A Igreja de São Vicente de Sousa está situada no lugar do Passal, freguesia de Sousa, concelho de Felgueiras. Este monumento integra a Rota do Românico do Vale do Sousa.
Igreja de São Vicente de Sousa Foto da autoria de Pedro Ramos de Carvalho |
Situado a Norte da região do Vale do Sousa, o território correspondente, na actualidade, ao concelho de Felgueiras destaca-se, não apenas pela beleza natural das suas paisagens, como pela centralidade geográfica que assume e que justificou o lançamento, ao tempo do domínio romano, de várias vias que ligavam importantes localidades da Península Ibérica, de entre as quais a que ia de Bracara Augusta (Braga) a Aqua Flaviae (Chaves), passando por Ciada/Caladuno, posteriormente reutilizadas nos tempos medievos, numa comprovação da sua valência.
Embora mais conhecido por edifícios de monumentalidade semelhante ao do Mosteiro de Pombeiro, o termo de Felgueiras possui exemplares arquitectónicos distintivos de várias épocas e estilos, numa evidência da sua relevância ao longo dos tempos e, em especial, durante a construção da nacionalidade, a par de testemunhos de uma vivência anterior, como no caso da ” Igreja de São Vicente de Sousa “, erguida numa meia encosta num pequeno adro delimitado por muro granítico.
História
Duas inscrições na Igreja de São Vicente de Sousa, da época românica, permitem conhecer a sua história. A inscrição comemorativa da dedicação da Igreja encontra-se gravada na face externa da parede da nave, à direita do portal lateral norte do templo, revelando que a Igreja foi sagrada em 14 de Agosto de 1214.
Como garante a inscrição, a cerimónia de Dedicação foi presidida pelo Arcebispo de Braga, D. Estêvão Soares da Silva, que ocupou o cargo entre 1212-1228. A dedicação foi promovida pelo prelado da Igreja, D. Fernando Raimundo. O dia 31 de Agosto de 1214 coincidiu com um Domingo, como era canonicamente recomendado para a realização deste tipo de cerimónia.
Já a segunda inscrição é mais antiga, de 1162, correspondendo a uma inscrição fúnebre ou comemorativa da construção de um arcossólio (concavidade contendo um túmulo). A ser, de facto, uma inscrição funerária, trata-se do exemplar mais antigo registado.
O edifício foi declarado Monumento Nacional pelo DEC. nº. 129/77, DR 226 de 29 de Setembro de 1977.
Características
Consagrado em 1214, o templo apresenta planta simples com corpo composto de nave única separada da capela-mor por grande arco triunfal com retábulo de talha dourada e tecto de caixotões pintados, como de madeira policromada é a cobertura da restante igreja, onde se erguem dois outros retábulos, maioritariamente resultantes das intervenções seiscentistas e barrocas de setecentos.
Exteriormente, a igreja apresenta torre sineira adossada à fachada lateral, correspondente à capela-mor, culminando em empena o alçado principal com pórtico de quatro arquivoltas perfeitas assentes em colunas com bases e capitéis profusamente decorados com motivos geométricos e fitomórficos, ostentando o tímpano Cruz de Malta esculpida, sobrepujado por rosácea formada por círculos polilobados
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