da Senhora do Bom Sucesso no cimo do monte, e como réplica à já existente perto da ribeira da Baságueda no limite de Penamacor, prende-se com rivalidades antigas entre os Romeiros à Senhora do Bom Sucesso de Penamacor, em cujo arraial se travavam grandes brigas.

Outrora foi a romaria celebrada no mesmo dia da Senhora do Bom Sucesso de Penamacor. E, tivesse ou não havido o propósito de à primeira fazer concorrência, a verdade é que ela se dava. Talvez para evitar esta concorrência, a romaria da Senhora do Bom Sucesso de Aranhas veio a ser mudada para o terceiro Domingo de Agosto de cada ano, data que ainda hoje permanece.

A construção remonta a 1896. Por volta de 1970 e em virtude de a mesma ameaçar ruir, foi totalmente demolida. No mesmo espaço foi construída a actual. Era pároco da Freguesia o Sr. Padre António Robalo Ramos. A imagem da Virgem, de escultura antiga, mede trinta e cinco centímetros e tem o Menino Jesus nos braços. A lenda diz que esta imagem foi encontrada por pastores locais no tronco ocado de uma sobreira.

A ermida compõe-se de capela-mor, corpo da igreja e um alpendre.

Capela do Divino Espírito Santo

Pequena capela situada na Rua do Espírito Santo foi, segundo tudo leva a crer, a primeira igreja de Aranhas e centro do aglomerado inicial. A sua construção é anterior a 1869 (data da substituição da cobertura). O sacrário ali existente e que se encontra fora do seu lugar, é em talha purpurinada do século XVIII, e tudo indica não ter pertencido a esta capela, uma vez que não está de acordo com o resto ali existente. O altar é do século XVI, com colunas, estilo jónico. A frontaria do altar é do século XVIII.

Fornos Comunitários

Existem três, que deixaram de funcionar há pouco tempo.

Casas Senhoriais

  • Casa do Sr. Luís Ferreira
  • Casa do Sr. Capitão Rebelo
  • Casa do Sr. José Candeias

Outros pontos de interesse

  • Fonte Velha ou Lavadouros Públicos
  • Chafariz da Rua do Rodeio
  • Fontanário do Adro da Igreja
  • Chafariz da Rua do Espírito Santo

Festas

  • Festa de Nossa Senhora do Bom Sucesso(Cabecinho) – Terceiro Domingo de Agosto

Colectividades

Bibliografia

  • Dicionário do Nome das Terras Portuguesas, de João Fonseca

Ligações externas

Fotografias

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