Coelhal

Coelhal
Pessegueiro

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A aldeia de Coelhal pertence ao concelho de Pampilhosa da Serra e à freguesia de Pessegueiro no distrito de Coimbra.

Fica situado em plena Serra da Lousã, numa suave encosta virada a sul. Dista 4 km da sede de freguesia, Pessegueiro, e cerca de 16 km da sede do concelho. Em seu redor podem-se vislumbrar vistas magníficas da serra da Lousã, do Açor e serra da Estrela, num emaranhado de contornos montanhosos, que se confundem facilmente entre si. Cada uma reclama o estatuto de “mais bela”, todavia, a olho nu, ser-nos-á difícil fazer eleição. Temos uma vista por excelência, tal o encanto paisagístico. A cerca de 28 km existe a não menos bela albufeira da Barragem do Cabril.

História

O documento histórico mais antigo que conhecemos, encontrava-se na Torre do Tombo e datava do ano de 1755, resultando de um levantamento geral do País, ordenado pelo Marquês de Pombal. Onde se refere que o Coelhal de Nossa Senhora das Neves, com a capelinha ao fundo da povoação, continha nessa altura sete fogos. No mesmo documento consta também que, se integra na freguesia de Pessegueiro, concelho de Pampilhosa da Serra e que este concelho pertence à Comarca de Tomar e ao Bispado da Guarda. Não será de excluir que hoje ainda se possam encontrar documentos mais completos, no Arquivo Histórico do Paço Episcopal da Guarda.

O Pároco da freguesia, tinha a dignidade de Cura, tendo também uma tensa de cinco mil réis anuais e estava subordinado ao Arcipreste da Pampilhosa. A sede da freguesia, Pessegueiro, era banhada por uma ribeira de águas muito frias, onde podiam ser pescadas trutas. Era Senhorio desta freguesia o Senhor Conde de Castelo Melhor.

Historicamente, este documento dá-nos uma ideia muito vaga destas terras Pessegueirenses, contudo, pelos seus usos e costumes, leva-nos a crer que o Coelhal é uma aldeia muito antiga que remonta à Idade Média e viveu muitos anos isolada por não se encontrar em local de passagem. Durante muito tempo foi uma comunidade social, nomeadamente, no que respeita ao lagar de azeite, moinhos de cereais, fornos de cozer o pão, pastagens, etc.

Usos e costumes

Fazendo alusão aos usos e costumes, não podemos deixar de mencionar alguns que consideramos dignos de interesse e que revelam uma certa dose de paganismo com matizes de Cristianismo e aos quais estava associada uma finalidade supersticiosa. Referimo-nos aqui à queima dos mastros no cume do monte, na noite e em honra de São João, cantando e dançando para implorar que as chuvas provocadas pelas trovoadas, não lhes destruíssem as terras de lavoura. Havia ainda outro hábito, o de colocar mastros, compostos por arcos de peneiras e fitas vermelhas, na extremidade de um pau, que se posicionavam no cimo, no meio e ao fundo da povoação, sempre que qualquer epidemia grassava na aldeia, tendo por finalidade afastar os maus espíritos que provocavam a doença e, também em nosso entender, para avisar algum viandante que ali se dirigisse, para não entrar naquela aldeia, porque havia peste.

Trata-se pois, de uma aldeia, onde muitos e muitos anos reinou o espírito de solidariedade comunitária, mas ao invés do materialismo, reinava o amor a Deus e ao próximo.

Em 1955, quando o Sr. Henrique de Almeida fez consulta aos documentos da Torre do Tombo, encontrou de facto este precioso manuscrito alusivo ao Coelhal. Entretanto, em 21 de Dezembro 1990, todo o arquivo que estava guardado na Assembleia da República após o Terramoto de 1755, foi transferido para as novas e actuais instalações. Posteriormente, houve várias tentativas para reencontrar o dito manuscrito, como por exemplo fez, o Sr. Manuel Alves Ramos, o Sr. Armando Moreira Antunes, mas infelizmente devido a todo esse processo de transferência documental, deram-no como perdido, o que obviamente muito lamentamos. Assim, toda a informação que dispomos, está confinada ao prodígio das memórias da nossa gente, que nos vai transmitindo as suas experiências e recordações.

Património

Capela

Não sabemos quando terá sido construída a Capela da aldeia, alguns dos detalhes do interior situam a sua construção no finais do século XIX. A capela actual foi sujeita a obras de reconstrução pela associação regionalista local, fundada em 1950.

A padroeira é Nossa Senhora das Neves, celebrada no quarto Domingo de Agosto.

Lagar de Azeite

O lagar de azeite foi mandado construir por Francisco Antunes Moreira e um tal Filipe, da aldeia da Coelhosa, suportando na íntegra o seu custo. O primeiro, casou com uma senhora do Coelhal, filha do chamado pintor de Folques, que pintou a Imagem de Nossa Senhora das Neves. Os habitantes da povoação da Coelhosa, tinham uma sã e estreita relação com os do Coelhal e, como aqui existisse mais gente, optaram por construir o lagar na aldeia.

A sua remodelação com o actual aspecto, operou-se em 1928. A vara, devido ao seu exagerado peso e comprimento, teve de ser transportada num carro de animais, (transporte à época), puxado por 14 juntas de bois, orientadas por um ganhão local. Muito embora o sobreiro, a partir do qual se talhou a vara do lagar se encontrar a apenas a 300 metros a sul do local de construção do lagar, houve necessidade de fazer um longo percurso alternativo devido ao terreno acidentado. A colocação da vara no local onde ainda hoje se encontra, revestiu-se de enormes dificuldades, não só pelo tamanho anormalmente grande da peça, como pela escassez de meios.

Hoje o lagar do Coelhal, não passa de uma relíquia do passado a degradar-se a cada dia que passa.

Do restante património da aldeia há a salientar as alminhas e o lavadouro público.

Ligações externas

  • Coelhal Online, com textos de Adriano Almeida e adaptação de Luís Gonçalves

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