Mire de Tibães é uma freguesia portuguesa do concelho de Braga, com 5,07 km² de área e 2.389 habitantes (2001). Densidade: 471,2 hab/km².
Mire de Tibães é uma freguesia do Concelho de Braga, localizada a 6 kms e a Noroeste da Cidade, com grande dimensão regional e nacional. Um verdadeiro Ex-Líbris do Minho. Estende-se em comprimento desde a Capela e Monte de São Gens até à margem esquerda do Rio Cávado, e, em largura, está limitada pelas freguesias vizinhas.
A afabilidade das pessoas anda de mão dada com a sua postura simples. A qualquer pergunta sobre o património da freguesia as pessoas desdobram-se em explicações, prontamente disponibilizada, ora com mais ou menos certeza. É um daqueles locais que parecem estar escondidos com o único propósito de serem descobertos. Estão lá, mas escapam-nos sorrateiramente ao olhar. Justamente porque à actual geração pesa a responsabilidade de honrar o património, de valor mundial, que recebeu dos antepassados.
História
Terra de origens remotas, mantém ainda muitas das características rurais que marcaram a sua história que começa muito cedo, antes, ainda, da fundação da Nacionalidade. Já o Monarca Suevo Teodomiro possuía junto das águas do Cávado, entre os lugares de Sobrado e Mire, um luxuoso Paço, onde costumava descansar, ausentando-se dos bulícios da corte de Braga. Mas a freguesia deve o seu relevo, à existência do Mosteiro de São Martinho de Tibães, símbolo ímpar do nosso património cultural, cuja fundação, segundo o Conde D. Pedro, se ficou a dever a D. Paio Guterres da Silva.
No século XI, identifica-se Tibães como «a vila onde há pouco foi fundado o mosteiro». No século seguinte, o Conde D. Henrique e D. Teresa concedem ao Mosteiro a Carta de Couto.
No século XVI, a freguesia de Santa Maria de Mire já se encontrava anexa in perpetuum à freguesia de São Martinho de Tibães.
O Mosteiro, a partir do século XI foi ocupado pela Ordem Beneditina, convertendo-se, no século XVI, em Casa Mãe da Congregação Beneditina para Portugal e Brasil, tornando-se num alfobre de recrutamento monástico. Os edifícios principais, actualmente existentes, foram construídos nos séculos XVII e XVIII, obra prima do Barroco em Portugal.
Nos seus tempos áureos, o Mosteiro era detentor de um valioso espólio de arte, pintura, escultura e uma enorme colecção de livros. Mas devido à sua venda em 1834, a maior parte do espólio foi perdido. Foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1944. Em 1986 após a aquisição pelo Estado Português, é iniciado o processo de recuperação do espólio.1
Património
- Cruzeiro de Tibães
- Conjunto formado pelo Cruzeiro, Igreja e Mosteiro de São Martinho de Tibães
- Fontes e construções Arquitectónicas da Quinta de Tibães
Heráldica
Brasão
Escudo de azul, dois leões de ouro, sustentando cada um nas mãos um báculo de ouro, postos em cortesia, alinhados em faixa; em chefe, mitra de prata com os seus Fanhões, guarnecida e forrada de vermelho; campanha diminuta ondada, de prata e azul de três tiras. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco com a legenda a negro: “Mire de Tibães”.
Bandeira
Branca. Cordão e borlas de prata e azul. Haste e lança de ouro.
Simbologia
- Leões com báculo – como símbolo do mosteiro beneditino, o verdadeiro ex-libris da freguesia.
- As suas origens remontam à era proto-medieval (talvez 562), ao tempo do monarca suevo Theodomiro. O período da fundação e os tempos subsequentes assistiram ao alargamento da influência religiosa e material do Mosteiro, tendo-se assistido a um movimento notável de doações.
- Mitra – símbolo do padroeiro da freguesia – São Martinho
- Campanha Ondada – representa o Rio Cávado – a freguesia de Mire de Tibães fica situada na margem esquerda deste rio.
Tradições
- Ver artigo: Tradições de Mire de Tibães
Colectividades
Mire de Tibães é uma freguesia palpitante, com Associações desportivas, culturais, sociais e religiosas:
- ACDMT
- Rancho Folclórico de São Martinho de Tibães
- Grupo Coral
- Grupo Unidos
- Mulheres em Movimento
- Confraria de Nossa Senhora do Rosário
- Confraria de Nossa Senhora do Ó
- Associação de Nossa Senhora da Cabeça e de São Gens
Ligações externas
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