Darque é uma freguesia portuguesa do concelho de Viana do Castelo, com 6,62 km²; de área e 7.798 habitantes (2001). Densidade: 1 177,9 hab/km²;
Também conhecida como vila das cebolas e do bacalhau dada a uma antiga seca do bacalhau existente em Darque. É também a terra que dá origem a louça de Viana. Em Darque também existe uma cultura desportiva muito influente sendo a canoagem um dos desportos mais praticados e com grandes resultados a nível nacionais também não esquecendo do futebol que bravamente joga nos campeonatos regionais mas dali não saem.
Na freguesia situa-se a afamada Praia do Cabedelo.
História
A origem do seu nome deve-se a uma vila romana que existiu junto ao rio, dirigida por um grande senhor chamado Arquius.
Darque foi em tempos remotos um lugar de Santa Maria das Areias. Sabe-se que já no século XIII a paróquia de Santa Maria das Areias existia, habitada por 26 casais distribuídos pelos lugares da Igreja, Rio, Cabedelo, Darque Maior (hoje lugar da Nossa Senhora das Areias) e Darque Menor (área que corresponde actualmente ao centro da freguesia).
Por falta de capacidade para sustentar o abade, a freguesia de Darque foi governada por párocos de Vila Nova de Anha até 1594, ano em São Sebastião passa a sede da paróquia. Nesse tempo o padroado fazia parte da casa de Bragança. No Cais Velho ainda existem hoje as ruínas dos Paços dos Duques de Bragança (o Mirante), dizendo a tradição que foi ali o castelo e o solar dos Macieis, fidalgos que vieram para para Portugal no século XII. Depois de pertencer ao concelho de Barcelos, a partir de 6 de Novembro de 1836 foi integrada em Viana do Castelo. No Cais Novo, lugar da freguesia da Vila de Darque, foi fundada em 1774 a famosa fábrica de Louça de Viana e, já no século XX, a seca do bacalhau.
Economia
A vida de Darque esteve sempre ligada ao rio e também foi durante muitos anos um dos principais centros agrícolas. As suas salinas foram uma grande referência desde 1085 (actualmente estão esquecidas) e os barcos de água arriba, de velas altas, com 12 metros de comprimento, carregando até 15 toneladas, era o meio de transporte privilegiado para o comércio de produtos ao longo de toda a margem sul do rio Lima.
Património
Existem em Darque muitas belezas naturais como o Monte do Galeão, o Mar e o Rio. E as suas principais atracções são a Quinta de Santoinho e a Praia do Cabedelo.
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Comentários
Correção;-
No Cais Velho de Darque existiu efectivamente um Paço mas hoje em 2011 não existe qualquer vestigio do mesmo. Um pouco dele que sobrou mas ou menos por volta do inicio do seculo XX , as pedras foram arrastadas para a construção de um Cais do outro lado da cidade.
Nunca teve castelo e o mirante que ainda hoje existe , não é menos que uma pequena torre que pertence a uma propriedade particular chamada quinta das salinas da Familia Queiros.
Esta torre denominada de mirante não é antiga foi construida mais ou menos 1890 como espaço de lazer , porque a propriedade se encontra junto ao Rio lima.
Portanto o mirante nunca foi Paço dos Duques de Bragança.
Quanto ao apelido Macieis, é um facto que nesta vila existe com muita regularidade este nome mas de concreto nada se sabe, apenas suposições que não atestam uma verdade concisa.
Espero ter esclarecido alguns pormenores que estão errados no texto.
Sr. Joaquim Correia
Segundo fontes da Torre do Tombo, o Paço pertenceu efectivamente aos Duques de Bragança.
Relativamente ao apelido Macieis, ele foi da família francesa Maciel, e já ali constava em registos do século XII.
O Paço na verdade existiu,e confirmo que foi propriedade da Casa de Bragança,nele eram arrecadados todos os impostos das comunidades vizinhas da época e demais rendimentos da Casa de Bragança.
Hoje esse Paço não existe na Vila de Darque .
Quanto ao Castelo,não há vestigios . Nunca vi nada escrito de concreto.
Darque fez sim parte dos dominios da Casa de Bragança.
Quanto ao apelido Maciel realmente confirmo a sua origem como francesa.
Quando diz que constava em Darque ,registos do Século XII referente a Macieis, refere-se concretamente a que tipo de documentos ?
O único que tenho conhecimento é Boaventura Maciel, que residiu em Braga , oriundo de uma familia de Darque.
