Azambuja

Azambuja
Sub-região Lezíria do Tejo



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Foto de Vítor Oliveira

Lista de Municípios Portugueses


Azambuja é uma vila portuguesa no Distrito de Lisboa, com cerca de 6.900 habitantes. Desde 2002 que está integrada na região estatística (NUTS II) do Alentejo e na sub-região estatística (NUTS III) da Lezíria do Tejo. Até aí fazia parte da antiga região de Lisboa e Vale do Tejo. Pertencia ainda à antiga província do Ribatejo, hoje porém sem qualquer significado político-administrativo. De notar, ainda, que até 2004, o concelho da Azambuja fez parte da Área Metropolitana de Lisboa, passando então a integrar a Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo, cujo território coincide com a NUTS III com o mesmo nome.

É sede de um município com 261,66 km² de área e 21.748 habitantes (2006), subdividido em 9 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Rio Maior, a nordeste por Santarém, a leste pelo Cartaxo, a sueste por Salvaterra de Magos, a sul por Benavente e Vila Franca de Xira e a oeste por Alenquer e pelo Cadaval.

É o município geograficamente caracterizado como o mais oriental do distrito de Lisboa, localização que o torna charneira e porta de entrada na Grande Lisboa, quer por auto-estrada, quer por Caminho de Ferro.

Freguesias

História

A sua actual configuração geográfica e administrativa torna o Concelho de Azambuja relativamente jovem e simultaneamente, das unidades municipais mais antigas de Portugal. Unificado pelas sucessivas reformas territoriais da administração e circunscrição local da Monarquia Liberais, entre 1834 e 1855, praticamente nasce com os alvores da nacionalidade. Gerou-se a partir de finais do século XII, com a criação de uma rede simultânea, coincidente em paróquias e freguesias. Esta malha de pequenas unidades geográficas de administração e circunscrição local com jurisdições diferenciadas, estabeleceu ao longo da história uma cadeia de laços de familiaridade, de solidariedade, sociabilidade e identidade firmando e cimentando relações, tanto das elites dirigentes e possidentes, como da sociabilidade entre as suas gentes, o povo em si.

Alcoentre foi a primeira unidade de administração e circunscrição local, instituída em 1147, por D. Afonso Henriques, nos meses que medeiam a conquista de Santarém e Lisboa. Como recompensa e visando a defesa e o povoamento da fronteira natural do Tejo, D. Sancho I entrega Azambuja ao nobre cruzado-guerreiro, D. Rolim, seu 1º senhor, a quem o seu neto, alcaide e 3º senhor concede contratualmente foral em 1172, em comum consentimento com os moradores. O mesmo Rei-Povoador concede em 1207 a Aveiras de Baixo e 1210 a Aveiras de Cima, cartas de aforamento, sabendo-se que a primeira visava dotar sua filha, a infanta D. Sancha.

Aveiras de Cima, foi designada Veiras ou Aveiras de Fundo até aos princípios do século XVI, tendo recebido de D. João I carta de foral em 1401, reforçada com instrumento idêntico de D. Duarte em 1434. A estas quatro circunscrições foi confirmado "foral novo" por D. Manuel - Azambuja a 7 de Janeiro de 1513, Aveiras de Cima e Vale do Paraíso a 13 de Setembro, a Aveiras de Baixo a 19 e a 26 do mesmo mês, o de Alcoentre.

Vila Nova da Rainha tivera uma efémera jurisdição própria, entre 1376 e 1382, tempo que medeia entre o instrumento de concessão por D. Fernando, de termo e justiças próprias e o seu arrasamento e retorno ao termo de Alenquer, ordenado pela Regente Leonor de Teles.

Vinda da Idade Média e referenciada desde D. Dinis, São Pedro de Arrifana foi uma grande paróquia do termo de Santarém até ao século XVIII, quando é instituído o concelho e senhorio em Alcoentrinho, que passou a ser a cabeça senhorial, paroquial e sede de concelho como Manique do Intendente, por mercê de D. Maria I ao Intendente Pina Manique.

