Grupo Folclórico de Cantares e Balhados da Relva

Grupo Folclórico de Cantares e Balhados da Relva
Relva

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Grupo Folclórico de Cantares e Balhados da Relva

História

O Grupo Folclórico de Cantares e Balhados da Relva foi fundado a 29 de Junho de 1976.

Em 1977 participou no Intercâmbio Regional das Casas do Povo actuando em todas as ilhas do Grupo central dos Açores.

No ano de 1978 integrou as Comemorações do 25 de Abril em Lisboa.

Deslocou-se à ilha de Santa Maria no ano de 1984 para participar nas Festas 15 de Agosto que anualmente aí decorrem.

Em 1986 participou no Festival Internacional de Folclore dos Açores realizado pelo COFIT na Ilha Terceira.

Representou o Folclore Português no Festival Internacional de Música de Cantonigròs – Catalunha – Espanha obtendo o 7º lugar entre os 32 grupos participantes no ano de 1988.

Esteve no Canadá no ano de 1989 onde participou nas Festas do Sr. da Pedra e nas Festas da Sra. dos Anjos nas cidades de Toronto e Hamilton a convite das Comunidades Portuguesas aí residentes.

Voltou ao Canadá em 1991 para actuar nas mesmas festas devido ao sucesso aí alcançado dois anos antes, onde ainda actuou na cidade de Montereal Província de Quebeque.

No ano de 1993 representou a Região Autónoma dos Açores no XXXV Festival Internacional de Folclore Celestino Graça em Santarém.

Nova representação dos Açores na X Gala Internacional de Folclore da Batalha no ano de 1995.

Entre os anos de 1995 e 1998, efectuou uma pesquisa pormenorizada dos trajes tradicionais micaelenses, junto do Museu Carlos Machado em Ponta Delgada, sob a orientação da etnógrafa Dr.ª Sílvia Fonseca, o Historiador Dr. Hugo Moreira e em consonância com o presidente da Federação do Folclore Português Sr. Augusto Gomes dos Santos.

Efectuou no ano de 1996 uma digressão ao Continente Português participando no V Festival Internacional de Folclore de Arrentela Seixal.

Tornou-se Membro efectivo da Federação do Folclore Português, adquiriu o Estatuto de Utilidade Pública por despacho do Presidente do Governo Regional dos Açores e filiou-se no INATEL no ano de 1996.

Recuperou o tradicional “Cantar às Estrelas” na freguesia da Relva, no ano de 1997, sendo este original desta freguesia, onde apenas se usa os instrumentos tradicionais tais como a viola da terra, o violão os ferrinhos e o tambor.

Mais uma deslocação ao Continente Português mais propriamente à região do Alto Alentejo onde participou no XXXI Festival Internacional de Folclore de Castelo de Vide, em Agosto de 1997.

Voltou a Portugal Continental em 1998 para representar o Folclore Açoriano no XVIII Festival Nacional de Folclore Beira Serra em Oliveira do Hospital e na XXXVIII edição do Festival Internacional de Folclore de S. Torcato – Guimarães.

Representou os Açores nos Festivais Internacionais de Folclore da Camacha e Ponta do Sol na Região Autónoma da Madeira em 1999.

Deslocou-se à Espanha para representar o Folclore Açoreano no IX Festival Internacional de Folclore de Narón Galiza e à Ilha Terceira representando o Concelho de Ponta Delgada nas Festas Sanjoaninas em 2000.

Em 8 de Dezembro do ano 2000, realizou o seu sonho de mais de 20 anos, ao inaugurar a sua sede social.

Representou Portugal no 1º Festival Étnico do Mediterrâneo na cidade de Madrid – Espanha no ano 2001.

Em 2002 deslocou-se ao Brasil a fim de participar em várias festas no Estado de Santa Catarina e nas comemorações do povoamento Açoreano e VII Festival Internacional de Folclore de Gravataí do Rio Grande do Sul e ainda actuações no Rio de Janeiro, efectuando programas nos Canais de Televisão: RBS – Globo, Globo, TV Rural, TV Educativa, TV COM e Sistema Brasileiro de Televisão.

Em 2004 voltou a Portugal Continental para representar o Folclore Açoreano no Festival de Folclore de São Pedro de Alva, Distrito de Pena Cova, Concelho de Coimbra.

Foi convidado pelo COFIT (Comité Organizador de Festivais Internacionais da Ilha Terceira), a representar os Açores no XXII Festival Internacional de Folclore dos Açores realizado naquela Ilha de 13 a 19 de Agosto de 2006.

A 27 de Maio do ano de 2007, na Ilha de S. Miguel, actuou para a Princesa Walburga Habsburgo Tasso de Saxo-Coburgo e Bragança, Arquiduquesa da Áustria e Princesa da Toscana, Hungria e da Bohémia e para seu marido Carl Rduard Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Barão Taxis von Bordogna e Valnigra.

