Rua Da Oliveira Loriga

Rua Da Oliveira Loriga

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HISTÓRIA DE LORIGA (pequeno resumo)

Loriga
Loriga (pron.PT [lo'?ig?]) é uma vila e freguesia portuguesa do município de Seia, distrito da Guarda, na província da Beira Alta, região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem 36,52 km² de área e 848 habitantes (censo de 2021), a sua densidade populacional é de 23,2 hab./km² e tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela. O gentílico é loriguense ou loricense.

Loriga encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN231, e tem acesso direto ao ponto mais alto da Serra da Estrela pela EN338, estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e um projeto pré-existentes décadas antes da conclusão, com um percurso de 9,2 km de paisagens deslumbrantes, entre as cotas 960 metros na Portela de Loriga (também conhecida por Portela do Arão) e 1650 metros, dois quilómetros acima da Lagoa Comprida, onde se liga com a EN339.

Há décadas alguém chamou "Suíça Portuguesa" a Loriga, devido à sua extraordinária paisagem e localização geográfica. A área urbana mais baixa situa-se nos 770 metros de altitude, incluíndo a parte mais antiga do centro histórico da vila, e a área urbana mais alta ultrapassa consideravelmente essa cota. A vila está rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres (1.828 metros de altitude) e a Penha do Gato (1.771 metros), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois da E.T.A.R. Além da Ribeira de São Bento, o Ribeiro do Cortiçor é outro importante afluente que também desagua na Ribeira de Loriga junto da vila. Ao longo do espetacular Vale Glaciar de Loriga, que se estende desde a Torre até á aldeia de Vide, a Ribeira de Loriga recebe as águas de outros afluentes acabando por se tornar um dos maiores afluentes do Rio Alva. Além da sua extraordinária beleza o Vale Glaciar de Loriga é considerado como sendo um ponto de grande interesse geológico, dominado pelo granito na área de maior altitude, sendo a Garganta de Loriga um grande ponto de referência, e passando depois para a área mais baixa que é dominada pelo xisto. A área do vale onde é feita a transição do granito para o xisto inclui a localização da colina entre ribeiras onde está localizado o centro histórico da vila, e esse facto ajuda a explicar as consequências desastrosas do terramoto de 1755.

Toponímia
A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 100 degraus em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais do centro histórico da vila de Loriga e que se perderam ao longo dos séculos.

O bairro de São Ginês e ou São Genês (em substituição do nome São Gens) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais conhecidos e típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto de este bairro do centro histórico da vila dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, e orago de uma ermida visigótica situada na área (a atual capela de Nossa Senhora do Carmo). Com o passar dos séculos, os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês e ou São Genês, esta alcunha talvez tenha surgido por a palavra ser mais fácil de pronunciar, tendo também a ver com as singularidades linguísticas de Loriga e o local uso massivo de alcunhas. Aliás nunca existiu qualquer santo com o nome Ginês ou Genês e Loriga é conhecida pelas singularidades linguísticas e pelo uso massivo de alcunhas. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos. Dadas as suas caraterísticas é possível que outrora existisse ali um local de culto pagão que os visigodos escolheram para erigirem a ermida dedicada a São Gens, na época era uma ermida porque estava separada da povoação que existia mais abaixo. A atual aparência da capela e a data gravada na fachada induzem em erro os visitantes porque correspondem á última reconstrução efetuada, e além disso não existe ali qualquer lápide que informe sobre a antiguidade deste local de culto nem sobre o antigo orago da capela. Além dessa informação devia ser colocada na capela uma imagem de São Gens, o antigo orago e o santo que inexplicavelmente foi desprezado e esquecido pelos loriguenses.

