Bombarral



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é uma freguesia portuguesa do concelho do Bombarral, com 5,68 km² de área e 940 habitantes (2001). Densidade: 165,5 hab/km².

A freguesia foi criada a 1 de Janeiro de 1985 por desmembramento da vizinha freguesia de Roliça. Está limitada por essa freguesia do mesmo concelho, e pelos concelhos de Óbidos e Lourinhã.

A maior parte da sua área situa-se numa várzea e apenas uma pequena parte abrange uma zona elevada no planalto das Cezaredas. Deste planalto descem alguns cursos de água, sendo o principal o rio Galvão que corre no vale do Reguengo daquele planalto e atravessa a freguesia para desaguar no Rio Real. A localidade do Pó encontra-se encostada aos contrafortes do planalto aproveitando a fertilidade dos solos da várzea para o desenvolvimento de uma agricultura produtiva, com especialidade na cultura dos bacelos.

Toponímia

Segundo alguns autores a povoação terá tomado o nome do apelido da família Pó, que tinha propriedades neste lugar, mas também se poderá admitir ter acontecido que esta família tenha assumido o nome da aldeia onde residia. A localidade do Pó e a sua região têm uma longa história que já vem de tempos pré-históricos.

História

O achado avulso de objectos pré-históricos no Pó ou nos seus arredores demonstra que nestes tempos recuados as comunidades humanas aqui se estabeleceram. No principio deste século José Leite de Vasconcelos levou para o Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, cerca de 58 instrumentos de pedra polida e 4 machados planos em cobre. Neste museu encontram-se indicações que José Leite Vasconcelos, então director daquele museu, terá adquirido alguns machados de pedra polida numa excursão que fez a Óbidos e Lourinhã em Fevereiro de 1908. Outro machado de pedra polida tem a indicação de ter sido adquirido em 1 de Abril de 1920. Há também indicação de que um dos machados em cobre foi adquirido pelo mesmo numa excursão a Óbidos e Lourinhã em Outubro de 1913.
Mas é na época romana que a tradição está mais apegada sobretudo pelas indicações de diversos autores sobre machados de alicerces de edifícios antigos e moedas romanas. Nas “Memórias históricas de Óbidos” pode mesmo ler-se uma referencia a uma cidade no tempo dos Romanos e se chamava Poya. Para o lado do poente, se encontravam vestígios de que ali chegava o mar e argolas para segurar as barcas; provavelmente, braço que entrava pelo Aboboriz e chegava até àquela então cidade.

No Pó teria edificado o imperador César uma cidade ,segundo o autor das “Memórias históricas de Óbidos”. O próprio planalto das Cezaredas é, por tradição, conotado com aquele imperador romano e do seu deriva o nome do planalto no qual pastavam os seus cavalos. É só a partir da Idade Média que começaram a haver registos escritos acerca deste lugar.

Os terrenos do Pó eram férteis pelo que, nessa época os naturais do Pó e alguns particulares moradores na Columbeira, Ribeira de Peniche, Amoreira e Óbidos aí adquiriram propriedades ou fizeram investimentos. João Eanes do Pó e seu filho Fernando Eanes eram alguns destes proprietários. Também Álvaro Gonçalves possuía no Pó vinhas e herdades e há registo de que este tinha um paço na aldeia. A investigadora Manuela Santos Silva refere ainda que era a uma destas personalidades do Pó que se devia a instituição de uma capela na aldeia para a qual , um Fernão Vaz, morador na Roliça, em 1466, estava encarregado de fornecer os rendimentos para que nela se cantassem os ofícios divinos. Sabe-se, ainda, que a confraria de Santa Maria da Roliça tinha no Pó, no século XVI, uma casa de reuniões e de acolhimento dos confrades além de algumas propriedades.

Pelos documentos se constata, também, que já no século XIV o Pó dispunha de uma ponte em pedra e de um porto fluvial, o que facilitava as transacções económicas. Os documentos referem ainda a existência de adegas e lagares nesta povoação que ,no início do século XVI, deveria ter uma população residente de 70 a 90 pessoas. A partir do século XVI pouco se conhece da História do Pó mas o que se constata é uma ligação, desde a Idade Média até aos tempos modernos, entre esta aldeia e a vila de Óbidos de cujo o termo e área de influência fazia parte. Em 1914, com a criação do concelho do Bombarral, Pó ficou integrado neste concelho.

Pequenas notícias dispersas dão-nos ainda conta que o edifício da Escola Primária foi inaugurado no Pó em Fevereiro de 1958, que a luz eléctrica só foi instalada em Outubro de 1963 ou que o Posto Médico existe desde Outubro de 1993.

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