Fundado em 1980, o Grupo Desportivo e Cultural Sobralense "Os Galitos da Serra" é uma das mais relevantes colectividades de Sobral de São Miguel, no concelho da Covilhã.
O grupo, após 25 anos de altos e baixos, pretende garantir uma estabilidade recuperada, ao longo dos últimos anos, com uma direcção jovem, que se espera ser a base de uma organização cada vez mais polivalente e dirigida aos sócios.
Objectivos
- Desenvolver actividades ligadas ao desporto, tais como o atletismo, em que a equipa obtém muito bons resultados, tanto a nível colectivo como individual, e trabalhamos para que a formação de jovens atletas assegure no futuro a perseguição dos mesmos objectivos, sempre com a mesma ambição, de “peito feito e de crista erguida”. O futebol de 5 também será uma aposta a esse nível, embora somente para torneios particulares.
- Desenvolver actividades culturais que complementem o nosso programa e satisfaçam os nossos associados.
- Em suma, contribuir para um Sobral cada vez mais dinâmico, lutando contra a inevitável desertificação humana.
História
Não existem registos significativos de actividades desportivas colectivas anteriores à construção do campo de futebol de 11. As bolas eram feitas de trapos velhos e jogava-se futebol no meio da rua. Também se praticavam outros tipos de jogos que não exigiam equipamento oneroso, e assim se ultrapassavam as dificuldades. Desde os mais remotos tempos os homens do Sobral dedicaram-se ao desporto, e mais directamente ao futebol. No início de 1950, a vinda de um pároco jovem introduz uma nova dinâmica. É nesta altura que foi constituído o grupo "Os Galitos da Serra", com direcção, e com secretário e tesoureiro, imitando o clube das minas. É instituída a quota mensal de 2$50, embora não houvesse estatutos, e tudo seja combinando oralmente.
Primeiramente "Os Galitos" deviam ter sede no salão, construído na altura pela paróquia, mas preferiram tornar-se autónomos desta, alugando a loja/rés do chão do Brás “Banacau”, ali à rua das Sobreiras. É comprada parte de um terreno, por mil escudos no sítio do Tarrastal, já que a outra parte havia sido cedida gratuitamente. Então já se podia treinar e muitas vezes os treinos dominicais eram mais ocupados a apanhar as pedras às mãos cheias que lançavam pelas bandas laterais do campo. Feita a terraplanagem braçal ficou com o piso muito pedregoso e com um seixo muito rijo junto da baliza norte. Foram também postas as balizas feitas de pinheiros ofertadas por sobralenses bairristas. Os sapateiros locais fizeram as primitivas botas e bolas de futebol. As costureiras talharam os calções. Só as camisolas e os emblemas é que vieram de Lisboa. É decidido inaugurar o “Estádio dos Tocos”, tendo sido aprazado um jogo entre casados e solteiros, que os mais fogosos venceram, e em que, diga-se de passagem, o espírito de camaradagem venceu também. Como inauguração oficial é decidido convidar a turma da Erada, que ganhou o jogo por quatro bolas a três.
A equipa da altura era a seguinte:
Guarda-redes: Armando Pinto Geraldes.
Defesas: António Francisco Pinto Geraldes “Barrigana”, João Pinto Gaspar e Inácio.
Médios: José Paulo Marques e Herculano Pinto Geraldes.
Avançados: José Ramos da Silva (Zé Moreno), José da Silva Gaspar, António Ramos Diogo (Ratoeiras), António Silva Diogo (António Amaro) e Alfredo da Silva Gaspar.
Suplentes (jovens da “cantera”): Zé Côto, Serrão e Manuel Bento como guarda-redes; Zé Broa e Zé Alves como defesas; Gil Pinto, Américo Pinto e Manuel Pires Nunes (Cebola) como médios; José Dias (Zé Maneta), Silvério, Tarcísio, Eusébio (Rogério), Daniel e Belmiro (Cavalheiro) como avançados.
Outros embates se realizaram com diversas formações de povoações vizinhas e que tiveram os mais diversos resultados. No entanto, não se fez o quadro cronológico dos embates com os respectivos resultados. A equipa durou até à época de 1955/56, altura em que a equipa se desmembrou, pois a maior parte dos elementos emigrou ou saiu para a tropa. Os que ficaram não conseguiram manter o clube em vida.
Por volta dos anos 80, "Os Galitos da Serra" voltaram a tentar criar uma equipa de futebol, mas diversas dificuldades fizeram com que a iniciativa morresse ainda no ovo.
Hoje em dia, a construção do polidesportivo veio dar uma dimensão totalmente diferente ao clube, pois é mais fácil arranjar cinco ou seis elementos para uma equipa de Futsal do que uma dúzia jogadores para futebol de 11. Ainda para mais, este polidesportivo tem condições totalmente diferentes do campo de 11, pois situa-se no centro da localidade e já possui balneários, além de um piso não abrasivo (tartan).
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