Paços de Ferreira é uma cidade portuguesa no Distrito do Porto, região Norte e sub-região Tâmega, com cerca de 6.000 habitantes.
É sede de um pequeno município com 72,65 km² de área e 52.985 habitantes (2001), subdividido em 16 freguesias. O município é limitado a leste pelo município de Lousada, a sul por Paredes, a sudoeste por Valongo e a oeste e norte por Santo Tirso. Até ao liberalismo constituía o Couto de Paços de Ferreira. Tornou-se concelho em 1836, sucedendo ao concelho de Sabrosa.
O município foi criado a 6 de Novembro de 1836, e a sede concelhia foi elevada a cidade em 20 de Maio de 1993.
Freguesias
- Arreigada
- Carvalhosa
- Codessos
- Eiriz
- Ferreira
- Figueiró
- Frazão
- Freamunde
- Lamoso
- Meixomil
- Modelos
- Paços de Ferreira (freguesia)
- Penamaior
- Raimonda
- Sanfins de Ferreira
- Seroa
História
Foi elevada a sede de concelho em 6 de Novembro de 1836 e à categoria de Cidade em 20 de Maio de 1993. Esta pequena cidade encontra-se organizada em torno de dois centros principais. O primeiro núcleo central, mais antigo, é formado pela Praças Dr. Luís e 25 de Abril e pela Praceta de Santa Eulália. Nesta última, está situada a Igreja Matriz, situada numa peculiar colina. De origem incerta, este templo é o local de devoção por excelência dos pacenses. De notar que, da referida colina, podemos desfrutar de uma bela vista panorâmica, já que, a partir daí, se consegue observar grande parte do concelho, nomeadamente a parte mais ocidental (Seroa e Serra da Agrela, Meixomil, Penamaior e Eiriz). Na parte central da Praça Dr. Luís, pode observar-se o Jardim Municipal, datado de 1892, onde merece particular destaque o tri-centenário carvalho alvarinho, o ex-líbris da cidade pacense. No jardim é ainda possível observar a estátua do Dr. Leão de Meireles, uma das personalidades mais importantes dos primórdios do concelho de Paços de Ferreira. Mais abaixo, a Praça 25 de Abril é dominada pelo edifício dos antigos Paços do Concelho, inaugurado em 1918, onde funciona actualmente o Museu Municipal e o Posto de Turismo. Defronte da escadaria principal deste edifício, aparece, embora discretamente, o Pelourinho de Paços de Ferreira, único monumento da cidade com a categoria de Património Nacional. Na parte central da praça, marca presença a estátua de D. Sílvia Cardoso, famosa benemérita pacense que abdicou de grande parte da sua riqueza para se dedicar à ajuda dos mais necessitados.
Já o segundo núcleo central compreende a Praça da República, conhecida popularmente como a "Rotunda", onde se situam os principais serviços do concelho. Na Rotunda, é possível observar o Palácio da Justiça e a escultura em bronze que decora a sua fachada principal. Porém, o destaque da Praça da República vai por inteiro para o seu centro, onde se encontra o Monumento ao Marceneiro, escultura da autoria do Mestre José Rodrigues, que homenageia os marceneiros do concelho, que possibilitaram a enorme evolução registada pelo concelho no século XX, que tornaram Paços de Ferreira na "Capital do Móvel", marco de referência no panorama industrial português. Mesmo ao lado, está o actual edifício dos Paços do Concelho, da autoria do arquitecto pacense Paulo Bettencourt, onde está sediada, para além da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, a Junta de Freguesia pacense. Tanto o Monumento ao Marceneiro como o edifício dos Paços do Concelho foram inaugurados aquando do 5º aniversário da cidade, a 20 de Maio de 1997.
Paços de Ferreira possuía até há bem pouco tempo uma estação agrária, unidade do Ministério da Agricultura onde era efectuada criação de gado, produção de leite, cereais e forragens, e onde existia uma oficina e posto de venda, onde se podia adquirir o "Queijo Paços", produzido na estação agrária. Porém, a partir de 2005, a estação agrária transformou-se no Parque Urbano de Paços de Ferreira, o local de lazer por excelência, em pleno centro centro da cidade pacense. Nos terrenos do Parque, delimitados pelo Rio Ferreira, localizam-se as Piscinas Municipais.
Deste modo, Paços de Ferreira é uma cidade jovem e em transformação. Assim, nos últimos anos, a outrora vila rural, formada por lugares e quintas, e casas graníticas, tem-se transformado numa cidade moderna. Os vestígios dessa vila rural são já poucos, pois têm sido apagados ao longo dos tempos, tais como as antigas Escolas Primárias (no local da actual Câmara Municipal), o antigo posto da GNR e o antigo Posto dos Correios, demolidos para dar lugar a construções mais recentes. Porém, por enquanto, é ainda possível observar algumas casas antigas na cidade, tais como a Quinta das Uveiras (do século XIX), a Casa da Torre (quinta da família de D. Sílvia Cardoso, que contém uma capela datada de 1898), e a Casa de Coquêda (casa de brasileiro do início do século XX) que, embora já sem o esplendor de outros tempos, continuam a testemunhar o passado rural de Paços de Ferreira.
Património
Os primeiros vestígios da ocupação humana reconhecidos com segurança na área concelhia permitem delinear um quadro de sequências culturais desde formas incipientes de actividade agrária, em horizontes megalíticos bem documentados, a um papel de primordial importância durante a Idade dos Metais. Os melhores testemunhos deste passado são hoje monumentos nacionais, como o Dólmen de Lamoso e a Citânia de Sanfins, uma das mais importantes estações arqueológicas da proto-história europeia.
A partir dos tempos da fundação da nacionalidade, a consolidação e expansão da economia encontra-se nas mãos de uma sociedade florescente, em que a terra estava repartida segundo práticas feudais. Essa vitalidade económica e social é manifesta na edificação do imponente templo românico de São Pedro de Ferreira, que ocupa então lugar central na organização e exploração do território.
- Igreja de São Pedro de Ferreira
- Dólmen da Leira Longa ou do Forno dos Mouros, Lamoso
- Capela de São Francisco e Casa Hospício, Freamunde
- Pelourinho de Paços de Ferreira
- Inscrição gravada Bouça de Frevença, Sanfins (Penedo das Ninfas)
- Citânia de Sanfins
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