Ainda em 2007, foi convidado a estar presente no XVII Festival Internacional de Folclore Ayuntamiento de Narón – Galiza Espanha, onde representou o Folclore Português, mereceu a boa representação conseguida no ano 2000, no mesmo evento.

No mês de Agosto de 2009, deslocou-se ao norte de França, mais propriamente à Alsácia, onde efetuou várias atuações nesta região francesa, com participação no Messti de Truchtersheim, e ainda atuou no sul da Alemanha.

No dia 3 de Julho de 2010, aquando do seu aniversário lançou oficialmente o seu site na internet. www.grupobalhadosrelva.com

A 16 de Novembro de 2010, no Âmbito dos “Açores Região Europeia 2010”, participou atuando no “Azores Spring of Emotions”, no Parlamento Europeu em Bruxelas na Bélgica, na presença do Comissário Europeu da Agricultura Dacian Ciolos. (Tendo sido convidado pela eurodeputada Maria do Céu Patrão Neves).
Em Julho de 2011, foi a São Paio de Gramaços – Oliveira do Hospital, Beira Alta, onde participou no XXXI Festival de Folclore Beira Serra, que aí se realizou, representando os Açores.

Esteve presente 7 vezes na R T P, onde participou no programa Praça da Alegria, nos estúdios da RTP no Porto em 1998, no programa Jardim das Estrelas da RTP aquando da transmissão deste a partir dos Açores no Coliseu Micaelense em 1999, novamente na Praça da Alegria da RTP, transmitido das Portas da Cidade de Ponta Delgada, aquando das Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres no ano de 2001, duas vezes no programa Atlântida da RTP Açores em 2002, voltando a estar presente no mesmo programa, aquando da transmissão deste a partir do Jardim 5 de Agosto na Freguesia da Relva, em 2005.

Promotor em conjunto com a Junta de Freguesia do Grande Festival de Folclore da Relva – Mostra Folclórica do Atlântico desde 1993.

Durante todos estes anos tem actuado em toda a ilha de S. Miguel em festas de Freguesia, Espírito santo e outras, bem como em restaurantes e hotéis para o Turismo que nos visita.

REPRESENTATIVIDADE

Da sua representatividade é de destacar os mais variados trajes tanto de camponeses abastados, remediados e pobres, de camponesas abastadas, remediadas e pobres, de mulher de trabalho, de apanhadeira de chá, de pescador e o inconfundível capote e capelo, confeccionados com os mais genuínos métodos, sendo utilizados a lã, a estamenha, o linho, rendas e entremeios e os característicos bordados, dos quais é fiel depositário.

TRAJOS

O Grupo ao longo dos 32 anos de existência efectuou várias pesquisas e recolhas, merecendo destaque a realizada entre os anos de 1995 a 1998, da etnografia daí que possui os mais variados trajos típicos e originais Micaelenses desde ricos, pobres e passando nos remediados.
Os trajos ricos a que nos referimos não são aqueles usados pela nobreza nem pela burguesia, mas sim os usados pelos camponeses abastados do campo.

1-Trajo rico feminino – A tradicional saia rica de estamenha tecida no tear manual com barra bordada, bordado esse muito trabalhado, cobrindo grande parte inferior da saia, o seu avental também tecido no tear com mesmo tecido, é como a saia bastante bordado em contraste com a saia, as cores da saia e do avental são sempre garridas, passando pelo azul e rosa, suspiro e azul, preto e vermelho ou ainda rosa e azul, a camisa de linho branco com refegos ornada com rendas e entremeios, nesse trajo vê-se rendas e entremeios muito ricos e em grande quantidade, o lenço geralmente da cor do bordado da saia muitas vezes bordado da cor do fundo da saia, até mesmo com quadras de amor, as galochas que nesse trajo são de madeira com pano bordado, as meias de renda e na roupa interior o saiote e o calção ornamentados com rendas e entremeios brancos.

2-Trajo remediado feminino – A tradicional saia de estamenha tecida no tear manual com barra também bordada embora mais simples, o seu avental também ele tecido no tear e bordado a condizer com a saia e as cores a contrastar, a camisa de linho branco com refegos, ornada com rendas e entremeios brancos, as suas galochas de madeira e couro, o lenço ora liso da cor do bordado da saia ou ainda garrido estampado a condizer com as cores das saias, na roupa interior o saiote e o calção de pano branco com as suas rendas e entremeios brancos.