História
Loriga foi fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Festas e Tradições
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas, cantos noturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Santo António (durante o mês de Junho) e de São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nossa Senhora da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nossa Senhora da Ajuda, no Fontão de Loriga. A propósito sublinha-se o facto de que a padroeira de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria Maior, e por isso é o orago da igreja matriz e da paróquia pelo menos desde o século XIII. Torna-se necessário este sublinhado porque alguns ignorantes começaram erradamente a dizer e a escrever por aí que a padroeira de Loriga é Nossa Senhora da Guia (uma das muitas mentiras que induzem outros em erro e que inclusive foi colocada com outras no artigo sobre Loriga na Wikipédia quando o artigo foi vandalizado, o artigo foi criado pelo historiador António Conde). A fé não é uma questão de modas, e os santos, as devoções e as invocações não são coisas descartáveis que por um qualquer capricho são trocados, desprezados e esquecidos. Há mais de oitocentos anos que a padroeira de Loriga e dos Loriguenses é Santa Maria Maior, e esse facto é uma questão de fé, é uma questão de devoção, é uma questão de verdade, é uma questão de história, e é uma questão de respeito pela identidade histórica de Loriga. Alguns estão apostados em fazer esquecer a invocação de Santa Maria Maior e esta antiga devoção, tal como outros no passado quiseram fazer desaparecer a muito antiga devoção a São Gens, ao ponto de arranjarem a alcunha de Ginês e de Genês ao santo, de mudarem o orago da sua capela e de nem sequer existir ali uma imagem deste santo nem qualquer informação sobre o antigo orago da capela. A mesma falta de respeito pela identidade de Loriga é uma das principais causas da vergonhosa questão da heráldica que dura há décadas.

Normalmente todas as localidades têm uma padroeira ou um padroeiro, e esse santo ou santa é o orago da paróquia e da igreja matriz, isto é daquelas coisas básicas que toda a gente devia saber. No caso de Loriga a padroeira é Santa Maria Maior, orago da paróquia e da igreja matriz que já vem pelo menos desde o início da nacionalidade quando Loriga pertencia ao chamado Padroado Real, não é por acaso que, por exemplo, a Sé de Lisboa também é dedicada a Santa Maria Maior e que a igreja matriz de Loriga tenha sido mandada construir pelo rei D. Sancho II. Quando a veneração a Nossa Senhora da Guia chegou aqui a Loriga em finais do século XIX, trazida por emigrantes radicados no Brasil, Santa Maria Maior já era a padroeira de Loriga há mais de seiscentos anos, e Nossa Senhora da Guia foi sempre e só invocada como padroeira dos emigrantes de Loriga, no entanto alguns idiotas começaram a dizer e a espalhar por aí que a padroeira de Loriga é Nossa Senhora da Guia. Isto é grave porque os loriguenses ficam com a fama de desprezarem a história de Loriga e de trocar e de condenar ao esquecimento padroeiros, santos, devoções e invocações, com a agravante de já haver precedentes, como é o caso, por exemplo, da milenar devoção a São Gens, cuja capela foi dedicada a Nossa Senhora do Carmo, arranjaram a alcunha de Ginês e de Genês ao santo, e para completarem o anátema não existe no local nenhuma informação sobre o antigo orago da capela, e o local onde essa capela está situada é conhecido por Bairro de São Ginês e ou São Genês, nunca existiu um santo chamado Ginês ou Genês e esses nomes são invenção dos loriguenses. Poderia também falar-se de outros casos, como por exemplo do caso de São Bento, desse ficou apenas o nome da ribeira, mas pelo menos não lhe arranjaram uma alcunha como fizeram com o São Gens. Há quem, por pura ignorância ou, pior ainda, por teimosia e por animosidade contra quem sabe mais e diz as verdades, teimam em não respeitar a história nem a identidade histórica de Loriga, e é esse tipo de gente que é responsável por várias vergonhas que afetam a imagem de Loriga e a imagem dos loriguenses, como é o caso da vergonhosa questão da heráldica que dura há décadas e que se mantém (Ver aqui essa vergonha em vídeo!). De forma farisaica este tipo de gente despreza os fundamentos da fé e age como tal, mas esta gente exibe-se em eventos religiosos e até usa o pároco para que todos a vejam, fazendo de tudo para usar a religião com o objetivo de manipular e instrumentalizar os loriguenses para benefíficio dos seus interesses e motivações mesquinhas pessoais, e até a vergonhosa questão da heráldica foi usada para esse efeito, como exemplos veja-se o vergonhoso Brasão da Vila de Cruz (de 2002), rejeitado pelos loriguenses tal como o ainda mais vergonhoso Brasão da Vila de Carreto (de 2018), e o postal de natal de 2024. Aliás, os ignorantes que infelizmente nasceram nesta bela e histórica vila, são especialistas em maltratar a imagem desta vila e a imagem dos seus conterrâneos, e em colocar tudo em causa; Colocam em causa a padroeira de Loriga e dos Loriguenses e orago da paróquia e da Igreja Matriz, a antiguidade de Loriga (inclusive do seu estatuto de vila e da sua indústria têxtil), o seu nome, a sua história, o seu património, o local da fundação da povoação, o seu gentílico, a sua heráldica, etc. Em vez de reconhecerem os erros e resolverem os problemas de Loriga de forma competente, insistem numa fuga em frente e a única preocupação que têm é fazerem de tudo para calarem as incomodativas vozes da razão que os desmascaram. Esses ignorantes e esses irresponsáveis não gostam verdadeiramente de Loriga e por isso acham que são pormenores sem importância, se gostassem de Loriga agiriam de forma diferente. Qualquer dia alquém se lembra de introduzir aqui em Loriga uma nova devoção e uma nova capela, começam a fazer umas festas, e daqui a uns anos esse tipo de gente faz a "promoção" para novo padroeiro ou padroeira de Loriga, depois arranjam uma alcunha para a Santa Maria Maior e ou para a Nossa Senhora da Guia, como arranjaram para o São Gens. Com o desprezo que essa gente tem pela história de Loriga e pelos fundamentos da fé, é fácil fazerem a alteração e substituirem a padroeira e o orago da igreja matriz e da paróquia, só têm que falar com o cardeal patriarca, com o bispo da diocese e com o pároco. Apesar de não gostarem há mais de oitocentos anos que a padroeira de Loriga e dos Loriguenses é (e vai continuar a ser) Santa Maria Maior.