Não sou de Darque mas o meu paterno era. Diz-se muita coisa sobre a origem dos Macieis.O que tenho lido tudo indica que os Macieisvieram de França e se fixaram em Darque. No século XVI vivia numa quinta em Alvarães o Sr. Gaspar Maciel que casou com Ana Carvalho. Essa quinta pertence a um amigo meu, da familia Pitta de Caminha e ainda ostenta as armas dos Macieis (partido: de um lado duas flores de lis, e do outro meia águia).
Quintas que fazem parte da História de Darque:
Quinta da Saudade
Foi fundada em 1901 por Francisco Dantas, emigrante brasileiro, que por volta de 1870, na companhia de seu pai e irmãos, resolveu embarcar num veleiro rumo ao Brasil.
Movidos alguns anos e já com a vida estruturada, contrai casamento com a brasileira D. Petronilha Maria de Sequeiros, natural do Rio de Janeiro. Desta relação nasceram no Brasil três filhas;Olimpia Dantas,Maria da Conçeição Dantas e Beatriz Dantas.
Este emigrante obtem sucesso e implanta " negócios de ferragens " no Rio de Janeiro.
Era detentor de grandes armazéns e de uma variedade e preços imbativeis que rápidamente domina o mercado. O Brasil era imenso e os pedidos surgiam de toda a parte, os seus colaboradores levavam as encomendas aos pontos mais longinquos .
Depressa enriqueceu.
As saudades levam-no á terra de origem " Darque ". Constroi então uma mansão.
Inicialmente o local onde se situa a Quinta da Saudade era um pinhal. Com a construção da via- ferrea o espaço sofreu alterações, desvastado e aplanado o terreno deu origem à denominada " Quinta " e á construção de habitações até a chamada " Curva da Farmácia".
Até a data do ano de 2006 o local poucas alterações sofreu.
Em 1901, Francisco Dantas edificou jazigo capela no Cemitério de Darque que destaca na sua fachada a ano de construção e o apelido da sua familia " Familia Dantas ".
Construi também uma casa de " estilo Colonial " junto a denominada Estrada Nacional N 13 e atribui-lhe o nome de " Saudade".
Junto á edificação colocou duas arvores ornamentais designadas por " Araucária de Norfolk- Araucária heterophylla".
Na época os emigrantes da América do Sul apreciavam muito este tipo de vegetação e trouxeram esta " Moda " para a Europa para embelezarem as suas propriedades.
Hoje apenas resiste uma arvore com a idade de 95 anos. Curioso é de salientar que este tipo de arvore chega atingir 50 a 65 metros de altura, apresenta tronco vertical e ramos simétricos.
As folhas são pontiagudas, de cor verde brilhante e duras nas extremidades, gostam de solo humido e pobre em humos.
Apesar de terem um porte de grandes dimensões são muito resistentes aos ventos.
Os interiores da mansão foram decorados na época por um dos melhores e conceituados " Armazens "da Zona Norte denominados Nascimentos da Rua Santa Catarina , no Porto.
Francisco Dantas editou postal ilustrado alusivo à " Quinta da Saudade " que circulou no Ano de 1903.
Proprietário desta mansão sonhava realizar os casamentos das queridas filhas na propriedade e para isso edificou uma capela interior.
Obtida autorização eclesiastica contrairam casamento D.Olimpia Dantas com Manuel Miranda Coutinho e de D, Maria Conceição Dantas com o Sr. Dr. Artur Carteado Mena, Professor do Liceu Rodrigues de Freitas, Porto, Deputado pelo Partido Socialista e irmão do Sr Dr. José casimiro Carteado Mena , distinto médico e oficial do Exercito.
Beatriz Dantas contraiu matrimónio com um senhor Boticário de origem alemã que montou a primeira farmácia em Darque.
Seguiram-se outros proprietários tais como o Sr.José Araujo Gonçalves Trovisqueira ( Mandarim),Sr.Gonçalo Cunha Viana, e por ultimo o Sr. António Borges , residente no Porto.
Residiu em Viana do Castelo, um neto do Sr . Francisco Dantas, fundador da Quinta da Saudade em Darque de seu nome Francisco Domingos Dantas de Miranda falecido em 1/3/2009 e era casado com a Sra. D. Ana Moreira Regal, falecida em 1/3/2011, e no Porto o Sr. Eng.Artur Durval Carteado Mena casado com a D. Laura Carteado.
