O passado histórico da cidade de Tavira é bastante rico e pode ser testemunhado nos seus edifícios, nos achados arqueológicos e no traçado das ruas. Diante este quadro, o concelho de Tavira é cada vez mais uma realidade colectiva de grande qualidade, transmitindo a todos que por ele passam uma ideia de consonância entre o passado e o presente. Tavira é, por isso, um convite à descoberta!
Apresentam-se em seguida os principais pontos de interesse que merecem uma visita:
Património edificado
Porta de D. Manuel
Terá sido aberta, ou reconstruída, no reinado de D. Manuel I, para permitir a comunicação com a então Praça da Ribeira. É possível observar, superiormente, as armas de D. Manuel I.
Igreja da Misericórdia
A sua construção iniciou-se, em 1541, sob a responsabilidade de André Pilarte, e ficou concluída 10 anos mais tarde. É considerada a mais valiosa das obras renascentistas do Algarve. No interior destacam-se os retábulos de talha dourada e os azulejos figurativos azuis e brancos do século XVIII, representando as obras da misericórdia e passos da vida de Cristo.
Muralha / Castelo
Com origem nas fortalezas fenícia e muçulmana, o castelo medieval veio a ser doado, após à reconquista, à ordem de Santiago, que prescindiu da dádiva. Em 1293, D. Dinis promoveu o reforço do castelo e muralhas. Nos dias de hoje, podemos observar algumas torres da muralha, que servem o recinto principal de cenário a um pequeno espaço ajardinado. Da torre octagonal desfruta-se de uma óptima vista sobre a cidade e sobre os telhados de tesoura.
Telhados de Tesoura ou de Tesouro
De origem desconhecida, são telhados de quatro águas bastante inclinados, não cobrem por completo um edifício, mas apenas cada uma das suas salas ou corpos principais. No exterior são utilizadas telhas de canudo e o interior é revestido por caniço.
Igreja Matriz de Santa Maria
Erigida no século XIII, em estilo gótico, provavelmente sobre a antiga mesquita maior muçulmana, esta igreja, reconstruída após o terramoto de 1755, pelo arquitecto italiano Francisco Fabri, adoptou as formas do neo-classicismo, mas manteve algumas sobrevivências do antigo templo, como por exemplo, o pórtico gótico da fachada ou as capelas laterais. Na capela-mor encontra-se o túmulo de D. Paio Peres Correia e o dos sete cavaleiros mártires.
Antigo Convento de Nossa Senhora da Graça
Começou a ser edificado, em 1569, pelos frades da Ordem de Santo Agostinho e foi, parcialmente, reconstruído, em meados do século XVII, destacando-se o claustro de aparência renascentista.
Igreja Matriz de Santiago
As suas origens remontam à segunda metade do século XIII. Em 1270, o Rei D. Afonso III, doou o padroado desta igreja ao Bispo e ao Cabido de Silves. Foi reconstruída, no século XVIII, na sequência do terramoto de 1755. O interior apresenta vários retábulos em talha, imagens e pinturas sacras, algumas provenientes de outros templos da cidade e conventos existentes.
Ermida de Nossa Senhora da Consolação
A sua origem deve remontar a 1648, altura em que foi criada a confraria de Nossa Senhora da Consolação dos presos. No seu interior possui um retábulo maneirista de meados do século XVII, integrando pinturas de temática mariana.
Igreja de São José do Hospital
As suas origens remontam ao século XV, no entanto, em consequência do terramoto de 1755, teve que ser reedificada, ficando concluída em 1768. Apresenta uma planta de nave única, octogonal de lados desiguais, e capela-mor. O retábulo é um interessante exemplar de pintura em “trompe l’oeil”, de arquitectura fingida, executada pelo pintor Joaquim Rasquinho, em 1805.