Colectividades
Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços ultrapassam as fronteiras da freguesia e abrangem a área outrora pertencente ao Concelho de Loriga, a Casa de Repouso Nossa Senhora da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola C+S/EB2+3 Dr. Reis Leitão. Em Março de 2007 iniciaram-se as obras do novo quartel dos Bombeiros Voluntários, obras entretanto concluídas com atraso devido a adiamentos provocados por problemas de subfinanciamento.

Acordos de geminação
Loriga celebrou acordo de geminação com a vila, atualmente a cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996

História resumida de Loriga
Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a beleza paisagística de Loriga é o seu principal atrativo de referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra gigantesca construída pelos loriguenses ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale belo, mas rochoso, num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale de Loriga, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Topónimo
O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos Hermínios (atual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica (antiga couraça guerreira). Deste nome derivou Loriga (derivação iniciada pelos Visigodos) e que tem o mesmo significado, no entanto o nome latino Lorica só caíu em desuso no século XIII e as Inquirições de D. Afonso III são os primeiros documentos conhecidos onde esta vila aparece referida como Loriga, nos documentos anteriores é sempre referida como Lorica. A história, a filologia e a etimologia dizem que Loriga é nome de couraça e que deriva do latim Lorica que tem exatamente o mesmo significado, um nome que por si é significativo da antiguidade e da história de Loriga, um nome bonito que orgulha os loriguenses e que é único em Portugal, factos que ajudam a justificar que a couraça seja a peça central do brasão da vila, tal como é do logotipo também escolhido pela Junta de Freguesia de Loriga.

Geologia
A formação geológica do Vale de Loriga, onde está situada a vila com o mesmo nome, está diretamente relacionada com a formação da própria Serra da Estrela e por isso uma coisa não se pode dissociar da outra. Para que se entenda melhor, é necessário saber como se formou a Serra da Estrela e nela o espaço que hoje abrange a freguesia de Loriga. A Serra da Estrela faz parte da forte identidade de Loriga, esta vila está situada perto do ponto mais alto da serra e a única estância de esqui existente em Portugal está localizada em Loriga, tudo isto ajuda a justificar que uma estrela de ouro seja uma das peças do brasão desta vila.

Origens da povoação
Loriga foi fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Antes da nacionalidade
Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua de Viriato, herói lusitano que a tradição local encontra origem nesta antiquíssima povoação. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade, situada na área mais antiga do centro histórico da vila, recorda algumas das características urbanas da época medieval.

