O Cromeleque dos Almendres é um monumento megalítico que está situado numa encosta voltada a nascente, na freguesia de Nossa Senhora de Guadalupe, concelho de Évora, Distrito de Évora. Trata-se do monumento megalítico mais importante de toda a Península Ibérica, não só devido à sua dimensão, mas também, devido ao seu estado de conservação. É também considerado um dos mais importantes da Europa.
Está classificado pelo IPPAR como Imóvel de Interesse Público desde 1974. O monumento está situado na Herdade dos Almendres, propriedade de José Manuel Neves. Próximo do cromeleque, pode-se encontrar o Menir dos Almendres, um monumento que os arqueólogos julgam estar intimamente ligado ao cromeleque.
História
A formação desse cromeleque foi iniciada no final do sexto milénio a.C. e terminada no terceiro milénio a.C..
- No Neolítico Antigo Médio foi erigido um conjunto de monólitos, agrupados em três círculos concêntricos.
- No Neolítico Médio foi erigido um novo recinto com a forma de duas elipses concêntricas, mas irregulares.
- No Neolítico Final foram acrescentados aos dois recintos existentes alguns monólitos com gravuras de marcada influência religiosa.
Este monumento megalítico inicialmente era constituído por mais de uma centena de monólitos. A sua escavação permitiu a detecção de várias fases construtivas ao longo do período Neolítico, até alcançar aspecto semelhante ao hoje apresentado. 92 menires com diferentes formas e dimensões, desde pequenos blocos rudemente afeiçoados, outros maiores que deram ao local o nome de Alto das Pedras Talhas. Formaram dois recintos erguidos em épocas distintas, geminados e orientados segundo as direcções equinociais. Uma dezena de monólitos está decorada exibindo relevos ou gravuras. Foi um monumento com funções religiosas e, provavelmente um primitivo observatório astronómico.
O Cromeleque dos Almendres foi descoberto em 1964 por Enrique Leonor Pina, quando procedia ao desenho da Carta geológica de Portugal. Esse cromeleque já teve três campanhas de estudo e escavação.
Estrutura
Os monólitos, alguns com três metros de altura, foram colocados sobre alvéolos ou cavidades, previamente preparados. Actualmente existe planta da disposição de todos esses monólitos, estando todos numerados, possibilitando a identificação das características individuais de cada um.
Os dois recintos contíguos apresentam orientação nascente-poente.
O recinto mais a Oeste, em forma de círculo, é o mais antigo e foi edificado no Neolítico Antigo Médio. É constituído por três círculos concêntricos, apresentando vinte e quatro monólitos. O círculo exterior tem aproximadamente 18,8 metros de diâmetro, e o círculo interior cerca de 11,4 metros.
O recinto mais a Leste, em forma de elipse, é o recinto edificado no Neolítico Médio e constituía-se por 56 menires, na sua origem. Esse recinto é formado por duas elipses concêntricas, em que a maior apresenta as seguintes dimensões: eixo maior 43,6 metros e o menor, 32 metros.
No interior do recinto em forma de elipse, foram colocados, já no Neolítico Final, alguns novos menires, assim como foram gravadas algumas figuras em relevo em alguns dos já existentes.
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