Por toda uma série de relatos que lhe estão associados, é fácil perceber que eram frequentes as estadas reais na povoação de Avelãs de Caminho, e, especialmente, no muitas vezes citado Paço de Avelãs. Com o passar dos tempos e dado que este ponto tinha muito interesse para deslocações reais entre o sul e o norte do país, seria inevitável que o poder régio reconhecesse a importância da localidade e lhe desse carta de privilégio.
Relatos históricos
Ao longo da história, Avelãs de Caminho aparece quase sempre referenciada como um importante local de pouso Real. Não raras vezes, a Comitiva Real ficava instalada no Paço aqui existente, do qual hoje são escassos os vestígios. No entanto é inegável a sua existência e importância. Aqui se passaram episódios importantes da história de Portugal, como o que a seguir se relata:
"No início do século XIII, D. Maria Paes Ribeira, de alcunha a Ribeirinha, oriunda de uma das mais nobres famílias portuguesas,foi protagonista de um grande romance de amor com D. Sancho I, Rei de Portugal, numa altura em que o concubinato era prática comum entre príncipes e nobres. Assim, a famosa Ribeirinha, que era detentora de uma quinta em Avelãs, recebeu a tríste notícia que seu amante havia falecido. Com a morte de D. Sancho I, a Ribeirinha decidiu vir para a sua quinta em Avelãs juntamente com seu irmão, Martin Paes da Ribeira. Na cola deles veio o Governador D. Gomes Lourenço, descendente de Egas Moniz - que tinha sido mordomo-mor de D. Afonso Henriques - que andando de cabeça perdida pela Ribeirinha, raptou-a e levou-a para Espanha. Os parentes da Ribeirinha, pela influência que tinham na corte, fizeram chegar o caso às mãos do Rei de Leão, que ordenou a morte de D. Gomes Lourenço."
Dois séculos mais tarde, em 1428, mais um episódio volta a envolver o famoso Paço Real, desta vez a envolver os fílhos de D. João I - D. Pedro, D. Henrique e D. Duarte, futuro rei.
"Numa noite de Setembro de 1428, D. Pedro dirigia-se a Coimbra para assistir ao casamento de D. Duarte com a Príncesa D. Leonor de Aragão. D. Duarte e D. Henrique que se encontrava já no Paço Real de Avelãs, foram ao seu encontro tendo dormido ali o futuro Rei D. Duarte em companhia de seu irmão D. Pedro, enquanto D. Henrique seguiu para Coimbra para preparar a recepção aos irmãos para o casamento que se iria realizar uns dias mais tarde. "
Em Março de 1338, D. Afonso IV, fez doação desta povoação ao Mosteiro de Santa Clara de Coimbra, que parece ter incrementado bastante o povoamento da terra. Já em 1137, D. Afonso Henriques tinha doado a região, correspondente ao actual núcleo central da Bairrada, aos monges de Santa Cruz (no sentido de obter simpatias da Igreja), o que é relevante para se poder perceber a importância desta região há quase 900 anos!
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