A tradição local e diversos antigos documentos apontam Loriga como berço de Viriato, e no início do século XX existiu mesmo um movimento loricense para lhe erigir uma estátua na vila, e que infelizmente não chegou a concretizar-se. O documento mais conhecido, embora não seja o mais antigo, que fala da tradição de Loriga ser apontada como terra-natal de Viriato, é o livro manuscrito História da Lusitânia, escrito pelo Bispo Mor do Reino em 1580. O livro manuscrito História da Lusitânia, do Bispo Mor do Reino, 1580, está entre os diversos documentos que falam de Loriga como berço de Viriato, este é o mais curioso, havendo outros sendo que o mais antigo conhecido data de 1139. Chegou a haver um projeto de construção de um monumento a Viriato em Loriga, uma ideia que infelizmente não se concretizou, mas a antiga e documentada tradição que liga Loriga a Viriato é recordada no nome da principal rua da área mais antiga do centro histórico da vila, e mais recentemente no evento Loriga Vila Lusitana, inspirado na obra e nas ideias do historiador António Conde. A atual Rua de Viriato, na parte mais antiga do centro histórico da vila, no troço compreendido entre as antigas sedes do G.D.L. e da Casa do Povo, corresponde exatamente a parte da linha defensiva da antiga povoação lusitana.

A estrada romana e uma das duas pontes, ainda existente sobre a Ribeira de Loriga, e com as quais os romanos ligaram Lorica, pertencente à então Lusitânia, ao restante império, merecem destaque. A outra ponte existia sobre a Ribeira de São Bento, ruiu no século XVI após uma grande cheia, e estava situada aproximadamente no mesmo local onde atualmente existe a ponte que ficou conhecida por Ponte do Arrocho, construída em finais do século XIX.

O Bairro de São Ginês (alcunha dada pelos loriguenses a São Gens) é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora do Carmo, uma antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo. São Gens é um santo de origem céltica, martirizado em Arles na Gália,no tempo do imperador Diocleciano. Com o passar dos séculos, os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, talvez por ser mais fácil de pronunciar.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de São Ginês (alcunha dada pelos loricenses a São Gens) existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo, e que atualmente é dedicada a Nossa Senhora do Carmo.

Século XII à actualidade
Loriga teve a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa, no século XIX e esse facto contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855, após a aplicação do plano de ordenamento territorial levado a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

Loriga é uma paróquia antiga, outrora pertencente à Diocese Egitanense na época visigótica, no início da nacionalidade pertencia á Vigariaria do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir, em 1233, pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era o de Santa Maria Maior, e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo visigótico, também dedicado a Nossa Senhora, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro, foi nessa pedra que gravaram a data da construção (1233). De estilo românico, com três naves, com dimensões idênticas ás atuais, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais e outra alvenaria. Agora que a igreja matriz está liberta do reboco exterior que infelizmente durante muitos anos a cobriu, a alvenaria ajuda a revelar a antiguidade e as alterações feitas ao longo dos mais de oitocentos anos de história deste templo, incluíndo as alterações mais drásticas efetuadas após o terramoto de 1755.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã, outra localidade serrana muito afetada, não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial, ligada ao sector têxtil, desde a primeira metade do século XIX, sendo a evolução de uma atividade que já existia em moldes artesanais no século XIII. As primeiras fábricas começaram a funcionar em intalações já existentes e entretanto adaptadas e que foram evoluíndo até que foram construídas as primeiras fábricas de raíz. Loriga chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e Seia, a atual sede de concelho, só conseguiu suplantá-la já em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luís Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, entre outras, fazem parte da história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, um dos mais destacados industriais loriguenses. As primeiras fábricas usavam a roda hidráulica como fonte de energia, que era transmitida através de longos veios, com tambores e correias. A roda hidráulica é pois o símbolo maior da indústria loriguense (que fez destacar ainda mais esta vila na região) e é também o símbolo da história e das origens dessa indústria, e por isso o brasão de Loriga tem duas rodas hidráulicas.

A indústria dos lanifícios entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado, fator que contribuiu para agravar e acelerar gravemente a progressiva desertificação da Vila, facto que afeta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido a um deficiente ordenamento do território. De sublinhar que a antiga indústria textil, surgida no início do século XIX em contexto da chamada revolução industrial, acabou por provocar o nascimento de outros tipos de indústria em Loriga. Com o turismo a ganhar cada vez mais relevância atualmente a economia loriguense basea-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, a agricultura e pastorícia, estes dois últimos com uma importância reduzida. O turismo jamais será suficiente para sustentar uma população com níveis aceitáveis para uma povoação que tem a categoria de vila, como é o caso de Loriga. Quem tem seis ou mais décadas de idade e gosta de Loriga sente uma grande dor ao ver o estado a que esta vila chegou, uma vila que já teve uma população que se contava aos milhares.

A área onde existem as freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, que até Outubro de 1855 faziam parte do Município Loriguense, constituíram as freguesias fundadoras da Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede na vila de Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na área da freguesia de Loriga.

