O Arquipélago das Berlengas está situado a 16 km a oeste de Peniche. O arquipélago é um possante bloco granítico. O seu território pertence à freguesia de São Pedro, concelho de Peniche.
Fazem parte deste arquipélago três pequenos ilhéus:
- Berlenga Grande
- Estelas
- Farilhões
A parte mais importante da ilha é chamada Berlenga e representa mais de dois terços da superfície total da ilha. A outra parte chama-se Ilha Velha e encontra-se separada da restante ilha pela erosão marítima.
A Reserva Natural das Berlengas é candidata a Reserva da Unesco.
História
A ocupação humana da Berlenga Grande (única habitável) remonta à Antiguidade, sendo assinalada como, Λονδοβρίς, Londobris. Mais tarde foi chamada de ilha de Saturno pelos geógrafos Romanos. Posteriormente foi visitada por navegadores Muçulmanos, Vikings, corsários Franceses e Ingleses.
Em 1513, com o apoio da rainha D. Leonor, monges da Ordem de São Jerónimo aí se estabeleceram com o propósito de oferecer auxílio à navegação e às vítimas dos frequentes naufrágios naquela costa atlântica, assolada por corsários, fundando o Mosteiro da Misericórdia da Berlenga, no local onde, desde 1953, se ergue um restaurante. Entretanto, a escassez de alimentos, as doenças e os constantes assaltos de piratas e corsários Marroquinos, Argelinos, Ingleses e Franceses, tornaram impossível a vida de retiro dos frades, muitas vezes incomunicáveis devido à inclemência do mar.
Património
Edificado
Farol Duque de Bragança
O Farol da ilha foi construído em 1841, o Farol foi baptizado Duque de Bragança. O Farol utiliza a energia acumulada durante o dia (através de vários painéis solares), com 29m de altura. A sua luz é visível até cerca de 50 km de distância.
Fortaleza das Berlengas
- Ver artigo principal: Forte de São João Baptista das Berlengas
O forte de planta poligonal irregular (orgânica), apresenta uma edificação principal no terrapleno, com doze salas ou quartos onde funcionavam as dependências de serviço (Casa do Comando, Quartéis de Tropas, Armazéns, Cozinha e outros) e mais oito compartimentos inscritos no interior das muralhas. Um corredor sem iluminação dá acesso internamente aos vários pontos da estrutura.
Natural
Fauna
No tocante à fauna destacam-se a lagartixa-de-bocage e o sardão, esta última espécie ameaçada pela populações de gaivota, coelho-bravo e rato-preto. Existem várias espécies de aves, marinhas e não-marinhas, que nidificam neste ponto isolado do litoral, tais como:
- Airo (ave símbolo da Reserva Natural das Berlengas);
- Cagarra;
- Corvo-marinho-de-crista;
- Gaivotas (gaivota-de-patas-amarelas e gaivota-d´asa-escura);
- Pardela-de-bico-amarelo;
- Roque de Castro
No mar, entretanto, é que se encontra a maior riqueza do arquipélago, de piscosidade ímpar na costa portuguesa.
Flora
Existem cerca de uma centena de espécies botânicas na área, incluindo:
- Lobularia maritima
- Frankenia laevis
- Echium rosulatum
- Thapsia villosa
- Pulicaria microcephala
- Papoila
- Malmequer-amarelo
- Anagallis monelli
- Silene
- Armeria berlengensis
- Herniara berlengiana
Turismo
Existem dois restaurantes na ilha, o Restaurante e Quartos Mar e Sol e no Forte de São João Baptista, uma zona de campismo e um minimercado com produtos essenciais.
Praias
- Praia do Carreiro do Mosteiro
Bibliografia
- Jornal Alvorada n°1020
Fotografias
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