Malpica do Tejo

Malpica do Tejo
Castelo Branco



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Malpica do Tejo é uma freguesia portuguesa, a maior do concelho de Castelo Branco, com 246,10 km² de área e 758 habitantes (2001). Densidade: 3,1 hab/km². Situa-se a 21 km da sede do concelho e é delimitada pelos rios Tejo e Ponsul.

História

A existência de Malpica do Tejo é posterior ao século XII. Ficou devendo o seu povoamento à Ordem de Cristo, pela segunda metade do Século XVI. Em 1646 era paróquia. Esta antiga freguesia era vigararia da Ordem de Cristo. Em 1708 tinha 200 vizinhos. Até 12 de Agosto de 1952 era designada por Malpica. A partir desta data recebeu a designação oficial de Malpica do Tejo. Em 1960, possuía 2.760 habitantes e 8.711 fogos.

Segundo a tradição local, a localização de origem da povoação não era esta, mas sim mais para leste, perto do local onde se encontrava a ermida de Nossa Senhora das Neves, destruída em confrontos com os espanhóis. Em passeio por Malpica, Orlando Ribeiro no "Guia de Portugal", descreveu em pormenor os encantos da paisagem natural e humana:

"no meio de montes que lhe restringem o âmbito cultivado, rodeada de oliveiras e hortas muradas, fica a enorme aldeia de Malpica, terra de camponeses e arrieiros, que com suas cargas animam a estrada e vêm negociar a Castelo Branco em dia de mercado (…).

A povoação foi conhecida pelo trajo popular, que lembrava usos de Espanha (…). A aldeia tem pitorescas ruas; as casas iguais, de andar, caiadas nas molduras ou na fachada da frente, deixam ver o tosco aparelho de xisto sem reboco (…). Mesmo da rua se pode ver a maior curiosidade da arte doméstica local, a cantareira reluzente de louças e arame, com o asado da água sempre fresquinha, na casa da entrada, hospitaleiramente aberta a quem passa".

Uma das características mais marcantes e vincadas dos Malpiqueiros é o espírito cooperativo, que muitas vezes se manifestou na reconstrução da igreja, contribuindo todos da forma que podiam, na compra colectiva de montes e na criação de cooperativas agrícolas.

Toponímia

Mala mais Pica (depois da queda ou proclise do a final de mala). Malpica é um nome ligado à configuração do terreno e orografia local, de proveniência espanhola.

Tradições

Noivar Malpiqueiro

Os quartos interiores são profusamente decorados de rendas, toalhas bordadas e uma profusão de colchas de todos os matizes. É perguntar por algum casamento e ir ver a casa e a noiva, bonitas como são geralmente as Malpiqueiras, que disso gozam merecida fama. Todo o enxoval e presentes estão expostos à admiração dos convidados, pelas paredes, numa profusão de rendas e arrebiques, belos trabalhos tecidos em teares caseiros e bordados ao fresco, pela soleira das portas ou à lareira aconchegada, de Inverno. Na cama põem tudo o que possuem: montes de lençóis, cobertores e cobertas de uma altura monumental. E, para não desfazer este regalo dos olhos de outros, dormem fora, ou no chão, desconfortavelmente, nos primeiros dias de noivado.

Património

  • Igreja de São Domingos: entre 1623 a 1646, restaurada neste século
  • Capela da Senhora das Neves: diz a crença popular ser mais antiga do que a matriz. Há vestígios de habitações junto desta capela no Monte de São Domingos
  • Fonte Velha (1758)
  • Portados quinhentistas
  • Casa situada na parte mais antiga, onde se terá hospedado o rei Dom Carlos quando se deslocava para aqui caçar
  • Reduto ou Forte d’El-Rei: dentro de Malpica, onde está um conjunto de casas sem quintal, como que a formar quadrado, umas voltadas para a rua de S. Domingos, outras para a rua do Reduto
  • Fortaleza da Barreira Fundeira: no cimo de uma elevação conhecida por "cabeço de atalaia" Fortaleza dos Curralinhos, no Galisteu
  • Fortaleza do Desencerradouro da Azenha – Porto Velho
  • Ruínas: no "cabeço da torrinha", a poucos metros da Refoga, talvez uma fortaleza que dominava o "porto novo"

Artesanato

  • Renda e trabalhos e cortiça (tropeço)

Gastronomia

  • Buxo, queijo picante, mel, sopa de couve com feijão
  • Filhós Fritas, Bicas, Broas de Mel, Borrachões, etc…

Festas e Romarias

  • São Domingos (4 de Agosto)
  • Nossa Senhora das Neves (5 de Agosto)

Feiras e Mercados

  • Feira anual - Terceiro Domingo de Junho
  • Mercado mensal - Primeiras Quintas-feiras do mês

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