Brasão
O brasão de Loriga é constituído por um escudo de azul, uma Loriga que tem de cada lado uma roda hidráulica, e em chefe uma estrela de ouro; em campanha, monte de dois cômoros de prata, movente dos flancos e da ponta, carregado de uma gémina ondada de azul. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel de prata com a legenda a negro " LORIGA ". A bandeira é esquartelada de azul e branco. Toda esta heráldica de Loriga foi desenhada pelo historiador António Conde e tem aprovação garantida pelas autoridades competentes desde o século passado. Todos quantos percebem de heráldica autárquica portuguesa (incluindo as autoridades competentes da Comissão de Heráldica da AAP) e conhecem pelo menos minimamente a história de Loriga, concordam que a Loriga (Lorica, couraça, armadura), a Estrela e a Roda Hidráulica são a melhor simbologia para o brasão desta vila, independentemente das cores das peças e da arrumação que elas tenham no brasão de Loriga, nem cruzes nem carretos/carretes (rodas dentadas) fazem parte do brasão desta vila. O logotipo de Loriga é o segundo, o primeiro logotipo também foi desenhado pelo historiador António Conde e tem a mesma simbologia, e a aprovação desse logotipo pela Junta de Freguesia de Loriga é a confirmação do reconhecimento por parte da autarquia de que a Loriga (Lorica, couraça, armadura) é a peça principal do brasão da vila.

Vila de LORIGA
É preciso sublinhar o facto de que nenhuma povoação portuguesa foi despromovida da sua categoria, seja ela de vila ou de cidade. As antigas vilas, a maioria erradamente tratadas por aldeias e apenas algumas tratadas por aldeias históricas, deixaram de ser sedes de concelho após a reforma efetuada no século XIX, mas nunca foram despromovidas de vilas para aldeias apesar de a categoria de vila estar associada a sede de município. E é também por nunca ter havido essa despromoção que as antigas vilas, hoje erradamente tratadas por aldeias, têm o direito de terem um brasão com uma coroa mural de quatro torres, tal como qualquer vila, seja ela histórica ou moderna.

Os forais elevavam as aldeias à categoria de vila, e quando existiam vários forais (é o caso de Loriga) cada novo foral concedido significava a confirmação dessa categoria de vila. Portanto, no caso das vilas históricas é errado chamar "elevação a vila" porque essa erradamente chamada "elevação" não passa de uma confirmação da categoria de vila que têm desde a primeira concessão de foral. Se essa vila histórica tiver mais do que um foral então essa "elevação a vila" não passa de apenas mais uma confirmação da categoria de vila. A elevação a vila só existe de facto se a localidade nunca recebeu qualquer foral, portanto nunca foi elevada a vila, ou seja trata-se de uma vila moderna.

Também existem cidades históricas e cidades modernas e aqui aplica-se a mesma lógica, no caso das cidades históricas o estatuto de cidade existe desde que foram elevadas a essa categoria no passado. Existem cidades e vilas que não são sedes de concelho, a categoria da povoação não implica que esta tenha o estatuto de município.

Ainda que entretanto desapareçam as condições que levaram à elevação a vila ou a cidade, a promoção e a categoria permanecem, a menos que saia uma lei a decretar a despromoção, algo que nunca aconteceu.

Loriga é uma vila histórica, portanto é um dos casos em que não houve elevação a vila, o que de facto aconteceu em 1989 foi a confirmação da categoria de vila, a anterior confirmação aconteceu em 1514 com o foral novo de D. Manuel I. É a confirmação da categoria de vila que os Loriguenses festejam e devem festejar, tal como já a festejaram no passado, antes de 1989.

