Entre os solos quase esqueléticos que bordejam o Rio Tejo e as grandes serranias de S. Mamede, o Concelho de Marvão, marcado a Norte pelos exuberantes afloramentos graníticos e pelo fértil vale da Aramenha que o delimita pelo Sul, sempre dependeu das águas do Rio Sever, que o separa das terras de Espanha pelo nascente e que justificaram os primeiros estabelecimentos humanos nesta região. Contrastando com as secas planuras do outro Alentejo, os estreitos vales da falda norte de Marvão oferecem solos leves e bem drenados amenizados por um micro clima que propiciou a fixação humana deste épocas muito recuadas. Na encosta sul, o vale é mais alargado e as terras de areia dão lugar a pesados solos argilosos que os romanos não esqueceram. Entre estes dois territórios naturais emergem na alta e lavada crista quartzítica os fortificados muros de Marvão. Mas as razões que levaram os homens, ao longo de vários séculos, a investirem naquele alcantilado monte teremos que as procurar nos vestígios arqueológicos que o rodeiam.
Paleolítico
As comunidades humanas mais antigas, durante o Paleolítico, procuravam os verdejantes vales drenados por cursos de água permanentes. No Concelho de Marvãoas margens do Rio Sever foram o cenário eleito. Sempre que este rio corre menos encaixado, sobretudo na zona Norte do Concelho, onde o Sever seespraia mais, ou se contorce em torno de algum acidente geológico, não é difícil encontrar testemunhos artefactuais das comunidades do Paleolítico Final. Nas cascalheiras da Mãe-Velha, nas praias do Batão e das Amoreiras, ou por entre os grandes afloramentos de Vidais, os instrumentos de pedra lascada testemunham como as comunidades de recolectores / caçadores procuravam as margens do Rio Sever para obterem o seu sustento.
Neolítico/Calcolítico
Quando a agricultura começava a dar os primeiros passos e o homem ensaiava a sedentarização, procurando abrigos com algumas defesas naturais, mas não muito longe dos ambientes que os seus antepassados elegeram e dos quais, parcialmente, ainda dependiam, as grandes formações graníticas do actual concelho de Marvão, não muito afastadas do sempre disponível Sever, serviram de habitat às comunidades do Neolítico e mesmo do Calcolítico. Os povoados dos Pombais, Batão, Retorta e sobretudo de Vidais são claros exemplos dessa ocupação. Mas é em Vidais, provavelmente porque é o mais estudado, que os testemunhos materiais indiciam uma longa e continuada ocupação. E é neste ambiente de comunidades que gradualmente trocaram uma economia de recolecção por uma de produção baseada na agricultura e na pastorícia que emergem as manifestações megalíticas. Em suaves encostas maioritariamente viradas ao Rio Sever, umas vezes disfarçadas por entre os grandes afloramentos graníticos, outras dominando os pequenos vales, fonte do sustento dos seus construtores, vinte e cinco dólmenes monumentalizaram, pela primeira vez as belas e enrugadas paisagens de Marvão. Contrastando com as muito mexidas, violadas, ou mesmo escavadas antas dos concelhos vizinhos, os monumentos megalíticos de características funerárias do concelho de Marvão, porque, intencionalmente esquecidos, configuram-se como uma das poucas reservas científicas de Portugal. Ainda que volumetricamente não se enquadrem entre as de maiores dimensões, as antas de Marvão são o reflexo de uma economia onde os excedentes não seriam muito abundantes, mas suficientes para possibilitarem aos seus construtores o tempo e a conjugação de esforços para a necropolização da paisagem. Algumas, sabiamente reaproveitadas, mas respeitadas ao longo dos milénios, chegaram até nós inseridas em estruturas agrícolas. Desses longínquos 3º e 4º milénios antes de Cristo conhecem-se, na área do concelho de Marvão, para além de vinte e cinco antas , três menires . Destes, dois conservam-se in situ, parte de um terceiro guarda-se no Museu Municipal. Os setenta centímetros do menir da Água da Cuba, provavelmente o de menores dimensões conhecido isoladamente, contrasta com o dos Pombais, talhado directamente num afloramento natural, cuja altura ultrapassa os três metros.
