Barrancos é uma vila portuguesa no distrito de Beja, região Alentejo e sub-região Baixo Alentejo, com cerca de 1.900 habitantes (2001).
É sede de um município com 168,43 km² de área e 1.924 habitantes (2001). O município é limitado a norte e a leste pelos municípios espanhóis de Oliva de la Frontera e Valencia del Mombuey (província de Badajoz) e de Encinasola (província de Huelva), a sul e oeste pelo município de Moura e a noroeste pelo município de Mourão.
A vila de Barrancos é a única localidade do município e dista 21 quilómetros de Santo Aleixo da Restauração, concelho de Moura, a povoação portuguesa mais próxima. Amareleja e Safara, estão a aproximadamente 26 quilómetros, Moura a 50 quilómetros e a sede de distrito, Beja, a cerca de 110 quilómetros. Lisboa, a capital fica a cerca de 250 quilómetros .
Atravessando a fronteira, a povoação Espanhola mais próxima, Encinasola, está a 9 quilómetros. Oliva de la Frontera a 29 quilómetros, Fregenal de la Sierra a 32 e Zafra a 72, são algumas das localidades espanholas cuja relação com a população de Barrancos é mais intensa.
Freguesias
Barrancos é um dos cinco municípios de Portugal constituídos por uma única freguesia.
História
Historicamente, o território que hoje ocupa o concelho de Barrancos foi ocupado por diferentes civilizações, desde o calcolítico, sendo ocupado depois pelos romanos, visigodos e posteriormente conquistado aos Mouros em 1167, por Gonçalo Mendes da Maia, o Lidador. Após processo de conquista, D. Sancho I ordena o seu repovoamento em 1200. Por essa época, a sede de concelho situava-se na vila de Noudar (dentro da fortaleza do Castelo de Noudar).
Em 1295 é concedido foral por D. Dinis à vila de Noudar, altura em que seria definitivamente incorporada no Reino de Portugal. Noudar, permanece estável durante cerca de 500 anos após a concessão de foral, no entanto, em 1825 inicia-se um lento processo de despovoamento devido à perda da sua importância estratégica e militar o que permitiria a transição da sede de município para a actual vila de Barrancos, assistindo-se ao desaparecimento gradual da sua população.
Barrancos, resulta então, de uma transferência de população e poder municipal da antiga vila de Noudar, tendo cumprido recentemente um século de Restauração do Município de Barrancos em 1998, fruto de uma Reforma Administrativa onde foi incorporado no concelho de Moura de 1896 a 1898.
Heráldica
Brasão
De prata, com um sobreiro verde com troncos a negro e frutos de ouro, sobre um terrado de cor natural, cortadas por três faixas onduladas, duas de prata e uma de azul. No terrado, um javali passante de ouro realçado de negro. Coroa natural de prata de quatro torres. Listel branco, com os dizeres a negro “Vila de Barrancos”. A prata do campo representa a riqueza. O verde do sobreiro representa esperança. O negro representa a terra e significa firmeza e honestidade. O javali representa a grande riqueza pecuária da região e é de ouro, assim como os frutos, porque este metal representa fidelidade, constância e poder. O azul do rio significa zelo e lealdade.
Bandeira
Esquartelada de amarelo e azul. Cordões e borlas de ouro e azul. Hasta e lança douradas.
Selo
Circular, com as peças do brasão sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres “Câmara Municipal de Barrancos”.
Banda de Barrancos - foto de Paulo Bica |
Cultura
Dista 110 km da sede do distrito de Beja e o mesmo da cidade de Évora. Possui grandes ligações culturais com Espanha, uma vez que a povoação de Encinasola dista de Barrancos apenas 9 km, ao passo que a localidade portuguesa mais próxima (Santo Aleixo da Restauração), se situa a 21 km. As manifestações mais visíveis deste parentesco cultural são o dialecto aí falado (e actualmente leccionado na escola local), o barranquenho, e na sobrevivência da tourada com touros de morte, até aos nossos dias, cuja excepção foi consagrada na lei em 2002.
O facto de confinar com a fronteira espanhola levou ainda ao desenvolvimento, até finais da década de 70 do século XX, de uma intensa actividade de contrabando na vila.
Mantêm-se ainda curiosas tradições de raiz comunitária, tais como:
- o baile da Pinha, realizado no sábado seguinte ao Carnaval
- a romaria do Dia das Flores, na segunda segunda-feira após o domingo de Páscoa
- as festas em honra de Nossa Senhora da Conceição, nos dias 28 a 31 de Agosto
- o dia de Nossa Senhora da Conceição, a 8 de Dezembro
- a fogueira de Natal, comunitária, no largo principal da vila, na noite de 24 de Dezembro
Património
Relativamente ao património edificado, destacam-se as ruínas do Castelo de Noudar e dos edifícios da antiga vila homónima.
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