Francisco José da Silva Ericeira
Natural da Ericeira nasceu no dia 24 de Fevereiro de 1800, uma Segunda – Feira. Bairrista ferrenho e patriota da sua terra Francisco José da Silva Ericeira (nome de baptismo) , lutou contra elementos estranhos à sua terra natal. Foi oficial da Marinha Mercante em capitão de navios, mais tarde acabou por abandonar esta actividade para se dedicar às suas propriedades, politicamente foi Presidente da Câmara e administrador do Concelho. Em 1845 foi nomeado tenente da Armada não descorando o cargo que tinha na Paróquia da Ericeira. António Bento Franco proferia que Francisco Ericeira era um homem ligado ao bem e ao desenvolvimento da sua terra, antes e após o extermínio do Concelho, era combativo e corajoso. No «Diário Ilustrado» de 29 de Outubro de 1874 Luís Palmeirim diz que o conheceu há cerca de doze anos e reteve a figura do capitão de navios: fisicamente tinha a tez requeimada devido ao calor dos sóis, possuía um olho vivo e perscrutador de quem estava acostumado a sondar os abismos das águas. Em 1861 foi fundado o Clube Desportivo Ericeirense em piso térreo mandado construir por Francisco José da Silva Ericeira, no dito salão realizavam-se concertos, jogos, saraus e bailes. Em 1919 reabre o antigo Clube como Grande Casino, após algumas obras de remodelação em 1924. Em 1927 Joaquim Ferreira transforma-o em Cine – Casino e inclui um restaurante no 1º andar. O edifício encerra em 1980, e a 31 de Julho de 1995 foi inaugurada como Casa de Cultura com o nome do grande vulto ericeirense Jaime Lobo e Silva. Francisco Ericeira foi homenageado pelo aguarelista Alberto de Sousa com uma bonita fonte que em 1926 a Junta de Turismo mandou construir. Tem o seu nome numa rua da vila onde nasceu que primeiramente a dita rua teve como topónimo Rua do Gerardo, designação de século XVIII, que perdurou até ao segundo quartel do século XIX em homenagem a Gerardo Pereira Rodrigues que exerceu um cargo militar no Forte de Mil Regos. O militar pereceu em 1798. Segundo Bento Franco, Pereira Rodrigues foi Regedor na Ericeira durante vários anos. Nos finais dos anos XX a rua obteve o topónimo de Rua do Conselheiro, este nome permaneceu até Fevereiro de 1910, actualmente é a Rua do Ericeira. Presentemente a Rua Gerardo Pereira Rodrigues situa-se junto ao cemitério. Francisco José da Silva Ericeira faleceu num domingo, no dia 15 de Janeiro de 1871. Primeiramente ficou no Cemitério das Andorinhas, mas a partir de 4 de Maio de 1902 as suas relíquias ou restos mortais permanecem no Cemitério do Mato da Cruz. Francisco Ericeira deixou em testamento para que escrevessem na sua campa os seguintes versos:
« Eu desta vida só fico contente que a minha terra amei e a minha gente »
Pedro Ribeiro, Ericeira.
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