Quando as influências orientalizantes se começam a fazer sentir mais e a metalurgia desponta nesta zona do Alentejo, as comunidades que até aí se estabeleciam em habitats de pouca altitude procuram agora cotas mais altas e naturalmente protegidas e o Concelho de Marvão não foge a esta regra. Os habitats sobranceiros ao Rio Sever são abandonados e os cumes dos cerros começam a ser fortificados. Desde os finais do Calcolítico até à chegada dos Romanos, pontos estratégicos das principais linhas de cumeada passam a ser espaços de vivência humana. O Castelo de Vidago, o do Corregedor e o da Crença testemunham essas épocas conturbadas que se viveram nas imediações de Marvão. Uma, ou mais linhas de muralhas, envolvem estes habitats. Casas quadrangulares, ou redondas, outrora provavelmente cobertas por giestas anexam-se umas às outras aproveitando da melhor forma o pouco espaço que as muralhas protegiam. A crista quartzítica que sustenta Marvão parece inserir-se neste tipo de estratégia que, sobretudo, as comunidades da segunda Idade do Ferro adoptaram, tanto na área do concelho de Marvão como em toda a Serra de S. Mamede.
Romanos
Com a chegada dos Romanos, outra página começa ser escrita nas terras de Marvão. As comunidades que sobreviviam nos alcantilados montes descem de novo aos vales. Mais pela força das armas do que por vontade própria, como os vestigios arqueológicos bem o demonstram no Castelo de Vidago, os habitats fortificados da Idade do Ferro sucumbem e as terras com melhor aptidão agrícola começam a ser intensamente exploradas. Várias villae e casais agrícolas redesenham a paisagem de Marvão. Porto da Espada, Pombais, Pereiro, Amoreiras, Escusa, Garreancho, entre outras de menor dimensão, são locais ocupados por explorações agrícolas romanas. Faustosas casas revestidas por mosaicos, amplos armazéns, moinhos e termas assinalam a riqueza que os romanos souberam retirar dos solos agora por eles ocupados. No Vale da Aramenha, em terras pesadas e férteis e onde a água abunda, pelos inícios do século I, os Romanos instalam uma nova cidade. Ammaia se chamava. Mais do que um grande centro cosmopolita, reconhece-se hoje que Ammaia terá sido uma cidade de lazer, satélite da grande Mérida. Aqui, construíram os emeritenses as suas casas de veraneio. Para aqui acorreriam os romanos endinheirados nos implacáveis estios em busca de sombra e água, que a grande cidade do interior não propiciava. Aqui, na Ammaia, bordejada pelo rio Sever e abastecida por, pelo menos três nascentes que os romanos souberam conduzir até ao centro da cidade, assistiam a espectáculos teatrais tendo como cenário o brutal acidente que sustenta hoje Marvão. Os influentes e poderosos togados que veraneavam em Ammaia rapidamente a transformam política e arquitectonicamente. Pouco tempo depois da sua fundação, ao tempo de Cláudio recebe a categoria de Civitas, alguns anos depois, já com Nero senhor de Roma, ascende a Municipium. Paralelamente e por força do seu prestígio e categoria, a Ammaia, recentemente fundada, assiste à sua reorganização e embelezamento. Largas praças, faustosas portas, mais simbólicas que funcionais, um amplo forum ao centro do qual se eleva um templo ao culto imperial corporizam a influência e poder dos seus habitantes. Sem preocupações defensivas, porque a paz romana existia, sucumbe com a desorganização do império e a chegada dos bárbaros. Entre o século V e o IX, já em decadência, um cataclismo, provavelmente o galgamento de uma barragem que reforçaria o abastecimento de água à cidade, cobre sobretudo a parte baixa de Ammaia com um mar de lama e pedras arrastadas pela força das águas incontroláveis. Apenas os muros mais altos e resistentes sobressaem do inesperado e rápido aterramento da cidade.