Notas retiradas do Jornal Vianense de 30 de abril de 2011 ( Mirante do Alto Minho)
Sob o numero 538 ( Registo quinzenal de Figuras e factos).
li com imenso interesse este seu artigo sobre a família Dantas de Darque e vim por este meio saber da morte de Francisco Miranda (primo direito de meu pai Durval)e sua mulher.
Para completar os dados : Durval Artur Dantas Carteado Mena tem agora 95 anos e vive no Porto e era casado com Laura Alves Pimenta de Oliveira Braga falecida em 28/1/2002.
Petronilha e Francisco, segundo contava a minha avó, Maria da Conceição, tiveram também um filho, penso que se chamava Francisco e que morreu ainda em criança.
Po
Fiquei muito contente de saber que o primo Durval ainda é vivo. Eu tenho a genealogia dos Dantas, se estiver interessada por favor contacte-me.
Boa Noite,
Peco desde ja desculpa pela falta de acentuacao. Escrevo do Reino Unido.
Tambem eu estou ligado a' geneologia dos Dantas por via da minha Avo' Maria de Lourdes Dantas de Miranda, filha de Olimpia Dantas e irma do falecido tio Francisco.
Pode enviar-me o seu email pois estou muito interessado na geneologia dos Dantas.
Caro primo Francisco Cavaco
O meu email: jmomamedearrobanetcabopontopt
Boa Noite,
Foi com emocao que vi as vossas entradas, sou neto da Maria de Lurdes , filho do Chico Ze'. Vivo no Reino Unido ja ha alguns anos. Infelizmente tanto o meu pai como a minha avo' ja faleceram. eu pouco conheco deste lado da famila, conheci o tio Chico (tio do meu pai) vivia em Viana, alem de algumas ferias que ainda eu passei em Darque com os meus avo's ja depois do 25 Abril.
.
Pode enviar o seu mail para trocar informações.
Foi com emoção que vi este registo sobre parte da minha família.
Sou António Alberto da Silva Dantas de Miranda (tenho 65 anos), neto de Olímpia Dantas, "Avó Olímpia", filho de Manuel Heitor Dantas de Miranda ,um dos três filhos de Olímpia Dantas e Isabel da Silva.
Sou afilhado de Maria da Conceição Dantas, a Tia Conceição.
O meu pai,Manuel Heitor Dantas de Miranda, foi militar e esteve destacado em Angola. A tia Lourdes, irmã, também mais tarde foi para Angola.
Caro João Mamede, também eu estaria interessado na genealogia dos Dantas.
e o passado torna-se presente!!! Sou Maria laura braga carteado mena dornseifer(casada com um alemão)(68 anos) neta da sua madrinha, maria da conceição dantas carteado mena, sou filha do seu único filho durval artur dantas carteado mena e lembro-me muito bem da tia olímpia, uma pessoa adorável, bem-disposta e acolhedora. Lembro-me muito bem da prima maria de lourdes e dos seus filhos - o chico-zé e a helena e do primo chico e da sua filha nazaré. Quando criança ia todos os anos com a minha avé passar uns dias a Viana. A pouco e pouco fui perdendo o contacto- e sobretudo depois da morte da tia olímpia ,a minha avó ia só raramente a Viana. Do seu pai não tenho a menor recordação , infelizmente.
Gostava de continuar a comunicar consigo, e saber o que é feito desse lado da família.
Boa noite. Peço desculpa pela demora na resposta, mas só hoje voltei ao Blog. Entretanto voltei para Luanda para a minha actividade profissional. o meu contacto moc.liamg|adnarimdaa#moc.liamg|adnarimdaa Skype a_a_miranda
se nao estou em erro, eram entao - ambos - primos direitos do meu pai? Chico Ze'?
Boa tarde,
Sou aluno de doutoramento na Universidade Nova de Lisboa, embora more em Viana. O meu trabalho prende-se com o Partido Socialista Português (PSP) que existiu entre 1895 e 1933. Num livro sobre os congressos deste partido aparece, em 1920 o nome de "Carteado Mena"num Congresso da Confederação do PSP no Porto. Este Carteado Mena é eleito para a Junta Diretiva da referida confederação. Sempre pensei tratar-se do médico José Casimiro Carteado Mena, oficial do exercito". Depois de ver a sua entrada relativa a Artur Carteado Mena, atribuindo-lhe pertença ao PSP, fiquei com vontade de saber se tem esse registo de pertença ao partido em causa ou pelo menos onde colheu essa informação. Se me puder responder, agradeço-lhe imenso.