Créditos
História de Loriga, com extratos da obra do historiador António Conde "História concisa da vila de Loriga - Das origens à extinção do município", publicados no site o?cial da Junta de Freguesia de Loriga, no ali citado site Terras de Portugal - Memória Portuguesa, na Wikipédia, o artigo foi criado pelo historiador António Conde, em muitos outros sites em muitas outras publicações, e mais informação sobre a vila. Este grande Loriguense pesquisa a história de Loriga há décadas, á custa de muito sacrifício e de muitas despesas pessoais, criando uma riquissima obra, da qual se podem ler extratos em muitos sites e em muitas outras publicações, incluíndo o site oficial da Junta de Freguesia de Loriga e no ali citado site Terras de Portugal - Memória Portuguesa, assim como também nos artigos sobre Loriga em inglês e em português existentes na Wikipédia e que foram criados por ele. António Conde age, faz, critica o que está mal apresentando sempre soluções, ama apaixonadamente a sua terra e é alérgico á hipocrisia e ás feiras de vaidades. O eficiente, apesar de discreto, mas fortemente documentado trabalho de pesquisa e divulgação que o historiador António Conde tem feito há décadas, tem dado os seus frutos, e grande parte da informação sobre Loriga divulgada por aí deve-se á iniciativa deste grande Loriguense. Este grande Loriguense criou uma riquissima e extensa obra á qual chamou, História concisa da vila de Loriga - Das origens á extinção do município. António Conde age, faz, critica o que está mal apresentando sempre soluções, defende apaixonadamente a sua terra, contribuíu ativamente para o desenvolvimento da sua querida terra-natal, a sua intensa luta por Loriga está fortemente documentada e já foi publicamente elogiada, incluíndo no jornal Garganta de Loriga do qual foi colaborador durante anos. Loriga deve muito a António Conde, um Loriguense de grande cultura, com muitas e diversificadas capacidades, com um QI superior à média, fazendo portanto parte de uma priviligiada minoria. Para além da sua restante obra por Loriga António Conde também desenhou a heráldica de Loriga com aprovação garantida pelas autoridades legalmente competentes, ou seja a Comissão de Heráldica da AAP, sendo considerada a melhor heráldica para esta vila ele desenhou dezenas de outras propostas alternativas, contendo todas a simbologia considerada ideal para Loriga. É um Loriguense de causas, sempre atento ao que se passa na sua querida terra-natal, sempre lutando coerentemente pelo desenvolvimento e pela divulgação de Loriga, não se coibindo de denunciar quem prejudica esta bela e histórica vila, autoridade é aliás e portanto coisa que não lhe falta, começando pela autoridade moral.

LORIGA@site2002

[A bandeira e o brasão são os símbolos de um povo e de um território, mas a heráldica só é realmente representativa se o povo se identificar com os símbolos heráldicos, caso contrário jamais serão respeitados e portanto serão sempre vergonhosos. Ninguém, nenhum grupo tem o direito de impor símbolos heráldicos que sejam detestados pelos Loriguenses porque não honram a sua imagem nem a imagem de Loriga, e ainda que símbolos heráldicos vergonhosos sejam "legalizados" os Loriguenses não são obrigados a aceitá-los, ao contrário do que dizem os responsáveis por esta vergonha! Os Loriguenses não aceitam que um carreto/carrete (roda dentada) seja apontado como sendo o grande símbolo de Loriga, destacado num vergonhoso e ridículo brasão que por isso é motivo e alvo de chacota, sendo conhecido por Brasão da Vila de Carreto, e façam um referendo se alguém duvidar que os Loriguenses não aceitam! Este grupo e este tipo de gente tem vergonha do nome desta vila, e principalmente por isso em 2002 quiseram substituír a Loriga por uma cruz e tirar as rodas hidráulicas do brasão, esse brasão ficou conhecido por Brasão da Vila de Cruz e também foi rejeitado pelos Loriguenses. Em 2018, quiseram substituír a Loriga por um carreto e tirar as rodas hidráulicas e a estrela, a eliminação da estrela no brasão também gerou revolta e rejeição. Já bastam as longas décadas em que o mesmo grupo e o mesmo tipo de gente tem andado inpunemente e inutilmente a impor uma ilegal aberração heráldica ao mesmo tempo que têm maltratado quem se opôe a toda esta vergonha que tem arrasado a imagem de Loriga e a imagem dos Loriguenses!]

Loriga is a historic town in Portugal with a history that dates back over 2,600 years. The town's name comes from the Latin word lorica, which means "armor".

Founding

The town was founded more than 2,000 years ago.

The site was chosen for its defensibility, water supply, and pasturelands.

The Lusitanians settled the town.

Roman occupation

The Romans called the town Lorica.

The town was part of the Roman province of Lusitania.

A 1st-century Roman road connected Lorica to the rest of the province.

Visigothic occupation

The Visigoths appropriated some small homes in the Bairro de São Ginês or Genês to build a chapel.

Notable people

Viriathus, a famous Lusitanian leader and Portuguese national hero, is known to have been from Loriga.

Coat of arms

The town's coat of arms features the lorica (armor).

