Celorico de Basto terá sido ocupado desde tempos muito remotos, tal como nos testemunham as marcas que as civilizações mais antigas por aqui deixaram.
Origens
Os mais antigos vestígios de povoamento do espaço geográfico actual do concelho de Celorico de Basto, revelados pela prospecção recente e intervenção pontual de contextos arqueológicos, são atribuíveis ao início do megalitismo, portanto ao Neolítico Médio (5.510 B.P.). Para este período pode apontar-se o grande conjunto de mamoas do Planalto da Lameira. Já o grande conjunto de habitats de fossas pode genericamente apontar-se para o período da idade do Bronze. Da Idade do Ferro destaca-se o povoado de Bouça de Mosqueiros, em Britelo, o Castro do Ladário, em Ribas, o Castro de Barrega, em Borba e o Castro de Ourilhe e outros de menor relevância. A Romanização está bem patente em Celorico de Basto e as marcas deste período encontam-se um pouco por todo o espaço concelhio.
O clima benigno, abundância de pastagens, boa água a jorrar das nascentes e cimo dum monte donde se pudesse lobrigar eventual inimigo, foram condições propícias à fixação dos homens primitivos nestas terras, quando começaram a trocar a vida nómada pela sedentária.
A Citânia do Ladário, a Estela de Vila Boa na freguesia do Rego, o Castelo de Arnóia e proximidades, os inúmeros vestígios arqueológicos do Planalto da Lameira, os restos dos castros em várias freguesias, representam sólido argumento a demonstrar que esta terra foi habitada há milhares de anos.
Toponímia
Alguns autores, porém, ao pretenderem explicar a etimologia da toponímia local dizem ter existido por estas bandas a famosa Celiobriga que foi cidade (brigum) dos povos celerinos (celio), donde terá resultado – toponimicamente – Celorico. Povos Bástulos ou Bastiandos que por aqui se teriam fixado, podem estar na origem do patronímico Basto. Estes e outros povos peninsulares devem ter ocupado extensas áreas, desde as vertentes do Tâmega, até aos montes de Barroso e de Ceva, que, no seu todo, vieram a ser conhecidas por Terra de Basto.
Retrato actual
Celorico de Basto é um concelho marcadamente rural, cujos traços profundos no território e na paisagem se devem à actividade agrícola, que dominou a ocupação das pessoas deste concelho até finais do século passado. A emigração permanente marcou igualmente o último século, numa primeira fase para o Brasil, nas décadas de 60 e 70 para França e mais tarde para a Suíça.
Celorico de Basto está hoje num processo de profundas mudanças. O aparelho económico tradicional está em profunda transformação. O sector primário, outrora dominante, é hoje praticamente residual. A produção de vinho verde ao longo do Vale do Tâmega e a pecuária nas freguesias de montanha, marcam a actividade agrícola. A construção civil, o comércio e os serviços são hoje os sectores empregadores do concelho.
A predominância da actividade agrícola e a estrutura fundiária assente na pequena propriedade de exploração por conta própria determinaram uma estreita relação espacial entre a habitação e o emprego, que se traduziu na extrema dispersão do parque habitacional. Hoje começam a ganhar expressão urbana os aglomerados da Sede do concelho, das Vilas de Fermil e de Gandarela e do aglomerado da Mota. Aqui se concentram grande parte dos equipamentos de utilização colectiva nos mais variados domínios.
A primitiva sede do concelho ficava localizada junto ao Castelo de Arnóia. Só em Abril de 1719 foi transferida para a freguesia de Britelo e com a designação de Vila Nova de Freixieiro. A expansão urbana da Vila tem sido acompanhada da criação de amplos espaços verdes e ajardinados, o que lhe confere um aspecto atraente e onde se desfruta de um conforto moderno.
Celorico de Basto está dotado de um vasto conjunto de equipamentos, dos quais se destaca a Biblioteca Municipal Professor Marcelo Rebelo de Sousa, sendo um dos espaços mais procurados.
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