Jaime Lobo e Silva

Jaime Lobo e Silva
Ericeira

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Jaime Lobo e Silva, o Mestre Jaime, nasceu no dia 9 de Novembro de 1875 às duas horas da manhã, na freguesia da Ericeira, concelho de Mafra.

Biografia

Jaime Lobo e Silva era carpinteiro, aprendeu com o pai, foi também aprendiz de música no regimento de infantaria 5. Já formado transitou para os Caçadores da Rainha e foi também regente na Sociedade Artística Ericeirense. Escreveu para o jornal «O Arqueólogo Português» e foi correspondente do jornal «Mala da Europa» onde escrevia crónicas de usos e costumes da Ericeira e restante concelho. Neste jornal também colaboravam Manuel Arriaga, Teófilo Braga, e ainda Tomás Ribeiro. No jornal ainda eram destacados eventos e inaugurações que surgiam no concelho de Mafra. Lobo e Silva trocava ainda correspondência com Patrocínio Ribeiro sobre o embarque da Família Real.

Jaime Lobo e Silva exercia ainda outras actividades: era arquivista, arqueólogo, bibliógrafo, registava e vacinava crianças. Trabalhou em Lisboa na secretaria da Escola Académica e, a convite de Salinas Calado, trabalhou também na Misericórdia de Torres Vedras, e foi até à sua morte escrivão da Misericórdia da Ericeira, sua terra natal.

O seu nome foi dado a uma casa de cultura sita na Rua Mendes Leal na Ericeira, que actualmente é propriedade da Câmara de Mafra.

Obra

Jaime Lobo e Silva era conhecido carinhosamente por Mestre Jaime e escreveu alguns livros tais como «Anais da vila da Ericeira», livro editado em 1933, onde o humanista faz o registo cronológico dos acontecimentos referentes à vila da Ericeira entre 1229 e 1943. Escreveu também «Memórias de um escrivão» ou «Retrospectos Ericeirenses» um conjunto de narrativas onde Lobo e Silva descreve com detalhe alguns personagens da época como é o caso de Tí Maria Ásquinha, Boi caraça e outros. Na publicação «Na roda do ano» falava-se sobre a Ericeira do século XIX, Mestre Jaime descreve com minúcia os usos e costumes da vila pitoresca passando pelas festas religiosas e profanas da Ericeira numa linguagem acessível. «Na banda da minha terra» Lobo e Silva fala dos fundadores da banda, sendo eles Joaquim Elisário Ferreira, António Costa Batalha e Frei Vicente Costa. Deixa também registado os chefes da banda como foi o caso de «Parnau» de « Catolicão » e de «Pataco». Mestre Jaime fala também da fundação de bandas e orquestras, descreve os uniformes, e defende os músicos que são mal compreendidos, caluniados pelo público. No livro «A vida quotidiana nos começos da Primeira República, inclui textos introdutórios e reúne breves noticias da vila. Já no livro «A Ericeira na gazeta de Torres», Lobo e Silva e Luís Palhano falavam acerca das elites e das instituições e associações a história local entre 1927 a 1933. Jaime Lobo e Silva concebeu um folheto sobre o mobiliário do século XVIII, nunca dizendo, que foi de sua autoria.

Descrição dos amigos

Mestre Jaime tinha muitos amigos, um deles era Alberto de Sousa, o pintor jagoz que mais tarde pintou o amigo. A aguarela está exposta na Casa de Cultura Jaime Lobo e Silva. Os amigos descreveram-no física e psicologicamente, como foi o caso de Horácio Gorjão. Dele disse Horácio Gorjão, um amigo, na edição d' O Concelho de Mafra, de Dezembro de 1956:

"Vejo-o no seu escritório da Misericórdia da Ericeira, junto ao velho relógio inglês de pêndulos, rodeado de livros tocados pelos anos, ante o cinzeiro pejado de intermináveis pontas de cigarros. Oiço-o falar com aqueles que, na grandeza ou na miséria da vida, iam insensivelmente perpassando naquele ambiente calmo, como se o tempo tivesse ali parado."

E acrescentou que era saudado e procurado por todos, conviveu com artistas e escritores e gostava muito da natureza, das crianças e do mar. Salinas Calado também o descreveu desta forma: "óculos remendados, bengala, beata na boca, andaina negra, chapéu desabado, homem de sorriso aberto, olhar claro e de fala simples". António Bento Franco proferiu que Lobo e Silva gostava de documentos velhos e tinha preferência por todo o tipo de literatura.

O humanista Jaime Lobo e Silva morreu a 11 de Setembro de 1943, há 66 anos com 68 anos de idade.

Fotografias

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