História de Marialva

História de Marialva
Marialva

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Marialva é uma histórica aldeia portuguesa do concelho da Mêda.

Antes da nacionalidade

Numa vasta eminência rochosa, a 580 metros de altitude, sobranceira aos campos da Devesa atravessados pela ribeira de Marialva, situa-se a parte antiga desta povoação. Foi nesta parte antiga que se situou o principal núcleo da comunidade dos Aravos, tribo lusitana, que se terá oposto com todo o seu vigor à invasão romana. A presença desta comunidade é atestada por uma lápide, levada para o Museu Regional da Guarda, com uma inscrição honorífica dedicada ao Imperador Adriano. Certamente; também este local, foi objecto de passagem de outros povos que a seguir aos romanos ocuparam o nosso território, tais como os povos Bárbaros e Árabes, alterando o modo de vida.

Esta povoação foi arrancada do domínio muçulmano, em 1063 quando o rei D. Fernando Magno a conquistou e lhe terá atribuído o nome que hoje tem, Marialva ou Marialba. As necessidades defensivas e a importância estratégica atribuída a este território pela reconquista, nos alvores da nacionalidade, quando a fronteira oriental era o Côa e a sul se alongava ou contraía com os vaivéns da guerra, deram nascimento certamente ao seu esplendoroso castelo, como terá ocorrido com outros nesta região.

Século XII em diante

Merece a atenção do nosso primeiro rei, D. Afonso Henriques, repovoando-a e atribuindo-lhe carta de foral, em 1179:

"manou pobradores para aí, com a concessão de muitos privilégios, - entre estes, o de os moradores da vila não terem senhor que não quisessem."

O maior privilégio concedido a Marialva era o de só terem por único senhor o Rei. Na verdade, era só concedendo imensos privilégios que se conseguia atrair gente para estes territórios. Aliás, da leitura deste documento (o foral), ressaltam ideias sobre a necessidade de criar condições ao aumento da população:

"O que raptasse uma rapariga fora da vila e ali se acoitasse pagaria apenas 300 soldos."

"Quem viesse viver ali com dívidas, seis meses depois elas tinham caducado."

Um dos passos importantes para o desenvolvimento da economia desta região, esteve na criação, feita pelo Rei D. Dinis, da feira mensal de Marialva, provisão assinada em Coimbra no dia 4 de Novembro de 1266. Não podemos esquecer que as feiras, e esta não fugia à regra, eram também um meio de transmissão de cultura, difusão de conhecimentos, estreitamento de relações entre as populações num mundo fechado como era o medieval.

A feira realizava-se todos os dias 15 de cada mês. Era franca, já que os feirantes estavam isentos de impostos. Todos os que iam à feira gozavam do direito de paz da feira, isto é, não podiam ser incomodados pelos credores, nem presos por crimes que ali não houvessem praticado. Hoje está morta, fruto da nova realidade económica da nossa época e da desertificação destas zonas.

Marialva foi certamente uma vila importante, já que foi cabeça de condado por mercê de D. Afonso V a Vasco Femandes Coutinho, e de marquesado, por mercê de D. Afonso VI a D. António Luís de Menezes, em 1661. O Rei D. Manuel L em 14 de Setembro de 1512 atribui-lhe Foral Novo. Deste período destacamos o pelourinho de gaiola e os portais da Igreja de Santiago. Todavia, a degradação destas terras e a diminuição da sua importância começa a acentuar-se a partir do século XVIII, tendo vindo a ser extinto como concelho em 24-10-1855 e incorporado no concelho da Mêda em 1872.

A pouco e pouco a povoação intramuros (dentro das muralhas) começa a sair e as habitações caem em ruínas. Dentro das muralhas são ainda visíveis monumentos significativos, tais como a Igreja, a Casa da Câmara, a cadeia e o pelourinho.

Na actualidade

Marialva é sem dúvida um legado histórico importantíssimo que chegou até aos nossos dias. Nele podemos reavivar as memórias da nossa história. É preciso que se continue a apostar na recuperação deste centro histórico. Essa recuperação contribuirá, certamente, para reanimar as nossas aldeias. Revitalizará a nossa terra de modo a acabar, cada vez mais, com as diferenças que nos afastam dos benefícios do progresso e da civilização. Não podemos deixar desaparecer as nossas terras.

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