Historicamente data de 1615 a primeira citação de Paul, no concelho da Covilhã.
Origens
A região apresenta características que permitem concluir da presença humana na região de há muitos séculos. É assim, no que se refere à presença de fenícios, gregos, romanos e árabes. Em relação à presença dos primeiros (5000 - 4000 a.C.) esta pode observar-se através das espécies vegetais por eles introduzidas, como é o caso da oliveira e da videira, espécies estas que dominam ainda hoje a paisagem do Paul. No que se refere aos gregos, estes foram os introdutores dos muros de sustentação de terras, os socalcos, que no Paul têm o nome de “batréus”. Os romanos marcaram a sua presença por aquilo que ainda hoje é único na região, ou seja, os moinhos da água, de que a referência mais antiga data de 1327. Lembramos que eles eram peritos na construção de barragens e canais de saneamento no solo. Por fim, e no que se refere ao legado árabe, temos o testemunho dos açudes locais e o testemunho de lendas narradas na zona.
Nacionalidade
O aglomerado populacional do Paul apesar de ser recente, tem a sua primeira referência conhecida num documento de 15 de Setembro de 1615, em que:
“o Luguar do Paul tem huma freigueizia da Invocam de nosa Senhora danunciaçam que tera çincoenta freiguezes pouco, mais ou menos E nele serve hum juiz hum procurador e hum escrivam no qual não tem o conçelho mais que huma coutada que se arenda alguns annos E estes presente esta arendada En trezentos e tantos reis e asim tem as coimas em que sua magestade tem terça E não tem outra cousa.”
De um pequeno povoado se transformou em próspera aldeia, com uma economia crescente que fizeram jus a sua elevação a Vila. Todo este legado ancestral bem visível e marcante no quotidiano da vila, coabita de uma forma singular e preciosa com o presente, mas sempre ávida por assimilar o futuro preservando o passado.
No Arquivo da Torre do Tombo, vol. 28, documento 95, folhas 605 do Dicionário Geográfico encontra-se um documento datado de 1753 que diz o seguinte:
"Fica este lugar do Paul situado na província da Beira Baixa no Bispado da Guarda, termida Vila da Govilham e distante da Serra da Estrela para o sul a pouco mais de uma légoa”. Este povo era um Priorado Real, "estando livre de qualquer tributo, pensão ou senhorio, reconhecendo somente por senhor e donatário o muito alto e soberano Senhor Rei de Portugal, a quem somente pagava os seus tributos ou direitos."
Tem a sua igreja Parrochial no meio do povo, "a qual está sujeita huma Aldêa por nome Cortes debaixo, que consta de dezoito vizinhos; e atem destas tem duas igrejas mais que são as dos lugares de Unhais da Serra e da Erada; nas quais o parrocho deste apresenta curas annaes".
Livremente e sem pensão alguma "os povos circunvizinhos usam das agoas da ribeira tanto para a agricultura como para a pesca, porque a ninguem hé prohibido pescar nas suas agoas, salvo nos mezes vedados pelas leis deste Reino. Quaisi todos os anos são vistos homens defora chamados Ourives ou Oureiros andar lavando as arêas desta Ribeira, em que dizem tirão ouro."
Bibliografia
- Jornal “O Paúlense”, publicação única em 1935
Fotografias
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