Com a decadência da estrutura política romana, assiste-se, pelo menos na área do concelho de Marvão a um enxameamento de pequenos núcleos habitacionais implantados em zonas bem disfarçadas na paisagem. A instabilidade que se vive desde o século V até, praticamente, à época da Reconquista Cristã terá contribuído para essa nova reorganização na ocupação do território do actual concelho de Marvão. Mais de uma vintena de pequenos núcleos, alguns rasgados por arruamentos, atribuíveis à Alta-Idade-Média, espalham-se, sobretudo por entre os grandes afloramentos graníticos que marcam a paisagem das encostas viradas a Norte da Serra de Marvão. Mas a grande formação quartzítica que sustenta Marvão parece não ter estado alheia a todos estes e outros episódios.
Embora, até hoje, e por várias razões nenhuma investigação arqueológica se tivesse desenvolvido no espaço urbano de Marvão, sobretudo pela previsível fraca potência de solos na zona interna do castelo e pelas profundas remodelações efectuadas nos anos quarenta deste século, existem, contudo, pequenos recantos, especialmente na área do último reduto defensivo que poderão, depois de ultrapassados os estratos de entulhos, fornecer elementos que ajudem a clarificar as fases mais recuadas de ocupação humana do cerro de Marvão. Parece ser a área envolvente da cisterna pequena aquela que, tanto pela documentação escrita, como pela lógica de ocupação humana da Serra de São Mamede, a que terá sido inicialmente humanizada. Reconhece-se hoje como seguro que a mais antiga referência escrita relacionada com Marvão é a crónica de Isa Ibn Áhmad ar-Rázi, datável do século X, onde se lê: … o Monte de Amaia, conhecido hoje por Amaia de Ibn Maruán é um monte alto e inexpugnável, a leste da cidade de Amaia-das-Ruínas, situada sobre o Rio Sever. Como nos diz o seu autor, nesse mesmo texto, provavelmente baseado em crónicas dos finais do século IX sobre as actividades bélicas de Ibn Maruán, existiria uma Fortaleza de Ammaia-o-Monte. Esta fortaleza de que fala a referida crónica poderia ser conotada com a torre árabe que se levanta sobre um dos torreões defensivos da porta Nascente da cidade de Ammaia. Contudo, nem as ruínas de Ammaia estão implantadas num monte, nem esta torre ofereceria a capacidade defensiva que Ibn Maruán procurava. O ambiente de conflitualidade gerado pelas manifestações autonómicas do muladi Ibn Maruán, obrigá-lo-iam a procurar refúgios com capacidades defensivas que o vale da Ammaia não oferece. Parece, assim claro, que o monte sobranceiro ao Sever, nas imediações da Amaia-das-Ruínas, é o que hoje sustenta a Vila de Marvão e que recebeu o nome daquele que aí mandou construir uma fortaleza nos finais do século IX. Pelo menos nessa data, e baseados, unicamente, na documentação escrita, poder-se-á afirmar que no cerro de Marvão foram levantadas estruturas defensivas. Contudo, se atendermos à estratégia de ocupação humana na Serra de S. Mamede, verificamos que os cerros mais notáveis envolventes do maciço central e com largo domínio visual sobre os patamares envolventes, entre os quais se inscreve a actual vila de Marvão, todos possuem vestígios de ocupação atribuíveis à Idade do Ferro.
Proto-História
Embora, não tenha ainda sido detectado qualquer testemunho arqueológico no cerro de Marvão relacionado com a Proto-História, não excluímos a hipótese de no local de cota mais elevada se ter erguido, em época anterior à fortificação de Ibn Maruán, algum habitat pré-romano, que terá sobrevivido até à romanização. Ainda que durante o domínio romano os vales férteis da Serra de S. Mamede fossem preferencialmente procurados e nos solos argilosos de Aramenha se tivesse fundado a Cidade de Ammaia, sem grandes preocupações defensivas, em períodos de maior instabilidade, as guarnições romanas procurariam, pelo menos, criar alguns pontos de atalaia para protecção da sua civitas. O cerro de Marvão configurava-se, nestas condições, no local ideal para implantação de alguma estrutura militar. Se nenhuma estrutura de tradição defensiva pré-existisse, ao tempo de Ibn Maruán, no cerro onde veio a levantar a sua fortaleza, dificilmente se explicaria a opção por este lugar, considerando que nas imediações existem outras elevações que lhe garantiriam semelhantes defesas naturais e ao mesmo tempo a água necessária à sobrevivência em caso de cerco. A resolução do problema de falta de água no inóspito afloramento quartzítico poderá ter sido solucionado pela gentes de Ibn Maruán com a construção de alguma cisterna, que recolhesse e conservasse a água da chuva. A pequena cisterna situada no interior do principal reduto defensivo de Marvão, junto à actual torre de menagem, poderá remontar as suas origens ao século IX, embora apresente claros sinais de trabalhos de reconfiguração na Idade Média.
