História de Oeiras

História de Oeiras
Oeiras

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O município de Oeiras situa-se na margem direita do estuário do Tejo e é limitado a norte pelos municípios de Sintra e Amadora, a leste por Lisboa, a oeste por Cascais e a sul tem costa na zona da foz do rio Tejo, onde o estuário termina e começa o oceano Atlântico, situando-se frente a Almada.

Pré-história à Nacionalidade

As excelentes condições naturais oferecidas pela zona ribeirinha do estuário do Tejo – clima ameno, abundância de água, bons solos agrícolas a par de uma posição geográfica privilegiada, foram desde a Pré-História factores determinantes para a fixação
das populações. A existência, no interior, de alguns “cabeços” ou altos, proporcionaram o estabelecimento de alguns núcleos castrenses agro-pastoris. É exemplo deste tipo de ocupação o Castro Eneolítico de Leceia, classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1963. As escavações arqueológicas aqui efectuadas evidenciam um conjunto de estruturas habitacionais e defensivas do Calcolítico Inicial. A este importante legado pré-histórico pode acrescentar-se a Gruta da Ponte da Laje (ocupada pelo homem desde o Paleolítico à Idade do Ferro) e a jazida de Outurela, datada da Idade do Ferro.

A descoberta de materiais originários da Fenícia indiciam o estabelecimento de relações comerciais com regiões do Mediterrâneo, facto que se prende com a posição privilegiada de Oeiras no estuário do Rio Tejo.
Relativamente ao Período Romano, existem vestígios em diversas localidades do concelho, destacando-se no entanto o mosaico romano existente na Rua das Alcássimas, em Oeiras.

O Período Árabe também deixou algumas marcas em Oeiras, nomeadamente alguns topónimos que chegaram até aos dias de hoje: Alcássimas, Algés, Alpendroado, Quinta da Moura, etc.

Século XII ao século XIX

Até à formação do Concelho e à atribuição do Foral, Oeiras passou por ser um Reguengo integrado no termo de Lisboa cuja riqueza assentava nas explorações agrícolas. Outros aspectos importantes, a destacar nos séculos que precederam a formação do concelho, referem-se a:

  • fixação de ordens religiosas que deixaram importantes heranças patrimoniais como a Igreja de Santa Catarina de Ribamar na Cruz Quebrada (séc. XII), o Mosteiro de Frades Arrábidos (séc.XVI) junto à Ermida de Santa Catarina ou o Conventode São José de Ribamar (séc. XVI);
  • construção de fortificações ao longo da orla marítima de Oeiras, com o objectivo da defesa da costa e controlo do movimento de navios na entrada da Barra do Tejo. Estas fortificações foram sendo construídas no decurso dos séculos XVI, XVII e XVIII, designadamente – Forte de São Julião da Barra, Forte das Maias, Forte do Catalazete, Forte da Giribita, Forte de São Bruno, Forte da Conceição de Algés, Forte de São José de Ribamar, Forte de São Pedro.

No século XVI, durante o reinado do Rei D. Manuel, instalaram-se no concelho novas actividades industriais e comerciais, nomeadamente as primeiras oficinas para a manipulação de pólvora e fabrico de armas em Barcarena, a exploração de pedreiras e a construção de fornos de cal em Paço de Arcos.
Os séculos XVII e XVIII viram surgir vários palácios e grandes quintas destinadas ao recreio e à exploração agrícola. Estas quintas, localizadas não longe do curso das ribeiras que atravessam o concelho, dedicavam-se principalmente à cultura cerealífera e vinícola, constituindo importantes fontes de abastecimento da cidade de Lisboa.

A partir do século XVIII, com a atribuição do Foral e a criação do Concelho de Oeiras, iniciou-se um período de prosperidade económica e social. A partir desta altura, a história do concelho de Oeiras fica ligada a uma grande e mítica figura da história de Portugal – o Marquês de Pombal e 1º Conde de Oeiras. Um dos principais legados desta época é a Quinta do Marquês de Pombal, que chegou até aos nossos dias praticamente na sua forma original, com os jardins, o imponente palácio, classificado como monumento nacional e recentemente adquirido pela Câmara Municipal, as dependências agrícolas como a adega e o celeiro, e ainda a parte da exploração agrícola que tem constituído uma estação agrícola experimental e que alberga alguns dos mais importantes institutos portugueses na área das Bio-Ciências.

No século XIX a actividade agrícola entra em declínio ao mesmo tempo que surgem novas indústrias cuja instalação em Oeiras não é indiferente à inauguração, em 1889, da linha de caminho-de-ferro Lisboa-Cascais, com o comboio a vapor. As unidades industriais mais importantes nesta época eram a Fábrica do Papel, a Fundição de Oeiras, a Lusalite e os Fermentos Holandeses.

Século XX à actualidade

Já no século XX, a construção da Estrada Marginal, ligando Lisboa a Cascais, veio activar a dinâmica balnear e turística da Costa do Sol já instalada no século XIX. Como consequência, expandem-se os centros urbanos no sentido da costa, surgindo na faixa litoral do concelho pequenos “chalets” e moradias de recreio.
Simultaneamente, entra-se no período da crescente concentração de actividades económicas na cidade de Lisboa, situação que irá desencadear fortes correntes de migrações internas, provenientes de todas as regiões do país, em direcção a Lisboa e concelhos
vizinhos, como foi o caso de Oeiras, com especial acessibilidade à capital.

A forte expansão demográfica e urbana do concelho de Oeiras, bem como de outros concelhos vizinhos, acontece na passagem da primeira para a segunda metade do século XX (em 1950 a população do concelho era de 53.000 habitantes e em 1970 era de cerca de 68.000 habitantes). Atendendo a esse crescimento não controlado e respectivas consequências no ordenamento do
território, é publicado, em 1948, o Plano de Urbanização da Costa do Sol (P.U.C.S.) com o objectivo de ordenar e controlar o processo de desenvolvimento urbano da região. Este plano vigorou, em Oeiras, até à publicação do Plano Director Municipal, em 1994.

Os anos 70, constituem a época crítica deste tipo de crescimento com o surgimento de núcleos urbanos de génese ilegal e de bairros de barracas, inicialmente apenas na zona de fronteira com o concelho de Lisboa, mas que depois proliferaram pelo resto do território concelhio. O concelho de Oeiras passou a ser um subúrbio tradicional do tipo dormitório, encostado à grande metrópole de Lisboa e funcionando como local de passagem entre Cascais e a capital. Permaneceu nesta letargia até meados da década de 80, altura em que a Câmara Municipal inicia toda uma política tendente a contrariar esta situação de dependência territorial e de falta de perspectivas.

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