Carvoeira é uma freguesia portuguesa do concelho de Mafra, com 8,32 km² de área e 1 432 habitantes (2001). Densidade: 172,1 hab/km².
Até ao liberalismo constituía o reguengo da Carvoeira, sendo integrado no concelho da Ericeira em 1836 e, aquando da extinção deste em 1855, no de Mafra.
História
Presume-se que o nome de Carvoeira se tenha devido ao facto de outrora, junto à velha ponte que se julga romana, se carregarem barcos com carvão com destino a Lisboa.
Esta terra gozava de um privilégio curioso: no local onde o rio que atravessa a freguesia desagua no mar, existia um local de vigia, chamado facho, onde se acendia uma fogueira quando era avistada alguma embarcação dos mouros. Os habitantes da freguesia estavam isentos de serem soldados, mas, em contrapartida, eram obrigados a fazer sentinela ao referido facho, acendendo uma fogueira se necessário fosse.
Património
A Capela de Santo António, a Capela de São Julião e a Igreja de Nossa Senhora do Ó merecem referência no que respeita ao património artístico da freguesia.
Igreja de Nossa Senhora do Ó
Junto à velha ponte, hoje alterada na traça, encontra-se a Igreja de Nossa Senhora do Ó, cuja data de construção permanece incerta. O alpendre e o muro terão servido de trincheira numa batalha travada em 1585 entre um punhado de portugueses, liderados por Mateus Álvares, que ficou conhecido como o falso rei D. Sebastião e duas companhias da infantaria espanhola. A igreja foi-se degradando mercê das inundações provocadas pelas cheias do rio que ciclicamente alagava todo o vale, chegando a servir de ninho a ratos que danificaram valiosos missais do século XVIII. Quando as suas paredes já abriam fendas que punham em causa a estrutura do edifício, foi recuperada em 1983. Passados cinco anos, foi alvo de novo assalto, perdendo quase todas as imagens, incluindo a de Nossa Senhora do Ó. O relógio de sol, num dos cunhais, é de 1763.
Capela de São Julião
No alto da costa, dominando o Oceano, ergue-se a Capela de São Julião, presumivelmente do século XVI apesar da data de 1768 inscrita na porta principal, que deverá tratar-se da altura da sua reconstrução após o terramoto. É interiormente forrada a azulejos setecentistas com a história da vida de São Julião. O relógio de sol é datado de 1754 e o cruzeiro de 1764.
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