Lindoso é uma freguesia portuguesa do concelho de Ponte da Barca, com 46,48 km² de área e 536 habitantes (2001). Densidade: 11,5 hab/km².
Lindoso é a freguesia de maior área do concelho de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo, fazendo fronteira com Espanha. Estende-se pela vertente Norte da Serra Amarela e pela Serra do Cabril, na margem esquerda do rio Lima.
É uma zona de relevos elevados, com 1.365,5 metros no vértice da Louriça, onde estão instaladas as antenas do retransmissor do Muro. Vales profundos cortam a montanha descendo até cerca de 250 metros de altitude, conduzindo abundantes águas ao leito encaixado de vertentes abruptas do rio Lima, características que justificaram o recente aproveitamento hidroeléctrico do Alto-Lindoso. É uma região de clima rigoroso, frio no Inverno, com neve até à Primavera e temperatura amena ou quente no Verão, e chuvas abundantes que atingem uma precipitação média anual superior aos 2200mm.
Povoação típica composta por velhas casas de granito, bem inseridas na paisagem, subsistindo ainda em algumas instalações agrícolas a cobertura de colmo.
Localidades
Lindoso é composto pelos lugares de Castelo, Cidadelhe e Parada.
Toponímia
Diza lenda que o rei D. Dinis gostou tanto do castelo quando pela primeira vez lá se deslocou, que repetiu a visita mais algumas vezes. Continua a lenda:
"Tão alegre e primoroso o achou, que logo Lindoso se chamou."
O topónimo Lindoso poderia muito bem derivar desta lenda mas na verdade deriva de Limitosum, aparece pela primeira vez referido nas inquirições de 1258.
História
O concelho de Lindoso recebeu foral de D. Manuel em 5 de Outubro de 1514, contava no século XVIII 151 vizinhos (fogos) e a freguesia era, do ponto de vista eclesiástico, uma abadia do padroado real.
Dos séculos XIV ao XVI foram alcaides do Castelo os Araújos, da família que era senhora da Terra de Araújo junto do lugar de S. Martin de Loleos, na fronteira portuguesa. As armas da família Araújo da Galiza, são descritas de formas muito diversas, mas em alguns dos escudos figura uma torre ou um castelo.
Património
Castelo Afonsino, classificado monumento nacional, reconstruído por D. Dinis, em 1278, com baluartes e torre de menagem, alterado na época da Restauração.
Largo dos Espigueiros (classificado IIP), ao lado do castelo. Conjunto de espigueiros que vem sempre referido, com destaque e com gravura obrigatória, em todos os livros de arquitectura popular nacionais ou mundiais. Alguns dos espigueiros têm dois andares, sendo todos construídos em granito (mesmo os balaústres das aberturas) e encimados por cruzes ou signos de Salomão.
Na Igreja, construção simples de origem românica, muito alterada por recente remodelação, pode observar-se um prato de cobre lavrado, renascentista.
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