Cordinhã é uma freguesia portuguesa do concelho de Cantanhede, com 10,25 km² de área e 1.141 habitantes (2001). Densidade: 111,3 hab/km².
Situada na zona leste do Concelho, a sete quilómetros da Cidade de Cantanhede, a freguesia confina com Ourentã, a norte, Murtede, a nascente, Portunhos, a sul, e Cantanhede, a poente. A freguesia, irrigada por dois ribeiros, é sobretudo agrícola. Produz um vinho de muita qualidade e cor, além de milho, batata, centeio, cevada, trigo, aveia, feijão, hortaliças, etc. Nos últimos anos tem-se desenvolvido a suinicultura.
Localidades
A freguesia compõe-se de quatro lugares principais:
História
A antiga freguesia de Santo André da Cordinhã foi um priorado da apresentação dos Condes de Pombeiro, no termo de Cantanhede, dando de rendimento duzentos mil réis. Teve juiz pedaneo (juiz ordinário que julgava de pé nos Concelhos menos importantes), confirmado pelo juiz de fora de Coimbra. No ano de 1839 aparece na comarca da Figueira da Foz, em 1852, na de Cantanhede, e em 1879, no julgado de Ançã.
Economia
A análise da vida económica local constitui uma etapa crucial na avaliação, ainda que breve e sumária, dos principais problemas que afectam o desenvolvimento e crescimento económico da freguesia de Cordinhã.
O sector primário surge, actualmente, como sendo um dos pilares mais representativos da economia da freguesia. Na verdade, para além de absorver cerca de 90% da população, a agricultura prática não se restringe a uma lógica de auto-consumo. Do total das explorações agrícolas existentes, 85% consistem em médias propriedades com rentabilidade e 10% são explorações de grandes dimensões. O facto de se terem registado iniciativas por parte de jovens agricultores, os quais têm investido preferencialmente na agro-pecuária, é um dos factores que explicam este dinamismo.
O sector secundário, por sua vez, possui, comparativamente, uma expressão económica diminuta. Não tendo recebido, nos últimos anos, os benefícios advindos de possíveis investimentos industriais, dado que, segundo a autarquia, Cordinhã é uma freguesia vocacionada para a agricultura e vitivinicultura, este sector resume-se à indústria de construção civil.
No que se refere ao sector terciário, não existem serviços públicos e privados, com a excepção de uma agência de seguros e de um gabinete de projectos de construção civil. A oferta comercial existente é relativamente diversificada, tanto ao nível do comércio alimentar, bem como não alimentar e retalho.
Em 1991, o INE calculou a taxa de actividade desta freguesia em 50% e a taxa de desemprego em 1,9%. No parecer da autarquia, o espectro do desemprego não detém, actualmente, índices significativos.
As populações devem dispor de uma boa mobilidade e, para tal, as comunidades locais devem ser dotadas com acessibilidades e meios de transporte vários. Neste âmbito, a freguesia de Cordinhã é servida por uma EN, por carreiras de transportes públicos diárias. A população ainda pode usufruir do transporte ferroviário.
Relativamente às estruturas básicas, Cordinhã dispõe duma rede pública de distribuição domiciliária de água que serve a totalidade do seu território, proporcionando um abastecimento de água que se revela suficiente durante todo o ano.
Património
Dedicada a Santo André, a igreja paroquial situa-se no extremo noroeste do lugar da Cordinhã. Desconhece-se a data da sua fundação, mas sabe-se que foi reedificada no século XVIII. A torre, de remate em pirâmide, ergue-se à esquerda da fachada.
O cruzeiro, datado de 1689, é constituído por uma coluna dórica e ergue-se no adro da Igreja. Presume-se, de acordo com a tradição local, que primitivamente tivesse estado de fronte da Capela de Nossa Senhora do Ó, no lugar de Ourentela.
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Sou brasileiro e minha avó materna nasceu e morou em Cordinhã até a idade adulta quando se casou e mudou-se para o Brasil. Pretendo conhecer essa cidade e sonho quem sabe um dia, morar lá.