Passados os períodos de maior instabilidade, marcados pela desagregação do império romano e da chegada dos bárbaros, com o domínio islâmico a paisagem humana do concelho de Marvão assiste a outra viragem. Gradualmente, os pequenos núcleos urbanos que se constituíram com a desorganização da estrutura romana começam a ser abandonados e as gentes afluem à nova fortificação fundada por Ibn Maruán.
Com a conquista e refortificação de Marvão, pelos cavaleiros da cristandade, assiste-se, então ao completo abandono desses habitats da Alta-Idade-Média, embora, alguns, como sejam os casos de Ranginha e Barretos, se mantivessem continuamente ocupados. Marvão terá chamado a si, nessa altura, as gentes que, de forma algo dispersa ocupavam os pequenos vales desde a decadência do Império Romano, constituindo-se, assim, como um dos espaços fortificados mais importantes a Sul do Tejo durante a Primeira Dinastia.
Período Romano e Alta Idade Média
Se no século X, o que é hoje Marvão, era identificado pelo historiador cordovês Isa Ibn Áhmad ar-Rázi, por Fortaleza de Amaia e por Fortaleza de Amaia-o-Monte, entre outras designações, tal facto levanta a hipótese de que existiria fortificação no topo do monte que teria servido a cidade de Ammaia, fundada no século I, durante a sua existência.
Período Árabe - Século IX
No século X, Marvão era identificada, pelo historiador cordovês acima referido e para além das designações já aludidas, por Monte de Amaia e por Amaia de Ibn Maruán. Ibn Maruán, de seu nome completo 'Abd ar-Rah.ma:n Ibn Marwa:n Ibn Yu:nus al-Jillí:qi (Ab-derramão filho de Marvão filho de Iúnece - i. e. Johannes-João - o Galego), era um muladi de nobre estirpe emeritense que se celebrizou no último quartel do séc. IX como rebelde e caudilho de guerra contra o Emirato de Córdova. A Fortaleza de Ammaia servia então como refúgio estratégico ao (re)fundador de Badajoz quando, nesta capital, se sentia ameaçado. Assim aconteceu no ano de 884 perante a aproximação das tropas do Emir Muhâmmad, ameaçando destruir a cidade e fugir para o seu Monte: Marvão.
Período da Reconquista - 1160/1166
Na sua campanha de 1160/1166, o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, terá conquistado Marvão, embora não se saiba se definitivamente, tendo em conta a contra-ofensiva de Almansor, entre 1190/1191, até à linha do Tejo.
Foral de 1226
Em 1226, D. Sancho II atribui a Marvão o seu primeiro foral, um dos primeiros forais régios no Alentejo.
D. Dinis apodera-se de Marvão
A importância estratégica de Marvão - e de outros Castelos da raia - levam D. Dinis a disputa-lo a seu irmão D. Afonso, no ano de 1299, apoderando-se da fortificação.
Crise de 1383-1385
Tomada do Castelo por forças partidá-rias do Mestre de Avis sendo alcaide Fr. Pedro Álvaro Pereira, Prior do Crato, Fronteiro-mor do Alentejo e alcaide de Portalegre, após renhido combate que durou meio dia.
Guerra da Restauração, 1641-1668
A partir da restauração da independência, a velha fortificação medieval é reabilitada face às novas tecnologias de guerra, ficando abaluartada nas zonas sensíveis e transformando-se o Castelo na sua cidadela. No decorrer da guerra desempenha um importante papel na defesa do Alto Alentejo. Registaram-se dois ataques importantes à fortaleza: em 1641 e em 1648, este último sob o comando do Marquês de Lagañes.
