A jovem freguesia de Massamá foi criada pela lei nº 36/97, de 12 de Julho, por desanexação da freguesia de Queluz, concelho de Sintra, ficando a fazer parte, juntamente com as freguesias do Monte Abraão e de Queluz, da nova Cidade de Queluz, a qual foi criada pela lei nº 88/97,de 24 de Julho. O lugar de Massamá pertenceu à freguesia de Belas até 1925, ano em que foi criada a freguesia de Queluz e onde acabou por ficar integrada até 1997. Em 14 de Dezembro de 1997 tiveram lugar as primeiras eleições para os órgãos autárquicos da Freguesia de Massamá, cujos autarcas tomaram posse no dia 16 de Janeiro de 1998, em sessão realizada na sede do Real Sport Clube.
Toponímia
Povoado de origem árabe, o seu nome deriva do topónimo "MACTAMÃ", que se traduz por "lugar onde se toma boa água "ou "fonte ". Situado a meio caminho das praças fortes de Lisboa e de Sintra, era aqui que os antigos guerreiros, caçadores e viajantes costumavam parar, durante as suas viagens, para descansar e para se refrescarem a si e às suas montadas.
Origens
Região muito fértil, chegou a ser considerada uma das melhores zonas de produção de trigo do país, onde chegaram a existir seis eiras: Casal da Baratôa, Casal do Olival , Casal Gouveia, Casal do Josézito, Quinta de Pero Longo e Quinta do Porto. O seu subsolo, rico em extensas reservas de água, serviu em dada altura para abastecer a Fábrica da Pólvora de Barcarena. O actual Chafariz de Massamá, considerado o ex-libris da Freguesia, é alimentado por uma mina localizada no interior da Escola Básica Nº 1 de Massamá e que faz parte das muitas minas que existiram antigamente.
Centro aristocrático
Quando no ano de 1747, D.Pedro III dá início à construção do Palácio Nacional de Queluz, com a colaboração do arquitecto Mateus Vicente de Oliveira e do escultor francês Jean Baptiste Robillon, transformou esta zona num centro aristocrático, por ali ter passado a residir a família real, o que terá provocado uma maior fixação dos camponeses, cuja actividade principal era alimentar a cidade de Lisboa e arredores. É curiosa a existência de um marco, tipo padrão, que se encontra à entrada da Rua das Orquídeas, frente ao Chafariz de Massamá e mandado reerguer pelo Município de Sintra no ano de 1956. Nele se pode ver uma caravela e os dizeres "Lisboa Senado -1768", tratando-se de uma evocação aos antigos limites do Termo de Lisboa.
De entre personalidades que buscaram este local ou a ele se encontram ligados, destacam-se o próprio Rei D. Pedro III que ali se deslocava em incursões de caça, acompanhado por D. Ayres de Menezes e Sousa; o primeiro Visconde de Massamá, Nuno José Severo de Carvalho, cujo título lhe foi concedido por D. Luís I, por Decreto de 29 de Janeiro de 1885 e que se distinguiu como Médico, Deputado às Cortes e Vereador da Câmara de Lisboa; os Condes de Azarujinha, proprietários da Quinta do Porto, onde mais tarde nasceu, pela iniciativa do Dr. Francisco Ribeiro de Spínola, a primeira unidade industrial de Massamá -"Laboratórios Delta".
Após a inauguração da linha de caminho de ferro Lisboa / Sintra, em 2 de Abril de 1887, Massamá começou a crescer com a construção de pequenas moradias, desde a zona do Chafariz até à Rua da Milharada, estimando-se que em 1900 tivesse uma população que não deveria ultrapassar o meio milhar.
Século XX à actualidade
O extraordinário desenvolvimento urbanístico de Queluz nos últimos trinta anos, deu origem a novos agrupamentos habitacionais diferenciados, autónomos e com vida própria. Massamá foi um desses novos núcleos, que teve um crescimento enorme nos últimos quinze anos. Por outro lado, o traçado de novas vias rodoviárias e respectivos acessos, como o IC 19 e a CREL, tornaram inadequados alguns dos limites da freguesia de Queluz. Ambos os factores tiveram como consequência, a crescente consciencialização para a autonomia de Massamá. Só através da criação da freguesia se dizia ser possível o desenvolvimento integrado e harmonioso de uma área que não se coadunava já com o estatuto de simples lugar.
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