Assentiz

Assentiz
Rio Maior

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Assentiz é uma freguesia portuguesa do concelho de Rio Maior, com 5,41 km² de área e 424 habitantes (2001). Densidade: 78,4 hab/km².

Encontra-se no extremo sul do concelho, no seu limite com o vizinho município de Santarém. Situa-se num planalto, entre os Montes Juntos e as faldas da Serra dos Candeeiros, a cerca de quinze quilómetros da sede do concelho.

Dentro de Rio Maior, é rodeado pelas freguesias de Ribeira de São João e São João da Ribeira, a norte; Arrouquelas, a ocidente; e Marmeleira, a leste.

História

É a mais recente freguesia do concelho de Rio Maior. A sua fundação data de Junho de 1989, através do desmembramento da freguesia da Marmeleira. Uma prova do desenvolvimento alcançado ao longo dos anos, e que lhe permitiu atingir tal estatuto. Esse crescimento foi evidente, sobretudo, a partir das Invasões Francesas de 1809.

A história da aldeia começa no período árabe. Isto supõe-se devido à presença de alguns vestígios, nomeadamente a Fonte Mourisca, que data de 1144, ou seja, antes de tomada da “Linha do Tejo” por D. Afonso Henriques em 1147, aos mouros. No entanto, existem também alguns vestígio romanos, não mais que uma ponte, um pouco afastada da povoação.

O título de Visconde de Assentiz foi criado pelo rei D. Carlos em 23 de Maio de 1908. O primeiro Visconde de Assentiz foi André José Ferreira Borges de Proença Vieira, engenheiro nascido em 1864 e falecido em 1927; o segundo titular foi Carlos Maria João da Guerra Quaresma Marin, que nasceu em 1884 e morreu em 1971.

A partir do século XVIII, a aldeia começa a crescer em torno da Quinta de Assentiz, que na altura pertencia ao Morgado Francisco de Paula Cardoso de Almeida Amaral de Gaula, um grande amigo de Bocage. Nesta altura, a Quinta pertencia à freguesia de São João Baptista da Ribeira, até ao ano de 1877, altura em que é criada a freguesia da Vila da Marmeleira. A população trabalhava os terrenos em volta da Casa Senhorial, eram assalariadas e possuíam também casas e terras que iam adquirindo ao longo dos anos. Assim, Assentiz era como um senhorio, em que o Senhor possui o maior número de terras e que as oferece ao povo para estas serem trabalhadas. Segundo ditos locais, o Morgado tinha uma amada de seu nome Maria Afentiz, de onde derivou o nome Assentiz.

A Quinta de Assentiz não serviu só como um edifício económico, mas também como local de abrigo, pois foi aqui que os habitantes da povoação se protegeram das invasões francesas em 1807 (General Junot) e 1810 (General Massena), sendo que a invasão de 1809 (Marechal Soult) atingiu apenas o norte do país. Depois de ter pertencido ao Morgado, a Quinta passou por sucessivos donos, dos quais não existem registo. Nos princípios do século XIX a Quinta foi vendida em praça ao Ministro Real Guerra Quaresma, para oferecer à sua filha D. Leocádia da Guerra Quaresma. Esta, após um primeiro casamento, casa-se, pela segunda vez com aquele que era considerado o primeiro engenheiro da altura, o Visconde André Proença Vieira, que recebeu o título de Primeiro Visconde de Assentiz, dado por D. Manuel II Rei de Portugal, em 1908. Até ser vendida, o último herdeiro foi Carlos Maria João da Guerra Quaresma Marin, segundo Visconde de Assentiz, distinguido no meio lisboeta por ser um grande equitador. Foi ainda um dos fundadores da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Sul do Concelho de Rio Maior. Actualmente a Quinta não tem a importância de outrora, mesmo assim é um edifício que não escapa à paisagem da povoação.

A economia da Quinta realçava vastas terras ocupadas com vinhas, olivais e searas onde se cultivavam trigo, cevada ou milho. Também abundavam as terras de pasto, lagares de azeite, celeiros, adegas e ainda uma caldeira de destilação. A impetuosidade da Quinta marcava um povo de trabalho e de lavoura, dotando-o ainda de um notável aspecto religioso, confirmado pelos muitos casamentos e baptizados registados.

A presença da Quinta nesta região proporcionou um importante desenvolvimento tecnológico, pois foi devido à necessidade de produzir e de inovar que foi trazida para a Quinta a primeira debulhadora, ainda a vapor, o primeiro tractor e o primeiro automóvel.. Devido à sua importância, a Quinta dispunha também de dois brasões. O brasão da quinta e o brasão da família (Brasão de Armas dos Viscondes de Assentiz).

Não se pode dizer que Assentiz é uma aldeia pouco desenvolvida, dado que no ano de 1962 surge a electricidade nesta povoação, e mais tarde em 1976 foi instaurada uma rede de água canalizada.