Cump.
tenho vários cartões de filiação no partido socialista l do meu avô Artur Carteado Mena que morreu em 1938 com 47 anos de idade.
Era um socialista convicto.
cump
Quinta de Rio Côvo
Familia Filgueiras de Amorim
A Quinta de Rio Côvo situa-se num dos sitios mais pitorescos deste nosso formoso Verde Minho, no lugar de Rio Côvo, na actual vila de Darque- Viana do Castelo, estendo-se por uma grande veiga de boas terras.
Valoriza o aspecto desta antiga freguesia de Darque, ressaltando na riqueza da vegetação o verde claro das vinhas e pomares, hoje uma terra mais urbana, onde , aqui e ali, ainda se encontra vestigios do mundo rural.
Junto á Quinta passa o Rio Côvo que nasce em Santoinho, desaguando no lendário rio do esquecimento - o Rio Lima.
No Século XVII a Casa de Bragança , foi aforando todos os baldios de maneira a quem quisesse ,teria de formar pinhais para deter areias que avançavam sobre as terras cultivadas.Assim surgui o Casal da Areia em 1700, que era contituido por um prazo que deu origem à Quinta do Cais.
João Pita Ortigueira contrui casa solarengaem 1715 junto ao Cais do Carregadouro, José Martins de Matos 1882 ( Quinta das salinas), Pires Barbosa (Quinta da Sobreira), Os Malafaias, Cunhas Sotto Mayor ( Quinta de S.Brás).
Os Filgueiras de Amorim estabeleceram residencia e 1838, que é a que vamos abordar.
Esta familia veio para Darque por volta de 1838, comprando terrenos à Casa de Bragança , edificaram uma casa tipo senhorial.
Na parte frontal de uma entrada encontra-se a data da construção ,
A propriedade em si tem uma area mais ou menos de 4 a 5 hectares, incluindo a mata, onde aparece uma entrada com um elegante portão ladeado de duas ameias de cada lado.
O Primeiro senhor desta casa foi Manuel António Filgueiras de Amorim casado com D.Maria Rosa Joaquina de Mesquita de quem não teve filhos.
Herdou avultada fortuna de um cunhado que esteve no Brasil e para a fortuna não ir para estranhos casou com a sobrinha D. Clara Barbosa Rodrigues oriunda da Familia dos Camachos da Quinta das Lagrimas em Santa Marta de Portuzelo.
Deste casamento nasceram nove filhos que deram continuação á geração Filgueiras, ligando-se coma as familas Cunhas Osorios, Espregueiras,Rocha Peixotos, Pereira Campos, Pinto Correias, Antas,Kopkes,Simplicios, Pedra Palácios….
Manuel António Filgueiras de Amorim foi pai de Francisco António Filgueiras de Amorim casado com Carolina Amélia de Castro Leite Pereira Costa Bernardes filha Francisco Leite Pereira da Costa Bernardes, licenciado em Direito, Juiz de Direito, Vereador, Delegado do Procurador Régio, e de D. Custódia Joaquina de Castro.
Outros filhos se Seguem :
Maria Augusta Filgueiras de Amorim casada com José Coutinho da Cunha Osório Porto Carreiro.
Rosa Candida Filgueiras de Amorim casada com Dr. Francisco Manuel Rocha Peixoto, licenciado em Direito,Juiz, Deputado e Governador Civil .
Ermelinda Julia Filgueiras de Amorim casada com Dr. José Afonso Espregueira.
Emilia Amália Filgueiras de Amorim irmã de Rosa Candida Filgueiras de Amorim casa novamente com o Dr. Francisco Manuel Rocha Peixoto.
Luis António Filgueiras de Amorim faleceu novo.
José Ántónio Filgueiras de Amorim , militar, foi casado com Maria do Carmo Pinheiro, filha do Cónego Palheirão.
D. Henriqueta Amélia Filgueiras de Amorim faleceu solteira.
Manuel António Filgueiras de Amorim faleceu solteiro.
Duma segunda relação de Clara Barbosa Rodrigues ( Filgueiras de Amorim) com o Dr.Domingos da Costa Santos, licenciado em Direito ,nasce Guilhermina Augusta da Costa Santos que foi casada com Jose Pereira Campos.
