Pinheiro (Oliveira de Frades)

Pinheiro (Oliveira de Frades)
Oliveira de Frades



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Pinheiro é uma freguesia portuguesa do concelho de Oliveira de Frades, com 22,25 km² de área e 1.369 habitantes (2001). Densidade: 61,5 hab/km².

Antigamente era chamada Pinheiro de Lafões, designação porque é ainda habitualmente conhecida. Pinheiro de Lafões é uma das maiores freguesias do concelho, com 689 edifícios, 392 núcleos familiares residentes. Dista cerca de 4 km da sede concelhia.

História

Integrada na região de Lafões, da qual por certo herdou o apelido que a distingue, e numa posição adjacente ao Rio Vouga, a freguesia de Pinheiro apresenta inúmeros vestígios de uma ocupação humana pré-histórica, tendo surgido no século X as primeiras documentações escritas, relativas a este povoamento. A par de alguma documentação escrita, entre os séculos X a XI, com referências expressas a famosa Anta pintada de Antelas classificada como monumento nacional, pelo Decreto de Lei nº 29/90, e muitos outros testemunhos obrigam a um longo recuo no tempo: as mamoas do nicho e de peneiras que tal como a anta pintada, os estudiosos Veiga Ferreira e Manuel Leitão, situam no 2º período do Neolítico, os troços de Estrada Romana, entre outros.

Em 1101 um Diogo Peres e sua mulher, Matrona, venderam a D. João Gosendes e sua mulher, D. Ximena Froiaz, muitos bens em várias terras nas imediações das terras de Lafões. O rico homem João Gosendes, era da "schola" do Conde D. Henrique, e ao que se julga governador da "terra" de Lafões, na qual já possuía inúmeros bens, uns por herança e outros por compra, de cujos títulos estão publicados muitos documentos. Também o mosteiro de Santa Cruz de Coimbra veio a possuir nestas freguesia inúmeras herdades, que ao que se julga lhes teriam sido doadas por João Gosendes.

Em 1252, já paróquia de Santa Maria de Pinheiro, pertencendo ao distrito julgado de Lafões, estava constituída, julgando-se que a sua fundação data do tempo da sua colonização, feita inicialmente por gente não nobre, a foro particular ou por extensão do da "terra" de Lafões. Posteriormente, os nobres adquiriram toda a paróquia, razão porque todos os seus lugares eram honras nos meados do século XIII. Neste século, a paróquia de Pinheiro era composta pelas "villas" rústicas de Quetriz (topónimo que indica povoação germânica), Nespereira, Paredes Secas, Pereiras, Pinheiro, Porto (de) Ferreiro, Rial e Vespeiras. A honra de Pinheiro era em 1290 de Rodrigo Afonso "Ribeiro", e a Igreja de Santa Maria, dos descendentes de Vicente Auzelias e Martim Auzelias, que se julga terem sido os provedores iniciais do lugar, encarregados de atrair para ele outros povoadores.

Na segunda metade do século XVIII, Pinheiro foi ducado de Lafões e teve seu Juíz ordinário, sujeito ao Juíz de Fora da Vila de Vouzela, e pertencia por essa altura à comarca de Viseu. Integrou o Concelho de Lafões e depois o de Vouzela. Passou a fazer parte do concelho de Oliveira de Frades quando este foi definitivamente instituido, em 1837. A esta freguesia pertence actualmente, os seguintes lugares: Antelas, Couço, Nespereira, Paredes de Gravo, Pereiras, Pinheiro, Pontefora, Portoferreiro, Prova, Quetriz, Ral e Sobreiro. Pinheiro é à décadas servida por uma estação de linhya férrea do Vale do Vouga, existinda ne freguesia uma ponte férrea, que está a espera de ser classificada oficialmente como monumento de interesse regional, pois é para os locais, um símbolo do passado na medida em que representa o início do progresso e desenvolvimento da freguesia.

Pinheiro de Lafões foi a longo dos anos uma freguesia essencialmente agrícola com gente laboriosa, ordeira, que sempre se distinguiu pelo comportamento cívico das suas populações. Mas, simultaneamente, soube afirmar-se como freguesia pujante, com uma actividade económica que sobressaiu no todo do concelho com o surgimento de indústrias e o desenvolvimento do comércio para o que muito contribuiu o papel preponderante de figuras já falecidas que manifestaram grande capacidade de iniciativa e empreendimento. Destacamos com muito gosto, a esse propósito, a figura ímpar do grande empresário Celestino Ferreira Martins.

Hoje, Pinheiro de Lafões tem outros horizontes. Situada muito próximo da zona industrial, algumas fábricas estão mesmo localizadas em território desta freguesia. E naturalmente, a freguesia saberá, tirar benefícios desta circunstância e dos bons acessos rodoviários existentes. A par desta dinâmica, Pinheiro de Lafões tem também mantido as suas tradições e cultura. Por isso, apoiada na sua história tão rica e com o espírito empreendedor que a caracteriza, tem sabido acompanhar os tempos da vida actual e saberá, de certeza, responder aos desafios do futuro.

Economia

Pinheiro, como grande parte das freguesias do concelho, centrava a sua economia basecamente na agricultura e na pecuária, actividades que se foram desenvolvendo e derivando noutras mais indústrias, como é o caso da avicultura, da suinicultura e da panificação; porém, também a indústria e os serviços se desenvolveram nesta freguesia, criando inúmeros postos de trabalhos. Assim, a população de Pinheiro distribuiu-se por actividades como a metalomecânica, a transformação de granitos, os transportes, a construção civil e o comércio.

Festas e romarias

O seu orago é Santa Maria, realizando-se em sua honra uma festa solene anualmente no 15 de Agosto.

Património

Além dos vários vestígios de ocupação pré-histórica, já mencionados, destacam-se no património cultural e edificado da freguesia:

  • Anta pintada de Antelas
  • Igreja Paroquial
  • Ponte ferroviária dos Melos
  • Troços de Estrada Romana do Ral e Pontefora
  • Parque Florestal da Pedra da Broa
  • Ladeira da Santa

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