Carrapichana é uma freguesia portuguesa do concelho de Celorico da Beira, com 5,96 km² de área e 269 habitantes (2001). Densidade: 45,1 hab/km².
A sul de Celorico da Beira, a 13 km na estrada da Beira (EN-17), fica a Carrapichana, que se espraia pela mesma estrada deixando no centro, um espaço destinado ao mercado. Situada num dos extremos do concelho, a Carrapichana confronta com Linhares e Mesquitela no concelho de Celorico da Beira, e Figueiró da Serra, Vila Cortês da Serra e Vila Ruiva, pertencentes ao concelho de Gouveia .
Servida pela EN-17, tem acessos fáceis para outras localidades como Gouveia, Seia, Celorico da Beira, Viseu e Guarda e dali pode também partir-se para grande parte de outras localidades do concelho como Linhares, Assanhas, Prados e Salgueirais, pela EM-555, ou para a Mesquitela pela EM-554.
História
O princípio da fundação da Carrapichana, data do século XVIII, sendo pertença de D. João V. Até 1855, pertencia à comarca de Linhares, extinta nessa data. Carrapichana conheceu parte do seu desenvolvimento graças ao mercado que aí se realiza, tendo sido outrora, povoação conhecida por fazer mantas de farrapos e por uma heroína que a esvaziar copos de vinho deixava muitos homens envergonhados.
Teria existido na Carrapichana um antigo monumento fúnebre (Anta), do tempo dos Celtas, mas o tempo ou outro factor, foram responsáveis pelo seu desaparecimento. Porém, nos lugares da Cabrieira e Moitas, existem, cavadas nas pedras, duas sepulturas antigas. O penedo, Pedra da Escusa, era o lugar onde eram arrematados os baldios, pertencentes à comarca de Linhares.
Hoje, a Carrapichana é um local conhecido por toda a região, pelo importante peso nas transacções agrícolas regionais. É neste mercado quinzenal, que grande parte dos negociantes de gado vêm abastecer-se de borregos e pequenos ruminantes. O queijo, é um outro produto de importância, ali comprado e vendido. Ao nível do queijo, pode mesmo dizer-se que o "Mercado da Carrapichana'' é um dos melhores da região, estando em terceiro lugar, logo a seguir aos mercados de Celorico da Beira e Fornos de Algodres, sendo o "Mercado da Carrapichana'' o pólo dinamizador, em torno do qual gira a comunidade agrícola da freguesia e da região.
Economia
Com uma população envelhecida, a freguesia da Carrapichana, emprega as suas gentes principalmente na agricultura e na construção civil. A economia agrícola da freguesia assenta na exploração de pequenos ruminantes e suas crias, no fabrico de queijo, na produção de batata e na olivicultura, que muito contribui para o tão afamado azeite da região.
Lendas
Constituindo nome ímpar, Carrapichana, conta a tradição que deve o seu nome a uma senhora, chamada Ana, figura típica e conhecida pela Carrapichana e lugares circunvizinhos. Conhecida pela sua voz aguda e forte de corpo, não se ficava atrás no que toca a beber. Sendo grande apreciadora de vinho, devorava de uma vez só, qualquer copo de vinho que lhe oferecessem. Ao darem-lhe um copo de vinho a beber, os homens incentivavam-na dizendo: "Escorropicha esse copo, Ana!" Escorropicha designa o acto de beber. Com o correr do tempo a terra passou a designar-se Carrapichana, por via erudita de "Escarrapicha, Ana!'', para designar a terra onde Ana escorropichava um copo de vinho sem parar. Num prédio da rua da Amoreira, encontra-se uma figura de pedra, que o povo chama Carrapichana, mulher que deu o nome à sua terra.
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