Lorvão é uma freguesia portuguesa do concelho de Penacova, com 25,77 km² de área e 4.220 habitantes (2001). Densidade: 163,8 hab/km².
Localidades
Caracterização
Ocupando uma área de 28,3 km², Lorvão é sem dúvida a mais rica de todas as freguesias do concelho de Penacova. Situada no extremo sudoeste do concelho, em vale profundo e de exuberante vegetação, a antiga freguesia de Nossa Senhora da Expectação de Lorvão era, em tempos remotos, denominada de Monte Lauribano ou Laurbano. O aglomerado urbano desenvolveu-se a partir da encosta norte, destacando-se o Mosteiro com o seu zimbório. Anterior à fundação do Mosteiro, a povoação de Lorvão, destaca-se pela produção artesanal de Palitos de pá e bico.
História
Apesar do vale já ser provavelmente habitado na época neolítica, de existirem vestígios do período luso-romano e de ser uma das raras paróquias que o século VI formaram a diocese conimbricense, Lorvão deve a sua celebridade ao mosteiro que aqui se veio instalar nos alvores da Idade Média. Da protecção ao mosteiro, que da espiritual passou também a social, económica e até política, no tempo de D. Sisnando, após a reconquista de Coimbra, desenvolveu-se a povoação de Lorvão, cujos habitantes encontravam trabalho nas vastas propriedades conventuais, beneficiando ainda de condições de defesa em caso de ataque do inimigo.
Por volta de 1200, o Mosteiro foi reformado para a Ordem de Cister, por D. Teresa, filha de D. Sancho I. A congregação passou então a ser feminina. Na longa história de Lorvão, contam-se vários períodos de esplendor, como os que coincidiram com as abadessas C. Catarina d'Eça e D. Bernarda de Alencastre, no século XVI, e D. Bernarda Teles de Meneses e D. Teresa Luzia de Carvalho, no século XVIII. Foi a revolução de 1820 que provocou a decadência da comunidade, dando origem à depradação de todas as riquezas acumuladas durante séculos. Lorvão separa-se do seu Mosteiro pela pequena ribeira que corre ao fundo do Vale. Dele ficaram marcas indeléveis no viver das suas gentes, onde antigas tradições têm conseguido resistir ao passar dos séculos.
Património
Em termos arquitectónicos, actualmente, tudo o que resta em Lorvão é fruto das reformas dos edifícios, operadas nos séculos XVII e XVIII. O Mosteiro de Lorvão ficou então com quatro dormitórios, noviciaria, hospício, igreja, coro, dois claustros, refeitório, botica, cartório, oficinas, celeiro e outras dependências. Além da igreja, coro e claustros, restam apenas de pé, dois dormitórios e hospício. A igreja é uma construção magnífica, levada a cabo entre 1749 e 1761, de proporções harmoniosas e decoração sóbria, seguindo o estilo joanino de Mafra. Na sacristia anexa podem admirar-se algumas pinturas maneiristas do início do século XVII e outras do século XVIII. Na sala do Capítulo encontra-se instalado um museu, com algumas peças de raro valor artístico. Para além de pinturas, cerâmica e mobiliário dos séculos XVII e XVIII, destacam-se um tapete persa e as esculturas de São Bento e São Bernardo, da época manuelina, além de um Cristo do século XV.
Turismo
Em termos paisagísticos, pode-se desfrutar das belezas do rio Mondego, Serra da Aveleira, extraordinária panorâmica do Roxo sobre Coimbra e Baixo Mondego, Ribeira de Lorvão, Arcos e Vale Bom. Ao nível das actividades lúdico-desportivas e afins, podem praticar-se Canoagem, Slide, Pesca, Natação e Passeios Pedestres.
Ligações externas
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