3-Trajo pobre feminino – A tradicional saia de estamenha tecida no tear manual todavia mais rústica com barras simples, somente riscas ou bordada com bicos, o seu avental com cores ao contrário das saias e também com riscas na parte inferior como a saia ou então de pano xadrez com patrona, a camisa de linho branco ornada com refegos, rendas e entremeios brancos, as suas galochas de madeira e couro, o lenço sempre estampado com cores muito garridas e tons a condizer com a saia bem ao gosto campesino, o saiote e o calção de pano branco com as suas rendas e entremeios brancos.

4- Trajo de apanhadeira de chá – A tradicional saia de linho xadrez bege e castanho com barra de lã vermelha ornada com liga amarela, camisa de linho branca ornamentada com refegos, rendas r entremeios brancos, lenço vermelho da cor da barra da saia, chapéu de palha e cesta para deitar as folhas do chá, galochas de madeira e couro, na roupa interior o saiote e o calção com rendas e entremeios brancos.

5- Capote e capelo – Trajo sóbrio de lã preta podendo ser azul-escuro, composto de manto e capelo muito usado até ao início deste século, embora remonte ao séc. XVI.

6- Trajo rico masculino- O tradicional fato de estamenha tecida no tear manual, composto por calças, casaco e jaleco, o casaco leva na beira um arremate preto e nos braços uns botões de cores vivas, e estes eram consoante a condição social mesmo dentro dos camponeses abastados, chapéu de feltro azul escuro por for a e vermelho por dentro com abas compridas sobre as costas, as típicas botas de couro preto com bordo vermelho na parte superior do cano, a sua camisa de linho branco bordada a azul o com refegos na qual a mulher ponha todo o seu esmero, pois esta tinha muito orgulho no bordado da camisa que o marido usava, este trajo era usado pelos camponeses abastados do campo, e não pelos nobres ou burgueses, também podia ser de lã preta pura como um original que se encontra no Museu Carlos Machado onde este grupo fez a recolha embora esse não tenha os botões mas tendo outros ornamentos.

7- Trajo de camponês remediado de finais do séc. XIX – Calça de estamenha com calças e casaco, camisa de linho com refegos e botas de couro preto com barra vermelha na parte superior do cano.

8- Trajo de trabalho do mesmo camponês remediado de finais do séc. XIX. – Calças de estamenha e camisa de linho branco com refegos, calçando alpercatas e carapuça de lã na cabeça.

9- Trajo de camponês pobre de Rabo de Peixe – Calça de linho branco ou bege, arregaçada mais a perna esquerda, camisa de linho xadrez branco ou bege, chapéu de linho branco com abas e couro na lua, nos pés as típicas sandálias conhecidas por alpercatas.

10- Trajo de camponês da Relva de finais do séc. XIX até 1905 aproximadamente – Calça de cotim, com suspensórios e fivela atrás, camisa de linhaça branca com riscado branco a azul com algibeira grande onde era guardado o rolo do tabaco, casaco de cotim podendo ser da mesma cor das calças ou não e ainda de outro tecido de cor mais ou menos idêntica, casaco este conhecido por guarda pó, na cabeça carapuça de lã e as típicas alpercatas.

11- Trajo do mesmo camponês de trabalho – Calças nos moldes da descrição anterior, camisa também igual à anterior, carapuça na cabeça e as alpercatas nos pés.

12- Trajo de Domingar ou de dia de festa do campónio de finais do séc. XIX – Calça de lã preta, jaleco e chapéu preto, botas pretas e camisa de linho branca.

13- Trajo do pescador de meados do séc. XIX – Calça de estamenha forrada de lã xadrez branco e preto na parte inferior das pernas, camisa de lã bege, chapéu de palha e tamancos de madeira usados em terra, podendo usar cesta de e rede quando se dirigia para a faina da pesca, existe um original no Museu Carlos Machado onde o grupo efectuou a respectiva recolha.

14- Trajo de mulher pobre de trabalho – Saia de lã azul com bordado em bicos na parte inferior desta, avental de pano riscado com algibeira no lado direito superior, camisa de linho branco com rendas e entremeios, lenço de lã enramado com cores sóbrias galochas de madeira e couro nos pés, este trajo existe um original no Museu Carlos Machado onde o grupo efectuou a respectiva recolha.

INSTRUMENTOS

Na tocata o grupo usa o que realmente é genuíno, a nossa inconfundível viola da terra, de dois corações, também conhecida por viola de arame, que dá ao nosso folclore um som impar, que lhe é muito próprio e uma característica única açoriana. Desconhece-se no entanto a origem deste instrumento, sendo de supor que tenha vindo para esta ilha com os primeiros povoadores, provenientes de alguma região do continente português e aí se tivesse perdido posteriormente, também é usado no grupo como acompanhamento o violão, o tambor, e os ferrinhos, estes dois últimos ainda têm reminiscências árabes, de onde também vieram alguns povoadores como presos e escravos. Aqui também se nota os mais variados trajos originais, tais como ricos, remediados e pobres.

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