Voltando atrás, o primeiro senhor da casa Manuel António Filgueiras de Amorim era um homem de ideias liberais: foi uma das figuras principais na vanguarda do movimento que apoiava as liberdades protagonizadas por D. Pedro IV, publicamente respeitado pelos
seus adversários politicos , professou abertamente esse ideal , coisa que no seu tempo pouca gente fazia.
Fez parte das listas das eleições para o executivo que presidiria Á Camara Vianense em 29 de Julho de 1834, cargo do qual viria a renunciar. ( História do Fogo Morto), de José Caldas.
A residencia na cidade , foi junto ao Rio Lima , no Largo 5 de Outubro, perto da antiga Guarda fiscal.
Mais tarde com partilhas esta Casa denominada " Casa Amarela" foi vendida á José Martins de Matos proprietário da Quinta das Salinas de Darque.
Seu neto Alvaro Filgueiras de Amorim, treinava com zelo os seus cavalos num picadeiro que existui na referida Quinta, onde os preparava para as corridas de touros.
Chegou a deslocar-se ao Pará, Brasil, em 24 de Abril de 1893,onde participou,numa corrida. Possuiam carros de cavalos,de aluguer, para passageiros.
Foi o ultimo Filgueiras proprietário desta quinta , hoje encontra-se na posse de outras pessoas.
A propriedade em 2011 encontra-se completamente abandonada e deteriodada ,devido as obras do acesso a nova Ponte sobre o Rio Lima.
Noutros tempos seria um Paraíso, até se pescava no Rio Côvo que passa nos terrenos da mesma.
Ainda há descendencia desta Familia nesta Vila de Darque e na cidade de Viana do Castelo.
Notas retiradas do Jornal Vianense de 30 de Janeiro 1993 ( Mirante do Alto Minho).
Sob o numero 285 ( Registo Quinzenal de figuras e factos)
Sr Joaquim Correia, sou descendente dessa família que possuía o prazo de Rio Côvo, tendo recentemente encontrado um testamento de minha 6ª avó, Ana Soares de Mesquita, onde ela o deixa a sua filha Rosa (não sei se se tratará desta Dona Maria Rosa Joaquina de Mesquita). Conhece mais dados sobre esses terrenos, e sabe onde poderei confirmar essas datações que o texto fala?
Joaquim Correia,
Faço parte da familia Filgueira, moro no Brasil.
Você tem muitas informações preciosas, gostaria de entrar em contato com você se possível.
Agradeço a atenção !
Quinta das Salinas da Vila de Darque
Foi seu primeiro fundador José Martins de Matos, casado com D. Maria Perpétua da Piedade Neiva.
É uma quinta situada junto ao Rio Lima, de grande extensão, toda murada.
A parte exterior à propriedade é formada pelas antigas salinas, razão pela qual é conhecida por este nome.
Tem uma linda Torre, toda em granito, conhecida na vila de Darque pelo nome de " Mirante do Rio ", onde no seu tecto, existiu um Brasão de Armas dos Queirós, trabalhado em cortiça.
A propriedade consta de uma grande casa,com capela interior. Nos seus terrenos ainda se podem ver os marcos da Casa de Bragança.
No ano de 1847 produzia-se sal que andava à roda de um moio( medida de capacidade correspondente a 60 alqueires) ou a 15 fangas, medidas antigas equivalentes hoje a 900 kilos.
Como as marinhas ficavam distantes da barra e só com as marés vivas chegava a água salgada, o sal produzido era péssimo e negro, e não podendo concorrer com o de Setubal, as marinhas foram abandonadas e com o tempo ficaram destruidas.
Em 1815 José Martins de Matos, Capitão de barcos, que possuia avultada fortuna faz nova de aproveitamento das salinas de Darque junto ao Rio Lima, o que deu em insucesso, visto os terrenos onde foram construidas as marinhas serem negros e de aluvião, o que originavam um sal com uma cor escura, e a grande quantidade de agua doce que se misturava com a salgada e a pouca elevação de temperatura tomava lenta a evaporação.Como a exploração não era rentável os proprietários abandonaram-na.
Ainda hoje é lembrado " o conhecido poço da portinha " pelas gentes locais de Darque , local este onde os barcos acostavam para fazer o carregamento do sal e onde era regulada a entrada das aguas para as marinhas.
Foi desta casa Alberto Magalhães Barros Cerqueira de Araujo Queiroz senhor da Quinta de S. Brás da Torre de Figueiredo ( Braga), formado em Direito e distinto notário em Viana do Castelo.
