Guadramil é uma aldeia típica transmontana do distrito de Bragança, na freguesia de Rio de Onor.
Aldeia comunitária em pleno Parque Natural de Montesinho, mantém as casas de traça típica e um dialecto praticamente extinto chamado Guadramilês.
É uma aldeia tipicamente portuguesa que se debate com a falta de população. Faz fronteira com duas aldeias espanholas, Riomanzanas e Santa Cruz de Los Cuerragos e com três aldeias portuguesas: Rio de Onor, Deilão e Petisqueira.
O relevo é bastante acidentado. A vida selvagem é composta essencialmente por corsos, javalis, raposas, coelhos, lebres, lobos, perdizes, melros, estorninhos, pintassilgos, lagartos e cobras.
Esta aldeia, foi durante muitos anos, uma aldeia comunitária, onde os seus habitantes repartiam o moinho, a forja, o rebanho e algumas tarefas agriculas. Neste momento, é habitada por cerca de trinta pessoas todas elas bastante idosas. Já não existe rebanho, o moinho já não mói, na forja já não se molda o ferro, os campos estão ao abandono. No entanto, merece uma visita pois possui um encanto muito especial e único, como refere Campos Almeida no seu poema:
Lá muito para traz de Trás-os-Montes
Na terra raiana do sol poente
Guadramil forja o ferro e a gente
Entre o xisto, as sesões e as fontesBate a burra caminhos dos horizontes
- Tic-toc! … Tic-toc … em passo dolente
À espera do sol que vem do nascente
E a tocar rebanhos pelos montesNa comunal vida de cada dia
Olha Riomazanas e suas irmanas
-Terras da calma e da nostalgia!…E entre os escanos e a casaria
O nevão branqueia as horas serranas
- Mas o sol volta e calda a serrania!…CAMPOS ALMEIDA
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Comentários
Realmente a população é idosa mas ainda há quem se sinta com coragem de semear umas alfaces, feijões, batatas e até "cevar um porco", se para tal tivessem condições, apoio e protecção por parte do Parque, que foi criado para harmonizar a natureza e a população. Pobre polução residente milenária, não sei como se arranjaram até agora sem um Parque para hamonizar!
Ora quem se atreve a semear alguma coisa, vê tudo comido pelos veados ou espezinhados pelos javalis. A serra é grande e há muito que comer para os animais.Não têm necessidade do que é plantado ou semeado pela população. Só por gulodice.
Tem de haver possibilidade de proteger campos para as pessoas cultivarem e sentirem a sua vida mais útil ! Isto é se o Parque tiver interesse e vontade. A não ser que queiram correr de vez com as pessoas e deixarem cair do que resta das casas. Ou há algum projecto de recuperação?
As pessoas devem fazer parte activa da solução e não do problema. Mas não estão a ser ouvidas.