Guerra da Sucessão de Espanha, 1704-1712
Após a queda de Castelo de Vide, a 24 de Junho de 1704, entregou-se a Praça de Marvão, sem batalha. Mais tarde, tendo a população, o governador francês dos paisanos mandou aprisionar a população, enforcar, para exemplo, alguns populares, e enviar outros sob prisão para Castela, incluindo os frades do Convento de Nossa Senhora da Estrela. A Praça foi posteriormente tomada pelo exército português comandado pelo Conde de São João. Frente ao Baluarte das Portas da Vila, distinguiu-se o ataque desferido pelo terço de infantaria portuguesa comandado pelo Conde de Coculim.
Guerra dos Sete Anos, 1756-1762
Em Novembro de 1762, Marvão sofreu um ataque surpresa por parte do exército espanhol, durante as últimas operações.
Testemunho da importância estratégica da Praça, 1796
Tenente Coronel Engenheiro, Tomás de Vila Nova e Sequeira: A posição que tem na linha da Fronteira a faz importante para a sua defesa, porque de Valência de Alcântara ou de Albuquerque para Portalegre, para o Crato, para Castelo de Vide e também para Ribatejo, não há outra estrada por onde se possa conduzir artilharia que a do Porto da Espada, que passa à vista da Praça no sítio a que chamam o Prado, e por ela também é que se pode levar artilharia contra a mesma Praça.
Guerra das Laranjas, 1801
A Praça de Marvão sofre vários ataques, resistindo sempre.
Guerras Peninsulares, 1807-1811
No dia 25 de Junho de 1808, a Praça, governada pelos franceses, sofre um assalto vitorioso por parte de um corpo de voluntários valencianos (Valência de Alcântara) chefiados por D. Mateus Monge. Os espanhóis foram instigados pelo destemido escrivão do geral da vila (ou Juís de Fora?) de Marvão, Joaquim António da Cruz, que se havia refugado em Espanha após uma sua tentativa, malograda, de sublevação da população. O assalto foi comandado pelo Tenente-Coronel espanhol D. Vicente Perez e pelo Tenente-Coronel graduado de milícias, D. Pedro de Magalhães, filho do arquitecto português Teodoro Magalhães.
Guerras Liberais, 1832-1834
Em Junho/Julho de 1833, a Praça de Marvão, comandada pelo miguelista Coronel Francisco da Silva Lobo, resiste às intimações de rendição feitas pela guerrilha constitucional, por sua vez comandada pelo antigo coronel do exército espanhol, D. Manuel Martini. Neste período, servia de refúgio, base de apoio logístico e ponto de partida para incursões em Espanha, aos carlistas que acompanhavam o infante espanhol, D. Carlos Maria Isidro (1788-1855). Decorria em Espanha a Primeira Guerra Carlista ou Guerra dos Sete Anos (1833-1839), sendo os carlistas comandados pelo brigadeiro D. Fernando Peñarola. Em 12 de Dezembro de 1833, é conquistada a Praça de Marvão pelas tropas liberais, reunidas sob a designação de Legião Patriótica do Alentejo, com ajuda de tropas espanholas e com a cumplicidade de elementos do interior da fortaleza. De Dezembro de 1833 a 26 de Março de 1834, Marvão é cercada pelas tropas miguelistas, sob o comando do Brigadeiro António José Doutel.
As tropas liberais, comandadas pelo General António Pinto Álvares Pereira, eram abastecidas a partir do território espanhol. Foram socorridas, a 22 de Março de 1834, por forças vindas de Espanha, comandadas pelo Tenente-General José Joaquim de Abreu. O cerco levantado a 26 de Março é referido em documento militar de 1861, de forma muito elogiosa e nos seguintes termos: A esta Praça está ligado um facto histórico que muito a honra; foi o memorável sítio que ela sustentou por uns poucos de meses em 1834, tornando-se, por este feito d'armas, o baluarte da liberdade na Província do Alentejo.
Guerra civil em consequência das rebeliões da Maria da Fonte (1846) e da Patuleia (1847)
Entre 23 e 25 de Julho de 1847, a praça foi ocupada pelo General espanhol, Concha.
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