Publicou a obra intitulada " Familia Minhota" no ano de 1940 , importante trabalho geneológico.
Seu filho José Roberto de Magalhães Barros Lançós Cerqueira de Queirós deixou elementos regionais que fariam parte de um livro a publicar intitulado " Trajes , cantares e Bailados do Minho". Desta obra deixou importantes dados sobre o traje domingueiro , e o traje rico de noiva.A propriedade ainda se encontra na posse dos herdeiros residentes em Viana do Castelo.
a) Fanga ; medida antiga correspondente a quatro alqueires.Cada alqueire vale 15 kilos.
b) Almanaque de Viana ( 1896) , referencia a um barco seu " Hiate Pimpão ".
Notas retiradas do Jornal Vianense de 30 de Novembro de 1996 (Mirante do Alto Minho).
Sob o Numero 346 ( Registo Quinzenal de figuras e Factos)
Quinta da Estrela da Vila de Darque ( Conde da Estrela)
Propriedade de recreio situada no Lugar da Estação, na linda vila de Darque.
Foi seu proprietário Joaquim Manuel Monteiro, grande capitalista, negociante de grosso tratona Praça Comercial do Rio de Janeiro.
Nasceu na freguesia de Santa Maria do Carvoeiro a 13-11- 1800, filho de José Bento Rodrigues, proprietário e lavrador e de sua mulher. D. Ana Gonçalves e materno de António Lourenço e de sua mulher D. Maria Manuel.
Faleceu no Rio de Janeiro a 21-5-1875.
Foi 1º Conde( em 3-1-1855) e Visconde deste titulo( em duas vidas)e Barão do mesmo em uma vida( Decreto Lei em17-1-1854). Guarda Roupa honorário dos Reis D. PedroV e D.Luis I, Fidalgo - Cavaleiro da Casa real ( alvará de 27-9-1842), Comendador da Ordem de Cristo, Comendador das Ordens de Nossa Senhora da Conçeição de Vila Viçosa, e ainda de Torre -e-Espada, e da Ordem de Cristo do Brasil.
O Brasão apresenta um escudo partido, na 1ª Pala Monteiro,. na 2ª Rodrigues,( em campo de oiro 5 flores de lis, de vermelho, disposta em sautor, e um chefe de vermelho, carregado com uma cruz de oiro, floreteada e vária do campo).
Coroa de Conde. Está registado no I. VII ( " moderno" dos Brasões, Cartório de Nobreza da Torre do Tombo).
Grande benemérito do Hospital da Mesicordia de Viana do Castelo, a Sala do Consistório apresenta um quadro a oleo, relembrando a sua passagem como benfeitor.
A propriedade , com a alteração da estrada de Darque- Ponte de Lima, entrou em degradação, sendo retalhada e vendida em lotes.
Hoje apenas resta a moradiae um terreno circundante.
Notas retiradas do Jornal Vianense de 15 de Outubro de 2000 ( Mirante do Alto Minho).
Sob o Nº 414 ( Registo Quinzenal de Figuras e factos).
Quinta do Capitão Segismundo Alvares Pereira - Vila de darque
A vila de Darque, localizada na margem esquerda do Rio Lima , faz parte integrante da Ribeira Lima.
Produzia os melhores produtos agricolas, melões,verduras,flores, alhos… desfrutava de terras muito produtivas, uma parte destinava-se a paúlos, outras mais á beira-rio destinava-se á colheita do milho alternado com erva.
As hortas mais pareciam jardins bem cuidados com arte e rigor.
Rica em quintas e propriedades senhoriais, no lugar da Bouça , destaca-se uma quinta morada, com casa e terrenos envolventes, que foi do Coronel de Infantaria António Augusto Segismundo Alvares Pereira, casado em 1907 com D. Ana Ernestina da Silva Espregueira ( 1872) de quem não teve geração.
A sua esposa era filha do Dr.João Afonso Espregueira, natural de Viana do Castelo, Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra ( 1850), foi Governador Civil de Vila Real de Tras -os-Montes, Aveiro,e Santarém, tendo pertencido ao Conselho de sua Majestade,foi casado com D. Filomena da Silva Lima , filha de Caetano de Lima e de sua Marta de Portuzelo, Viana do Castelo.
