Belver é uma freguesia portuguesa do concelho do Gavião, com 69,71 km² de área e 900 habitantes (2001). Densidade: 12,9 hab/km².
Foi pertença da Ordem do Hospital, e sede de concelho independente entre 1518 e 1836. Era constituído pelas freguesias de Belver e Comenda e tinha, em 1801, 1.403 habitantes. Aquando da extinção do município, a freguesia transitou então para o concelho de Mação, onde permaneceu integrado até 1898, data em que passou para Gavião.
História
O território da actual povoação de Belver deverá ter sido ocupado pela primeira vez em épocas muito longínquas, pois a julgar pela região em que se insere, onde se encontram vestígios de fixação humana pré-histórica, como por exemplo, a anta do Penedo Gordo na Torre Fundeira, não se pode excluir a hipótese de essas populações se terem espalhado por toda aquela área, inclusivamente para a de Belver.
O repovoamento fixo e permanente do território da freguesia foi iniciado por D. Sancho I que, por carta de 13 de Junho de 1194, fez doação à Ordem do Hospital de São João de Jerusalém das terras denominadas “Guidimtesta’, com a condição de na “Vila de Guidimtesta’, edificarem um castelo, a que o próprio monarca impôs o nome de “Belver”, cuja interpretação é “Bela Vista”; facto concordante com a localização do referido castelo, que se situa no alto de um morro, na margem direita do rio Tejo, de onde se tem a panorâmica da freguesia. O castelo foi fundado por Gualdim Pais, dos Hospitalários; esta Ordem estava familiarizada com as inúmeras experiências em arquitectura militar avançada, o que permitiu a construção de uma fortaleza muito bem delineada. Julga-se que o castelo terá sido ocupado pelos cavaleiros da Ordem antes mesmo da sua conclusão, em 1212.
O Foral Novo atribuído por D. Manuel I, a 18 de Maio de 1518, instituiu o concelho de Belver; porém, no século XVII, o seu termo estava muito mais reduzido, sendo apenas composto por Belver e Comenda. O concelho de Belver acabava por ser extinto em 1836, na sequência de uma reorganização administrativa do país. Belver ficava então integrada no concelho de Mação e, em 1898, passava para o de Gavião, ao qual ainda hoje pertence. O castelo é o mais valioso património cultural da povoação e a Barragem de Belver um dos locais de maior interesse turístico.
A sua situação geográfica e as dificuldades económicas, fizeram da povoação um dos pontos onde a emigração chegou a atingir valores significativos, levando muitos dos seus habitantes a procurar noutras zonas do país e do mundo, trabalho com melhor remuneração, visto que no local, a actividade dominante é a agricultura, sendo a produção olivícola a que mais se destaca. No artesanato local, ressaltam os tapetes e as colchas em lã ou linho.
Património
- Castelo de Belver
- Ermida de Nossa Senhora do Pilar
- Capela de São Brás (Belver) e retábulo
- Anta do Penedo Gordo
Festas
- Procissão do Senhor dos Passos - Domingo de Lázaro
- Procissão das Santas Relíquias - Terceiro Domingo de Agosto
Feiras
- Primeira Feira Franca- Primeiro Domingo de Janeiro
- Segunda Feira Franca- Segundo Domingo de Setembro
Heráldica
Brasão
Escudo de verde, castelo de prata lavrado de negro, aberto e iluminado de vermelho, entre dois ramos de oliveira de ouro, frutados de negro; em chefe, cruz da Ordem de Malta; campanha diminuta ondada de prata e azul de quatro peças. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a negro: "BELVER - GAVIÃO".
Bandeira
Esquartelada de amarelo e verde. Cordão e borlas de ouro e verde. Haste e lança de ouro.
Selo
Nos termos da Lei, com a legenda: "Junta de Freguesia de Belver - Gavião".
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