Candemil

Candemil
Vila Nova de Cerveira



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Candemil é uma freguesia portuguesa do concelho de Vila Nova de Cerveira, com 8,64 km² de área e 246 habitantes (2001). Densidade: 28,5 hab/km².

Localizada no coração do município, Candemil está limitada a Norte pelas freguesias de Nogueira e Reboreda, a Sul pelas Freguesias de Covas, Gondar, e tangencialmente, também por Sopo. A Nascente estão as Freguesias de Cornes e Sapardos e, a Poente, novamente a Freguesia de Reboreda, e também as freguesias de Lovelhe, Vila Nova de Cerveira, Loivo, e pontualmente, Gondarém. O centro de Candemil está situado a cerca de seis quilómetros da vila de Vila Nova de Cerveira, a sede do concelho. Candemil é uma terra antiga que se distribui por cerca de 864 ha. numa vertente da área montanhosa, onde basicamente se encere. Esta região, apresenta condições que no passado foram propicias à instalação dos povos castrejos.

Porque é uma terra apetecível pela sua posição geograficamente privilegiada, donde se avistam lindíssimas paisagens, onde vários moinhos tiveram uma relação laboral com a economia agrícola no passado de Candemil e onde as matas de pinheirais, carvalhos e várias espécies lhe conferem características de clima ameno, é cada vez mais necessário aproveitarem-se as potencialidades que se podem auferir nesta freguesia, em termos de qualidade de vida habitacional.

Toponímia

Acerca do topónimo Candemil, alguns autores acreditam ser de origem germânica uma corrupção, por exemplo de Gondimirus, como veremos a seguir aparece anteriormente com o nome de Candimir. As Inquirições de 1258 dizem no título «in collatione Sancti Fiiz de Moreira» e, logo a seguir, «in Candimir»; a circunstância de nem uma única vez, salvo no título, referirem o lugar de Moreira parece-nos elucidativo de que o lugar de Candemil era, já no século XIII, mais importante que o da sede da paróquia.

O topónimo Monte de Castro existente nesta freguesia é indicativo, também, de que esta freguesia tem um passado histórico longínquo. A descoberta de tégulas em grande quantidade comprova a ocupação romana ou altimedieval. Mas ainda que esses vestígios, já referidos, não tivessem sido descobertos, assim mesmo, face à quantidade provas que, são do domínio público, nas freguesias imediatamente vizinhas, e, sendo esta, também, passagem às demais, é verdade que outrora viveram povos antigos nesta terra cerveirense.

História

Do livro, “Inventário Colectivo dos registros Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais /Torre do Tombo, transcreve-se, na integra, o seguinte com respeito à história de Candemil:

«Em 1258, na lista das igrejas do bispado de Tui no território de Entre Lima e Minho, elaborada por ocasião das inquirições desse ano, são citadas quatro igrejas com o nome de Moreira. Compreendendo esta freguesia o lugar de Moreira e, por outro lado, não figurando na relação o nome actual de Candemil, não parece de todo despropositado tomar a igreja de Moreira, que aparece na sequência de outras igrejas de Cerveira, como a actual São Félix de Candemil.

Em 1320 aparece a igreja de “Sancti Felicis de Moreira” enquadrada no arcediagado de Cerveira e relacionada como uma das igrejas do bispado de Tui, no território de Entre Lima e Minho. Nesse ano foi-lhe aplicada uma taxa de 60 libras, como se vê no inventário dessas igrejas, que o rei D. Dinis mandara elaborar, para apuramento de taxa.

Quando, em princípios do século XVI, as freguesias de Entre Lima e Minho, da comarca eclesiástica de Valença, foram incorporadas na diocese de Braga, D. Diogo de Sousa mandou avalia-las. O rendimento de Candemil era de 69 réis.

O Censual de D. Frei Baltasar Limpo, na cópia de 1580, utilizada pelo P. Avelino J. da Costa na elaboração do seu livro “A Comarca Eclesiástica de Valença do Minho”, refere que “São Fimx de Moreira”, enquadrada na Terra de Vila Nova de Cerveira, era da apresentação de padroeiros. Pertencia ao tempo ao mosteiro de Ganfei.

Segundo vários autores, era abadia dos Duques de Caminha, tendo passado depois ao padroado real e à Casa do Infantado. Esta apresentava o abade que tinha um rendimento de 300$000 réis.

Em termos administrativos, enquadrava-se na comarca de Monção em 1839 e na de Valença em 1852.

Em 1895 foi anexada ao concelho de Valença por força do decreto de 12 de Julho daquele ano, que extinguiu o concelho e Vila Nova de Cerveira. Voltou a este com a sua restauração em 1898, pelo decreto de 13 de Janeiro»

Património

  • Monte de São Paio e Alto da Pena
  • Igreja paroquial
  • Capela de São Lourenço
  • Capela da Senhora do Amparo

A Capela da Senhora do Amparo contém um altar renascentista digno de nota. Na igreja paroquial, do século XVIII e remodelada em 1950, existem no parapeito do adro alguns merlões e duas imagens em granito provenientes de Convento de S. Paio.

Sectores laborais

Agricultura e pecuária, pequeno comércio, pequena indústria e transformação de madeira.

Tradições festivas

  • São Félix (1 de Agosto)
  • São Lourenço e Senhora do Amparo (8 de Setembro)

Gastronomia

  • Enchidos de porco e sarrabulho

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