Antigo Convento de São Francisco
As suas origens remontam aos finais do século XIII ou princípios do século XVI. Pensa-se que foi edificado para os Templários e doado, posteriormente, por D. Dinis aos Franciscanos, no ano de 1312. Foi sucessivamente vitimado por terramotos, por uma derrocada e por um incêndio, restando hoje vestígios góticos e barrocos. Para além da igreja, existe também o antigo cemitério e o jardim.
Igreja do Antigo Convento de Santo António dos Capuchos
Começou a ser construído, em 1612. Possui obras de interesse como o “Trânsito de Santo António”, constituído por três grupos escultóricos em barro, representando passos da vida de Santo António (século XVIII).
Ermida de São Sebastião
Desconhece-se a data da sua fundação, sabe-se, porém, que foi reconstruída, em 1745. O interior apresenta uma interessante decoração do estilo barroco, com paredes revestidas por madeira pintada com marmoreados e motivos em “trompe l’oeil”, enquadrando um conjunto de dezasseis pinturas sobre tela.
Antigo Convento Nossa Senhora da Piedade
Fundado, em 1509, por D. Manuel, albergou a única ordem feminina em Tavira. Posteriormente, foi adaptado a fábrica de moagem. Da sua arquitectura original, destaca-se um portal Manuelino.
Igreja de Nossa Senhora das Ondas (ou São Pedro Gonçalves Telmo)
Também conhecida como a igreja dos pescadores, remonta ao reinado de D. Manuel. No século XVIII sofreu algumas alterações. No interior devem ser realçadas as pinturas existentes no tecto e a imagem de Nossa Senhora das Ondas.
Mercado da Ribeira
Edifício do século XIX, com uma estrutura de ferro, foi até Junho de 1999 o mercado de abastecimento na cidade. Hoje em dia, após ter sido recuperado, é um local dotado com lojas, restaurantes e um amplo espaço para exposições.
Ponte Romana
Esta ponte, de sete arcos, liga as duas margens da cidade, as quais, são divididas pelo Rio Gilão. Depois das cheias de 1989, passou a ser pedonal.
Igreja do Antigo Convento dos Ermitas de São Paulo
A sua construção iniciou-se, em 1606. Apresenta uma planta de cruz latina e integra-se no âmbito da arquitectura “Chã”. O interior contém um interessante acervo de pintura, talha e imaginária religiosa dos séculos XVI, XVII e XVIII, proveniente em parte de outros templos da cidade e conventos extintos.
Ermida de Santa Ana
De origem medieval, este templo foi reconstruído no século XVIII, registando-se na torre sineira o ano de 1727. O interior contém obras em talha, escultura e pintura. Reabilitada, recentemente, funciona como espaço museológico e de concertos inseridos na programação regular de “Músicas nas Igrejas”, promovida pela autarquia.
Ermida de São Brás
Outrora situada fora da cidade, teve origem na Idade Média, sendo reconstruída no terceiro quartel do século XVIII, ganhando então o seu aspecto actual.
Igreja do Convento de Nossa Senhora do Carmo
Fundou-se o convento em 1745, a igreja ficou pronta em 1789, tendo sido erguida e decorada dentro da estética tardo-barroca. Destaca-se a capela-mor, que possui um retábulo executado pelo escultor italiano, Patrício Malatesta e um tecto pintado, da autoria do pintor José Ferreira da Rocha. Constitui um dos melhores exemplos de Rococó no Algarve.
Ermida de Nossa Senhora do Livramento
Antiga leprosaria, edificada longe do centro urbano, foi no século XVII dedicada a Nossa Senhora do Livramento. A fachada de azulejos remonta aos princípios do século XVIII.
Forte do Rato (ou de Santo António)
Localizado perto da foz do Rio Gilão, foi construído no século XVI e remodelado durante a Guerra da Restauração.
Salinas e Quatro Águas
Área inserida no Parque Natural da Ria Formosa, onde ainda hoje se efectua a extracção do sal. A partir das Quatro Águas partem as carreiras fluviais para a Ilha de Tavira.
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