Cadafaz é uma freguesia portuguesa do concelho de Góis, com 34,15 km² de área e 283 habitantes (2001). Densidade: 8,3 hab/km².
Encostada às serras do Rabadão e Serra da Mata (Lousã), que nascem na Serra da Estrela, numa encosta virada a norte e sem protecção natural (o que, noutros tempos a condenou aos castigos do isolamento), dista dezasseis quilómetros da Vila de Góis.
Localidades
A freguesia de Cadafaz engloba também várias povoações, nomeadamente:
- Cabreira
- Corterredor
- Tarrastal
- Candosa
- Capelo
- Sandinha
- Mêstras
- Relvas
História
Cadafaz é povoação antiquíssima. Conquanto seja impossível datas que permitam situar o seu aparecimento em qualquer tempo, não há dúvidas, pelo menos, de que é de há muitos séculos. Algumas grutas existentes na freguesia em locais de acesso muito difícil, e provavelmente resultantes de explorações mineiras do tempo dos árabes ou romanos, permitem afirmar que pelo menos nesse tempo este território começou a ser habitado. Muito antes, portanto, da chegada do conde D. Henrique e da fundação de Portugal.
Em "O Concelho de Góis", fazia-se o registo que segue:
"O seu povo foi vivendo ao longo dos séculos do cultivo de pequenas parcelas da serra permeáveis à cultura, da criação de gados, ou da caça, muito abundante e variada. E, apesar dos parcos recursos, a sua terra foi crescendo, ganhando importância a ponto de merecer que o Bispo de Coimbra, D. João Soares a tenha elevado à categoria de sede de freguesia, no ano de 1560. Os restantes lugares que passaram a integrar a nova freguesia foram: Sandinha, Capelo, Relvas e Corterredor. O seu capelão, que era apresentado pelo reitor e beneficiários da matriz de Góis, recebia destes, anualmente, 5000 réis, e dos fregueses 2500 réis e 30 alqueires de trigo. Tinha ainda metade do pé-de-altar. (…) Era da apresentação dos prelados do bispado, pagando-se por esta visitação meia colheita das colheitas gerais ao preço de 250 réis, à custa dos dízimos e rendas da matriz e anexas."
Os paroquianos da Freguesia de Cadafaz, uma vez que, como se viu, a nova freguesia, era sufrajânia da matriz de Góis, eram obrigados a ir àquela pelo menos três vezes por ano: na festa da Nossa Senhora da Assunção, na do Espírito Santo e na do Corpo de Deus. O não cumprimento desta imposição era punido "com um arrátel de cera para a matriz de Góis por pessoa e por cada falta…".
Personalidades
Nasceram nesta freguesia algumas pessoas ilustres, tais como o Tenente Afonso Neves, Coronel Américo Alves Martins, Virgílio Neves dos Reis e Professora Arminda de Jesus Alves Martins. De entre eles, merece destaque o Barão de Louredo, natural de Corterredor, grande amigo da terra e seu benemérito que patrocinou algumas obras de interesse local. No seu tempo e por sua iniciativa restauraram-se as capelas de Relvas e Corterredor, construíram-se duas pontes sobre a ribeira de Corterredor e uma sobre o Ceira, junto à Cabreira.
Património
A Igreja Matriz é o monumento mais notável da freguesia e de mais valor. Mas a capela de Santo António, situada à entrada da sede, tem o altar em talha dourada a justificar atenção especial.
- Igreja Paroquial, séc. XVII
- Capela de Santo António
- Lagar da Cabreira
- Ponte da Cabreira
- Capela da Candosa
- Pedra Riscada (arte rupestre)
- Praia fluvial da Cabreira
- Vale do rio Ceira
Ligações externas
- Blog Cadafaz-Góis, de Paula Santa Cruz
- Site da Câmara Municipal de Góis
Fotografias
Galeria dos nossos visitantes
As fotografias desta secção, em todos os artigos, são colocadas pelos nossos leitores. Os créditos poderão ser observados por clicar no rodapé em files e depois em info. As imagens poderão possuir direitos reservados. Mais informações aqui.
Galeria Portuguese Eyes
As fotografias apresentadas abaixo são da autoria de Vítor Oliveira.
Mapa
Artigos relacionados
Artigos com a mesma raiz:
- Góis - Artigo raiz
Artigos subordinados a este (caso existam):
Adicione abaixo os seus comentários a este artigo
Comentários