Penacova é uma vila portuguesa no Distrito de Coimbra, região Centro e sub-região Baixo Mondego, com cerca de 3.600 habitantes e dista sensivelmente 20 km de Coimbra.
É sede de um município com 217,69 km² de área e 16.896 habitantes (2006), subdividido em 11 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Mortágua e Santa Comba Dão, a leste pela Tábua, a sueste por Arganil, a sul por Vila Nova de Poiares, a oeste por Coimbra e a noroeste pela Mealhada.
O Concelho, que possui uma área total de 220 Km2, beneficia de uma acessibilidade privilegiada, já que é rasgado por duas importantes vias rodoviárias: o IP3 e o IC6 que, por si só, proporcionam uma grande facilidade de acesso ao concelho.
Penacova é geminada com Pont-Saint-Esprit (França).
Freguesias
As freguesias de Penacova são as seguintes:
- Carvalho
- Figueira de Lorvão
- Friúmes
- Lorvão
- Oliveira do Mondego
- Paradela
- Penacova (freguesia)
- São Paio do Mondego
- São Pedro de Alva
- Sazes do Lorvão
- Travanca do Mondego
Topónimo
O topónimo "Penacova" deriva da aglutinação dos elementos "Pen" - vocábulo cantábrico que originou a palavra portuguesa penha (monte, rochedo) - e "Cova", que deriva do facto da eminência rochosa se erguer de um vale profundo. A explicação popular atribui o nome da vila à existência de muitos corvos na Penha dos Corvos evocando para justificação os dois corvos que figuram no brasão de armas da vila.
História
O lugar de "Penna Cova" tem origem anterior à fundação da nacionalidade, desconhecendo-se a data da sua fundação. Existem dúvidas se será fruto da reconquista de D. Afonso III das Astúrias, no fim do século XI, ou se terá origem na vila rústica de "Vila Cova", hoje Granja do Rio.
A referência mais antiga reporta-se ao ano de 911, data em que se reconheceu Idris, como legítimo proprietário de Vila Cova, que a havia adquirido por presúria e que, após a sua morte, a doou ao Mosteiro de Lorvão.
Mas, várias são as referências registadas em documentos coevos: em 936, é feita a demarcação entre as duas Vilas Covas e Alquinitia; em 1036, sob o domínio muçulmano, é doada ao Mosteiro da Vacariça uma casa localizada no Castelo de Penacova; em 1105 são relatadas contendas entre os homens do Mosteiro de Lorvão e os moradores do castelo, que seriam harmonizadas por D. Henrique.
Em 1192, foi-lhe atribuído Foral por D. Sancho I, que viria a ser confirmado, a 06 de Novembro de 1217, por Afonso II. Em 1513, D. Manuel atribui-lhe Foral Novo. Em 1605, no reinado de D. Filipe II, foi elevada à categoria de Concelho, pertencendo à correição de Coimbra.
Até 1855 apenas cinco freguesias faziam parte do concelho de Penacova: Penacova, Carvalho, Figueira de Lorvão, Lorvão e Sazes do Lorvão. Como consequência das reformas administrativas do século XIX, a fisionomia do concelho alterou-se profundamente, recebendo sob a sua jurisdição as freguesias de Farinha Podre, Friúmes, Oliveira do Cunhedo e Travanca. Em 1898, passariam a integrar o Concelho as freguesias de São Paio da Farinha Podre e Paradela da Cortiça, completando as onze freguesias que, distribuídas por 220 Km² integram o Concelho.
No Concelho, destaca-se o imponente Mosteiro do Lorvão. Só em 878, com a reconquista cristã de Coimbra surgem provas históricas da sua existência, mas a sua construção remontará ao séc. VI. As reformas introduzidas nos edifícios ao longo dos sécs. XVII e XVIII transformaram arquitectonicamente o Mosteiro que passou a possuir: dormitórios, noviciaria, hospício e hospedaria, coro, igreja, dois claustros, refeitório, sala capitular, enfermaria, botica, cartório, oficinas, celeiro e outras dependências.
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