Boticas é uma vila portuguesa no Distrito de Vila Real, Região Norte e sub-região Alto Trás-os-Montes, com cerca de 1.100 habitantes.
É sede de um município com 322,41 km² de área e 5.935 habitantes (2006), subdividido em 16 freguesias. O município é limitado a oeste e noroeste pelo município de Montalegre, a leste por Chaves, a sueste por Vila Pouca de Aguiar, a sul por Ribeira de Pena e a sudoeste por Cabeceiras de Basto. O concelho foi criado em 1836 por desmembramento de Montalegre.
Freguesias
As freguesias de Boticas são as seguintes:
- Alturas do Barroso
- Ardãos
- Beça
- Bobadela
- Boticas (freguesia)
- Cerdedo
- Codessoso
- Covas do Barroso
- Curros
- Dornelas
- Fiães do Tâmega
- Granja
- Pinho
- São Salvador de Viveiro
- Sapiãos
- Vilas
Caracterização
O concelho de Boticas situa-se na parte norte de Portugal, na Província de Trás-os-Montes, distrito de Vila Real e encontra- se integrado na NUT III – Alto Trás-os-Montes. Faz também parte da Associação de Municípios do Alto Tâmega (AMAT), constituída pelos concelhos de Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar. Os concelhos de Boticas e Montalegre constituem, por seu lado, a região do Barroso, unidade paisagística e natural caracterizada por uma topografia complicada, com altas montanhas e vastos planaltos, com características singulares nos aspectos humano, económico e cultural.
Delimitado a norte pelo concelho de Montalegre, a este pelo de Chaves, a sul pelos concelhos de Vila Pouca de Aguiar e Ribeira de Pena, a oeste pelos concelhos de Cabeceiras de Basto e Montalegre, o concelho de Boticas estende-se desde a Serra do Barroso até às Serras do Leiranco e Pindo, e da Serra das Melcas ou dos Marcos até ao Rio Tâmega, ao longo de uma área de aproximadamente 322 km².
Durante muitos séculos as características físicas do território, aliadas aos difíceis acessos, contribuíram para o isolamento da região. Nos últimos anos, esta barreira tem vindo a ser suplantada com a melhoria significativa das condições de acessibilidade, nomeadamente: a beneficiação da rede viária, EN-103 e ER-311, construção de novas vias, como a A24 e a A7, ambas concluídas, e cuja proximidade é uma mais valia, dado que encurta a distância relativamente aos grandes pólos urbanos, de que é exemplo a cidade do Porto.
Boticas tornou-se concelho no século XIX, no contexto da reforma administrativa de 1836, através do Decreto de 6 de Novembro de 1836, e corresponde a uma parte da antiga Terra do Barroso, com freguesias desanexadas aos concelhos vizinhos (Chaves e Montalegre) e ao extinto Couto de Dornelas. Administrativamente, o concelho é, actualmente, constituído por 16 freguesias subdivididas em 52 povoações.
História
Com base nos Livros de Linhagens (Livro Velho 3), Título XXX, página 107; na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, página 313 do 4º volume; no Armorial Lusitano, página 88; e no Historial do Apelido de Família do CAPB, o apelido "Barroso", de raiz toponímica, teve a sua origem nas Terras de Barroso, em Trás-os-Montes. O primeiro que o usou, e que provinha da antiga linhagem dos Guedeões, retirou-o de uma torre no lugar de "Sipiões", naquela região, da qual foi Senhor.
Foi ele D. Egas Gomes Barroso, filho de D. Gomes Mendes Guedeão e de sua mulher D. Chamôa Mendes de Sousa, ambos tratados no Nobilário do Conde D. Pedro, filho de D. Dinis, onde se vê ainda ser neto de D. Gueda, o Velho.
Foi D. Egas rico-homem dos Reis D. Sancho II e D. Afonso III, tendo ido em 1247, durante o reinado deste último soberano, ao cerco de Sevilha, em auxílio do Rei D. Fernando, o Santo, de Castela. Dos dois filhos de D. Egas vêm duas distintas linhagens: a dos Bastos, descendentes de seu filho segundo, D. Gomes Viegas de Basto, e os Barroso, provenientes do casamento do primogénito Gonçalo Viegas Barroso com D. Maria Fernandes de Lima. Destes ficou vasta geração, a qual manteve o uso do apelido, muitas vezes até por linha feminina. Fixando-se na região de Braga e Barcelos vieram a ser Senhores e administradores de bons Vínculos e Morgados, como os das Quintas da Falperra, do Eixidio, de Oleiros, ou de S. Jorge, que tinha Capela em São Francisco, no Porto. As armas usadas por esta família são: de vermelho, cinco leões de púrpura, armados e linguados de ouro, cada um carregado de três ou de duas faixas também de ouro.
Heráldica
A Vila de Boticas é, desde a criação do Concelho, a sede do Município. As armas e a bandeira do concelho de Boticas, são, de acordo com o parecer da Associação dos Arqueólogos Portugueses, de prata, com uma abelha de negro realçada a ouro, acompanhada de quatro espigas de trigo verde, cruzadas em ponta e atadas de vermelho. Coroa mural de quatro torres. Bandeira azul.
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