António Augusto Alvares Pereira foi Juiz de Fora e Presidente da Comissão Municipal ( 1806). Era filho do Correio- Assistente da Vila de Viana, Manuel António Alvares, natural de Viana e de D. Josefa Pereira de Lima de S. Romão, com raízes em Fornelos, do Bispado de Tuy.
Toda a familia professava ideias absolutistas.
Depois da Aclamação da Rainha D. Maria II, a 30 de Março , tomou posse do lugar de Correio Assistente, que exerceu com rara honestidade; " era o tipo de pessoa completa de antiga lealdade portuguesa ". No principio do SéculoXX , a Quinta era conhecida na freguesia entre as gentes locais pela " Quinta do Correio ".
A correspondencia era entregue por favor na mesma, razão pela qual o povo lhe chamava do correio.
Numa revista de teatro que esteve em cena em Darque, cantava-se " Já Agosto vai a meio , já canta a rapaziada , ser a primeira esfolhada, na Quinta do Correio ".
A propriedade encontra-se hoje, na posse de outras pessoas.
Notas retiradas do Jornal Vianense de 15 de Fevereiro de 2001
( Mirante do Alto Minho).
Sob o numero 420 ( Registo Quinzenal de Figuras e factos).
Sou descendente destes Alvares Pereira. A primeira pessoa de que tenho referencia segura é João Rodrigues Álvares, oficial da antiga Vedoria de Viana do Castelo, que nasceu em Darque e viveu na sua casa da Rua de S. Sebastião ( hoje Manuel Espregueira ). Tem noticia do fundador da Quinta do Correio?
Cumprimentos
Antonio Araujo
António Araújo - descendente de Alvares Pereira, o Sr. António Augusto Segismundo Alvares Pereira, foi Presidente e Comandante nos Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo. Será que tem alguma foto ou imagem dele ? também temos algumas imagens de pessoas antigas que passaram por lá mas não temos identificação, será que consegue ajudar?
cumprimentos
O Coronel António Augusto Segismundo Álvares Pereira casou, em 2ªs nupcias com D. Palmira Correia Pinto Coelho, Senhora, com suas irmãs, da Casa do Balcão, em Mondim de Basto. Tiveram uma filha - falecida em 2018 - c. cg.
Quinta de S. Lourenço- Lugar do Cais Novo- Vila de Darque
Manuel Barboza Magalhães casado com D. Teresa Maria Silva, comerciante em Viana do Castelo em 1747, mandou construir uma moradia senhorial e capela , no lugar do Cais Novo, pertencente á freguesia de Darque, hoje vila.
O seu neto, João Barbosa de Magalhães tenente- coronel da policia de Lisboa no tempo de D. Miguel deixou uma filha, D.Tomásia Clara Bernardes Barboza de Magalhães que nasceu no Porto, em Santo Ildefonso, que casou com Manuel Felix Mancio da Costa Barros.
Os bens lhe advieram por casamento com D. Tomásia em Fevereiro de 1838.
Fez grandes melhoramentos, vedou com muros a propriedade, mata, campos de lavradio, e jardim.
Levantou junto á capela um portal encimado pelo Brasão de Armas dos Costa Barros( 1859).
(Cópia da carta para justificação de nobreza e fidalguia para poder usar as armas dso seus apelidos, registada no livro de Registos Geral da Comarca de Viana do Castelo Nº 14, folhas 379).
Esta Carta de Brasão de Armas foi passada no reinado de D. José I , sendo Rei de Armas de Portugal Frei Manuel de Sto António da Ordem de S. Paulo, passada pelo Cartório de Nobreza em Lisboa em 24 de Novembro de 1750, e registada no livro 13 , folha 1ª no dia 25 -11-1750 , por Hilário da Costa Barreiros Teles.
O Brasão é um escudo partido em pala,no 1º quartel as Armas dos Costas, de prata, firmadas no escudo , postas em duas palas ; no 2º, as armas de Barros,que são em campo sanguido, 3 bandas de prata e sobre o campo 9 estrelas de ouro e na ponta alta uma e duas na ultima ponta, e 3 em cada um dos espaços do meio.
Um espaço de prata com guarnição de ouro.
Paquila dos metais e cores das peças do escudo.
Timbre: o dos Costas, que são 2 castelos. em aspa e atados com torçal sanguido.
