Meca é uma freguesia portuguesa do concelho de Alenquer, com 14,08 km² de área e 1.809 habitantes (2001). Densidade: 128,5 hab/km².
Freguesia situada na margem esquerda do rio de Alenquer, Meca dista cerca de 7 quilómetros da sede do concelho. Confronta a norte com as freguesias de Abrigada e Ota; a sul com as freguesias de Carnota e Santo Estevão; a nascente com as freguesias de Olhalvo, Aldeia Gavinha e Ribafria e a poente com a freguesia de Triana.
Localidades
Além de Meca, a freguesia conta ainda com as seguintes localidades anexas:
Toponímia
Tem um topónimo de ressonâncias muçulmanas.
História
Foi curato anexo à freguesia de Santa Maria da Várzea de Alenquer, tendo posteriormente passado a paróquia independente, com o título de priorado. O arquivo paroquial remonta a 1677. Foi-lhe anexada, em 1842, a antiga freguesia de Espiçandeira, orago São Sebastião, cuja criação remontaria a cerca de 1550.
Compunha-se de 11 fogos, em 1497, número que mais do que triplicará em 30 anos, registando 34 fogos em 1527. Decresceu depois, e em 1712 conta apenas 12 vizinhos e duas quintas. Não voltou a conquistar o nível populacional que atingira no século XVI. Em 1911 contava com 66 habitantes, distribuídos por 17 casas.
Segundo a tradição, no ano de 1238, terá aparecido num espinheiro, no sítio da Quinta de São Brás, uma pequena imagem de Santa Quitéria, advogada contra a hidrofobia (raiva). No mesmo local se terá levantado uma pequena ermida para recolher a imagem. Aumentou a concorrência de devotos, que à intercepção da Santa atribuíam um número crescente de curas milagrosas. Foi necessário edificar ermida maior, o que terá ocorrido já no local da igreja actual. Fundou-se uma confraria que, nas palavras de Guilherme Henriques, “pelo curso dos annos se tornou uma das mais ricas de Portugal”. Já durante o reinado de D. Maria I, e sob protecção desta rainha, decide a confraria construir novo templo, na proporção das suas posses. Esta obra, terminada em 1799, conforme data inscrita sobre uma janela do edifício, é descrita pelos autores d’ O Concelho de Alenquer como “um perfeito modelo e exemplo da arquitectura neo-clássica, com raízes nos trabalhos do convento de Mafra e uma notória aproximação estilística da Basílica da Estrela e da de Santo António da Sé, suas contemporâneas”. Da Pedreira da Santa, a pouca distância saiu o calcário para a sua edificação.
Personalidades
Entre os soldados portugueses que, durante o século XVI, foram prestar serviço na índia, encontra-se o nome de João de Carvalho, de Meca.
Património
Na povoação avulta a igreja de Santa Quitéria, barroca e setecentista, um templo imponente, antecedido por uma galilé, surpreendente nesta diminuta aldeia. Um pouco mais adiante, já na subida para Casais da Marinela, o verde dos vinhedos passa a ocupar as encostas. Igualmente de notar é a existência de numerosas casas agrícolas, muitas sediadas em edifícios antigos (século XVIII, nomeadamente), algumas das quais de grande qualidade arquitectónica.
Há neste lugar uma fonte, construída em 1809, conforme a lápide que ostenta, com as esmolas dos devotos e confrades de Santa Quitéria para serviço dos romeiros. A Quinta de Meca, defronte da igreja, pertenceu durante séculos aos Castro do Rio Faria e Meneses. Já por finais do século XIX foi adquirida pelos Lobo Garcez Palha de Almeida.
Associativismo
Em 1992 fundou-se o Centro Social Recreativo e Cultural de Meca.
Fotografias
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