Economia

Em termos económicos, a palavra de ordem é a diversificação. A agricultura e pecuária são as principais actividades, sobretudo a nível da produção de cereais. A freguesia dispõe ainda de fábricas de móveis e oficinas de mecânica de automóveis. Outras actividades: diversificada que engloba as seguintes actividades: suiniculturas, construção civil, supermercados, cafés/restaurantes, bomba de combustível e alarmes, entre muitos mais.

Segundo os últimos dados demográficos, constantes do XIII Recenseamento Geral à população, de 2001, viviam em Assentiz 424 pessoas. Destas, 216 eram homens e 208 mulheres. O número de famílias clássicas residentes era de 161 e o número de alojamentos familiares era de 211.

As principais actividades estão inseridas nos seguintes sectores: Marcenaria (fábrica de móveis), Carpintaria, Suinicultura, Construção Civil, Supermercados, Restauração, Combustíveis e Oficinas de Mecânica de Automóveis. Dado o número de habitantes, pode-se concluir que o grau de industrialização de Assentiz é grande. Existe um baixo nível de desemprego.

Saúde

A população mais idosa tem ao seu dispor um Posto Médico que funciona, unicamente, duas terças-feiras por mês, mas que em tempos funcionava dois dias por semana e para toda a população. Desta forma, as pessoas que não podem ser atendidas neste posto têm que se deslocar ao Centro de Saúde de Rio Maior ou a Clínicas Particulares.

Desporto

O Centro Recreativo e Cultural de Assentiz apresenta boas instalações que incluem Bar e Salão de Festas, um Campo de Futebol que garante a pratica desta actividade desportiva com uma equipa de futebol sénior que participa no campeonato distrital do INATEL e uma secção de futebol camadas jovens. Esta associação conta, ainda, com uma secção de Taekwondo e outra de ginástica feminina. O Clube de Caçadores de Assentiz dispõe, também, de boas condições para a prática do desporto que lhe é grato. Existe ainda uma equipa de ciclismo amador (BTT Assentiz), virada para a prática de BTT.
[editar] Educação

A freguesia dispõe de uma Escola Pré-Primária (onde se podem matricular crianças a partir dos três anos de idade) e de uma Escola do primeiro ciclo do ensino básico. Finalizado o primeiro ciclo os alunos deslocam-se para Rio Maior de forma a dar continuidade aos seus estudos.

Património

O património edificado da freguesia inclui uma velha ponte de dois arcos, que uns dizem ser romana e outros de origem moderna. A confirmar-se tal afirmação, faria parte do traçado da velha via que fazia a ligação entre o norte e o sul do território português. Apôs uma grande cheia no século XVIII, a estrutura terá ficado reduzida a um único arco. A verdade é que o povoamento de Assentiz, como se pode ver, data de épocas recuadas da história do Homem.

A Casa Senhorial do Morgado de Assentiz tem interesse do ponto de vista arquitectónico, mas sobretudo do ponto de vista histórico. Foi a partir desse imóvel que a povoação nasceu e se desenvolveu.

A chamada Fonte Mourisca é outro dos locais de interesse. Neste caso, ao seu nome está associada uma das muitas lendas em que a nossa história é fértil. Ali terão aparecido, em tempos antigos, mouras encantadas e muitos tesouros. Conta-se que, numa das ruas que descia para a Fonte Mourisca, os mouros esconderam parte do seu tesouro, numa gruta que ficara protegida por grandes rochas. Este tesouro era constituído essencialmente por ouro, não só em moedas, como também sob a forma de animais (uma cabra e uma galinha), em valiosas esculturas. Por altura da tomada de Santarém aos mouros, estes viram-se obrigados a abandonar esta região e deixaram para trás o seu tesouro. A rua onde, de acordo com os ditos, se encontra o tesouro foi posteriormente chamada de “Rua da Moira”, no entanto o tesouro nunca foi visto.Actualmente, mais do que a sua função original, a Fonte Mourisca está transformada num espaço de lazer ao serviço de todos os habitantes. Lenda da Rua da Moira

Outros pontos a visitar são a Capela de Nossa Senhora da Vitória, a padroeira de Assentiz, e o Jardim Dr. Calado da Mata, onde se podem passar alguns momentos refrescantes e de descanso.

A Quinta de Assentiz em tempos foi um morgadio instituído no século XVII por António Nunes de Gaula, mais tarde pertenceu a Francisco de Paula Cardoso Almeida Vasconcelos do Amaral e Gaula, conhecido como o Morgado de Assentiz, foi autor de muitas peças de teatro e era o grande amigo e protector do poeta Bocage. Segundo a obra "Bocage no seu tempo" de Luís Dantas, Edições CERES,o último soneto de Bocage foi escutado e escrito, momentos antes da sua morte, pela mão do Morgado de Assentiz.

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