No canto do escudo, para diferenciar uma braça de ouro, com trifólio azul, concedido a Josá Mancio da Costa Barros, que fez justificação que era filhos legitimo de Manuel Costa Barros e mulher D. Esperança Maria de Barros , naturais e moradores em Viana do Castelo,neta pela parte de seu pai de Martinho da Costa , do Lugar do Brochado, da freguesia de S, Salvador, do Concelho de Ribeira da Pena, Comarca de Guimarães, e pela parte materna era neto de Manuel Barros, da freguesia de Guilhadezes, do Concelho de Arcos de Valdevez, da Comarca de Viana, os quais descendiam das familias Costas e Barros que sempre se tratavam pelas leis da Nobreza com sangue limpo, conforme conta da justificação feita sentença dada pelo Corregedor dda Corte e Casa da Suplicação, Diogo de Almeida Azevedo, escrita pelo escrivão do Dito Juizo António Soares Ribeiro.
O registo foi feito por ordem do Juiz de Fora de Viana no livro da Comarca da mesma vila a 28 de Janeiro de 1751., sendo a Carta de Brasão apresentada pelo justificante José Maria Costa Barros no dia 23 de Setembro de 1761 e a fez escrever Rafael Gomes Coelho, Escrivão da Comarca de Viana , assinando também o agraciado José Mancio da Costa Barros.
A certidão donde copiara é tirada do livro de Registo n14 , foi passada a 14 de Julho de 1859, pelo escrivão Manuel Carlos Costa Correia de Araujo a pedido de Manuel Felix Mancio da Costa Barros, cujo Brasão colocara na sua casa da Rua de S. Pedro( Casa Manuelina) , em Viana , que tinha sido arrematada e, 11 de Julho de 1765 a Rafael da Gama Coelho, Cavaleiro da Ordem de Cristo.
A Casa tinha sido comprada pelo seu avô José Mancio da Costa Barros, Comissário que foi das Mostras na Vedoria Geral da Provincia do minho e, 1826, casado com D. Francisca Josefa de Abreu Oliveira. Esta mesma Casa consta que foi contruida em 1550 pelo mestre de cantaria João Lopes ( Pai) que fez o Chafariz do Campo do Forno e, 1554.
Como pessoa influente e politico em 1859, fez com que passasse junto á sua quinta, no lugar do Cais Novo, a estrada Porto- Viana. Na mesma altura dava-se inicio á construção da Ponte de Madeira que ligava as duas margens , Viana e Darque.
Hoje a Casa Senhorial e quinta pertencem ao Centro Apostólico Paulo VI, residência do Bispo de Viana do Castelo o Sr.D. Armindo Lopes Coelho.
Notas tiradas do Jornal Vianense de 15 de Novembro 1996 ( Mirante do Alto Minho).
Sob o Nº345 ( Registo Quinzenal de Figuras e Factos)
O Comendador da Silva Etna foi casado com uma senhora da familia Pita Ortigueira, proprietário de uma quinta denominada de Quinta do Cais Velho.
Como não teve sucessão. deixou os seus bens à Mesicordia de Viana do Castelo.
Entre os diversos bens ,deixou vária documentação que passaram ao Arquivo da Santa Mesicordia de Viana, e hoje em 2011 encontram-se no Arquivo Distrital de Viana do Castelo.
Entre essa documentação faria parte um documento muito antigo que seria um pergaminho onde constava a Carta de Brasão dos Pitas de Darque.
Tentei obter o documento e para meu espanto entre a documentação diversa o que efectivamente pretendia não apareceu.
Entretanto em livro encontra-se escrito , que o dito pergaminho, se encontrava no Arquivo da Santa Casa da Mesicordia de Viana do Castelo e identificado pelo historiador José Rosa Araujo.
Passados alguns anos ,verifiquei que o dito documento se encontra na propriedade de terceiros! Como é que isto é possivel!………
Estive a muitos anos em visita à Portugal, e me lembro de parentes que moravam numa rua chamada 28 de Maio, em Darque, num local próximo a uma fonte, mais que não encontro no mapa de Darque, atualmente. Li várias mensagem deste site, e observei que muitos conhecem bem a região, em vista disso gostaria de saber se este logradouro mudou de nome ou simplesmente desapareceu com a modernidade para dar passagem a outras avenidas.
Agradeço a quem souber.
Boa noite Sr. Mauricio. Realmente a rua atualmente está com outro nome. O fontanário ainda existe e pouca coisa mudou certamente do tempo de sua visita. A rua actual chama-se rua 25 de abril. Recomendo que faça a vista de rua para relembrar-se do local e constatar que muita coisa deve estar igual.
Espero ter ajudado.