Cardigos

Cardigos
Mação



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Cardigos é uma freguesia portuguesa do concelho de Mação, com 71,34 km² de área e 1.233 habitantes (2001). Densidade: 17,3 hab/km².

Foi vila e sede de concelho até ao início do século XIX. Era constituído apenas por uma freguesia e tinha, em 1801, 1.121 habitantes. Aquando da extinção foi integrado no concelho de Vila de Rei, passando em 1878 a integrar o de Mação.

Localização geográfica

A situação geográfica da vila de Cardigos, é sem dúvida curiosa, pois fica precisamente no centro do país, entre Vila de Rei e Proença-a-Nova, a trinta e nove graus e sete segundos de latitude norte e a um grau, seis minutos e cinquenta e três segundos de longitude oriental do meridiano de Lisboa.

Cardigos contempla à sua volta as serras do Bando, Amêndoa, Melriça, Alvaiázere, Alvelas, Moradal, Perdigão e São Mamede e as vilas de Amêndoa, Vila de Rei, Figueiró dos Vinhos, Cernache do Bonjardim, Nisa, Castelo de Vide e Marvão.

Sendo que, o seu terreno é acidentado, dá origem a numerosos cursos de água de pequena corrente, tributários das ribeiras do Bostelim e da Pracana.

Localidades

Arganil, Azinhal, Azinhalete, Cardigos, Carrascal, Carvalhal, Casais de São Bento, Casalinho, Casas da Ribeira, Chaveira, Chaveirinha, Colos, Corujeira, Freixoeirinho, Freixoeiro, Lameirancha, Mesão Frio, Moita Recome, Pracana da Ribeira, Pracana do Outeiro, Roda, Sarnadas, Vale Madeiros, Vales de Cardigos, Vinha Velha.

Toponímia

Em 1525 chamava-se Cardigos ou Bichieira, indiferentemente. Havia nesta vila uma família de apelido Cardigos de quem a localidade herdou o nome. Em documentos oficiais aparecem ainda vários nomes dados a Cardigos como Brucheira, Bichieira, Buchieira, Abucheria, Vichieyra e, finalmente, Cardigos aparece já no alvará passado por D. João IV de 5 de Fevereiro de 1643.

Anteriormente ao século XVI o nome predominante é Bichieira. Aparecem também as variantes Abrechoeira, Abucheria, Bucheria, Bicheira, Bichoeira, Buchieira, Vichieira. As variantes explicam-se por erro dos copistas: O «a» de Abrechoeira é artigo definido, como dizemos a Cortiçada, o Carvoeiro, a Sertã, etc. A Bichieira é uma região como a Fundada (freguesia) cuja sede é na Silveira. Virá este nome de Bruchus, coleóptero muito frequente nas flores e que aparece em terrenos húmidos? Em Tolosa existe o topónimo Bicheira, no termo de Celorico de Basto, em Álvaro Bichinheira ou Bichaneira. Abrechoeira é um monte do concelho de Montemor-o-Novo.

Em Nisa existe a fonte, a horta e o ribeiro da Bruceira e uma barragem com o dito nome. Também pode provir de abicheiro ou abexedo, ou seja, lugar sombrio onde não dá o sol ou menos exposto à sua luz, que corresponde ao termo vulgar avesseiro ou avesseira. Parte da freguesia fica na avesseira. Abicedo ou terreno para o poente (Bol. da língua port. n.° 9-1971). Em Galveias há o beco do afisseiro com o mesmo significado. Pode ser esta a melhor explicação do vocábulo Bichieira. Em Évora, aí pelo século XIV havia uma Constança Afonso Burceira e há no concelho o Morgado das Brosseiras e a herdade do mesmo nome. Não virá de bursa, bolsa do pastor, planta herbácea da família das crucíferas? No termo de Vila de Rei há o Vale da Brigieira, cujo significado ignoramos. Abrechoeira faz lembrar um substantivo antigo que os dicionários portugueses não registam: brocho, vocábulo galego, de abrochar, verbo intransitivo, similar a brotar, deitar gomos, brochos (daí desabrochar, brotar, rir).

É mais claro o topónimo Cardigos parente próximo e descendente directo de cardo, assim como cardal, cardiga, cardosa, etc. Em 1525 o nosso Pero Anes era «morador nos Cardigos termo da Bichieira». Este nome prevaleceu nos séculos XVII a XIX com o título de Vila Nova dos (ou de) Cardigos.1

História

A fundação de Cardigos está envolta no longínquo passado, mas a avaliar pelos vestígios megalíticos (dolmens, antas) pensa-se ter havido nesta região ocupação muitos séculos antes de Cristo.

Situada, como a localidade de Amêndoa, num ponto de ligação de várias redes de comunicação da Hispania, são encontrados vários testemunhos romanos como algumas pontes, templos, aquedutos, etc. Outros vestígios foram ainda localizados tais como inscrições funerárias e todo um espólio da época romana onde se destacam várias alfaias agrícolas.

Seguindo a tradição romana muitos nomes de localidades derivam de plantas, animais, e minerais (Moreira, Ferreira). Foi esta civilização que aqui desenvolveu a agricultura e culturas como a oliveira e a vinha, às quais se juntam árvores de frutos, cereais, e explorações de minérios como o ouro, ferro e estanho.

Do povo imigrado do norte da Europa, os visigodos, poucos foram os vestígios deixados, sendo certo que em 711 esta região foi ocupada pelos muçulmanos que aqui se fixaram com a sua cultura até ao início da reconquista Cristã, levada a cabo por Afonso Henriques com a ajuda das ordens militares religiosas, como a dos Hospitalários e Templários, até finais do séc. XIII. Tal como a freguesia de Amêndoa, o primeiro do domínio de Cardigos é dado aos cavaleiros templários, passando mais tarde para o domínio da Ordem de Malta.

Durante o reinado de Filipe II de Espanha, em 1605, Cardigos é elevado a sede de Comarca.

Património

  • Ponte de Pedra da Ribeira de Isna
  • Igreja Matriz de Cardigos
  • Capela de São Bento
  • Pelourinho de Cardigos
  • Ponte Romana de Cardigos
  • Fonte do Chão Pião
  • Parte Velha da Chaveira

Economia

Indústrias de carnes, panificação, serração de madeiras, carvão, serralharia civil, olivicultura, agricultura, fabrico de velas, carpintaria, construção civil, comércio.

Feiras

  • Feira do Tremoço (Segundo Domingo da Quaresma)
  • Feira de Verão (Segundo Domingo de Agosto)

Festas e Romarias

  • Espírito Santo (Domingo do Espírito Santo)
  • São Bento (Terça-feira de Páscoa)
  • Sagrado Coração de Jesus (Segundo Domingo de Setembro)
  • Chaveira (Dia de São Pedro)

Locais de interesse turístico

  • Serra do Santo

Gastronomia

Maranhos, cabrito assado, cavacas, bolo fino, coscorões, e tigeladas.

Artesanato

Bordados em linho e cestos em verga.

Colectividades

  • Associação Cultural e Desportiva “Os Galitos”
  • Rancho folclórico “Os Galitos”
  • Associação Cultural e Desportiva “A Ribeirinha”
  • Centro Recreativo de Chaveira e Chaveirinha
  • Centro Recreativo dos Vales
  • Centro Cultural Recreativo Desportivo da Roda
  • Associação dos Caçadores de Cardigos
  • Associação Cultural e Recreativa de Portela e Colos

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