Durante as duas primeiras décadas do século XX, o lugar de Vale do Paraíso que pertencia a Aveiras de Cima é elevado a Freguesia, o mesmo acontecendo com Vila Nova de São Pedro, desanexada de Manique do Intendente. Desta Freguesia sairá a nona freguesia, quando esse estatuto é reconhecido ao lugar de Maçussa, em meados da penúltima década da centúria de XX.

Está enraizada no imaginário a diferenciação geográfica do Município em Alto e Baixo Concelho, para caracterizar e referir realidades distintas de modos de povoamento e desenvolvimento, mas sobretudo de natureza geo-morfológica e de exploração e dimensão fundiária - a Lezíria a Sul, caracterizada pelas monoculturas extensivas e a grande propriedade, e o Bairro a Norte - onde predomina a policultura intensiva, com destaque para a vitivinicultura. Funcionando de forma integral e complementar em termos de equilíbrio económico e aproveitamento dos recursos naturais locais, globalmente considerados, oferecem em termos de património natural e paisagístico, uma variante motora do desenvolvimento sócio - cultural sustentável em termos de lazer, fruição e respeito da Natureza e seus recursos.

Património

O património edificado e de interesse histórico-cultural é uma das grandes heranças, legadas pela história. Entre monumentos e sítios classificados ou referidos como de interesse patrimonial, histórico, artístico ou cultural, surgem à cabeça o "castro" de Vila Nova de São Pedro, a igreja-palácio, casa da câmara, pelourinho e praça doa imperadores em Manique do Intendente, o marco de cruzamento no lugar da Espinheira, Alcoentre, as escolas Grandella em Tagarro e Aveiras de Cima, a igreja do mosteiro de Santa Maria das Virtudes e o solar dos condes de Aveiras, em Aveiras de Baixo, os painéis azulejares da igreja de Vila Nova da Rainha, o marco da légua, a igreja matriz, a igreja da misericórdia, pelourinho e palácio do provedor das lezírias em Azambuja, entre muitos outros patrimónios edificados particulares e de arquitectura religiosa ou de arte sacra e de interesse local ou regional.

Personalidades

O maior património é o "património humano", o povo ou as gentes anónimas que deram e dão vida e sentido à história, os seus costumes, crenças, destrezas e tradições, as suas memórias, o seu sentir e o seu «saber-fazer». Sobressaem por todo o Município uma série de figuras com peso e visibilidade nacionais e que aqui nasceram ou viveram e de que são meros exemplos, tais como:

  • Afonso Vaz de Azambuja (capitão de caravelas)
  • André Pessoa]]] (comandante de caravelas)
  • António de Azambuja (capitão de caravelas)
  • António Rolim de Moura (1.º conde de Azambuja, governador e viso-rei do Brasil)
  • António Rolim de Moura (cavaleiro nas conquistas das praças de Marrocos),
  • Diogo de Azambuja (navegador)
  • Diogo de Gouveia - o Moço (humanista)
  • Diogo Inácio Pina Manique (estadista, intendente e desembargador)
  • Francisco Child Rolim de Moura (humanista)
  • Francisco da Cunha Paredes (atleta olímpico medalhado)
  • Francisco Maria de Almeida Grandella (comerciante)
  • Frederico Arouca (conselheiro, embaixador)
  • Frei Diogo Lopes de Andrade (bispo de Otranto e pregador de Filipe II)
  • Frei Teófilo da Trindade (instituidor do hospital da Ordem Terceira)
  • Frei Jerónimo de Azambuja (teólogo e embaixador)
  • João Afonso Esteves de Azambuja (estadista e cardeal)
  • Pedro Estevães do Sobrado (instituidor do mais antigo hospital do Concelho)
  • João da Silva Tello de Meneses (conde de Aveiras e vice-rei da Índia)
  • Martim Afonso de Sousa (vice-rei da Índia)

Heráldica

Com o dia do Município e feriado municipal em Quinta Feira da Ascensão, todo este património natural, cultural e humano fazem parte de uma mesma identidade, simbolicamente representada e identificada na composição heráldica Municipal, aprovada pela Portaria n.º 8:971, publicada a 6 de Abril de 1938, cujas armas são "de prata com um zambujeiro de verde, frutado do mesmo e sustido e arrancado de negro, acompanhado por duas flores de lis de vermelho. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres «Vila de Azambuja» de negro.

Ligações exteriores

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