The official coat of arms of Loriga is a blue shield with the following features:

A red, silver-adorned Loriga (armor)

Two black hydraulic wheels on a silver background

A gold star in the center

A pile of two silver bunds with a blue-waved twin at the base

A silver mural crown with four towers on top of the shield

A silver listel with the black legend "LORIGA"

The historian António Conde designed the coat of arms, which has been approved by the relevant authorities for the past century.

LORICA, ancient name of LORIGA, PORTUGAL

Loriga is an ancient, beautiful and historical portuguese town, located in the Serra da Estrela mountains.

With the denomination loriguense or loricense, notable people from Loriga include Viriathus ( known as Viriato in Portuguese ), a famous Lusitanian leader and Portuguese national hero.

Known to be settled by the Lusitanians, known as Lorica by the Romans, the town is more than 2600 years old and was part of the Roman province of Lusitania. From the latin Lorica (armor) came Loriga, the two words have the same meaning. The Loriga (armor) is the main piece of the town's coat of arms.

Loriga was the municipal seat since the 12th century, receiving forals in 1136 (João Rhânia, master of the Terras de Loriga for around two decades, during the reign of Afonso Henriques), 1249 (during the reign of Afonso III), 1474 (under King Afonso V) and finally in 1514 (by King Manuel I).

- Official coat of arms of Loriga - The Coat of Arms of Loriga is a blue shield with a Loriga (Lorica, armor) in red, adorned with silver, and two hydraulic wheels in black on a silver background. There is a gold star in the center and a pile of two silver bunds laden with a blue-waved twin in the base. The shield is topped with a silver mural crown with four towers. Silver listel with the black legend "LORIGA". The flag is quartered in blue and white. All this Loriga‘s heraldry was designed by the historian António Conde and has been approved by the competent authorities since the last century. Loriga’s logo is the second, the first logo was also designed by António Conde and has the same symbology.

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Loriga
Loriga (Portuguese pronunciation: [lo??i??]) is a civil parish (Portuguese: freguesia) and town in south-central part of the municipality of Seia, in central Portugal. Part of the district of Guarda, it is 20 km away from the city of Seia, 40 km away from Viseu, 80 km away from Guarda and 320 km from Lisbon, nestled in the Serra da Estrela mountain range. The area is 36.52 km², including the two localities, the town of Loriga and the village of Fontão.

History

Loriga was founded along a column between ravines where today the historic centre exists. The site was ostensibly selected more than 2600 years ago, owing to its defensibility, the abundance of potable water and pasturelands, and lowlands that provided conditions to practice both hunting and gathering/agriculture.

When the Romans arrived in the region, the settlement was concentrated into two areas. The larger, older and principal agglomeration was situated in the area of the main church and Rua de Viriato, fortified with a wall and palisade. The second group, in the Bairro de São Ginês, were some small homes constructed on the rocky promintory, which were later appropriated by the Visigoths in order to construct a chapel. The Roman road and two bridges (the second was destroyed in the 16th century after flooding in the Ribeira de São Bento) connected the outpost of Lorica to the rest of their Lusitanian province. The São Ginês' neighbouhood (São Gens), a local ex-libris, is the location of the chapel of Nossa Senhora do Carmo, an ancient Visigothic chapel.

Middle Ages

Loriga was the municipal seat since the 12th century, receiving Forals in 1136 (João Rhânia, master of the Terras de Loriga for over two decades, during the reign of Afonso Henriques), 1249 (during the reign of Afonso III), 1474 (under King Afonso V) and finally in 1514 (by King Manuel I).

Loriga was an ecclesiastical parish of the vicarage of the Royal Padroado and its Matriz Church was ordered to construct in 1233, by King Sancho II. This church, was to the invocation of Santa Maria Maior, and constructed over the ancient small Visigothic chapel (there is a lateral block with Visigoth inscriptions visible). Constructed in the Romanesque-style it consists of a three-nave building, with hints of the Old Cathedral of Coimbra. This structure was destroyed during the 1755 earthquake, and only portions of the lateral walls were preserved.

Monarchy

The 1755 earthquake resulted in significant damage to the town of Loriga, destroying homes and the parochial residence, in addition to opening-up cracks and faults in the town's larger buildings, such as the historic municipal council hall (constructed in the 13th century). An emissary of the Marquess of Pombal visited Loriga to evaluate the damage (something that did not happen in other nearby biggest parishes, like Covilhã) and provide support.

The residents of Loriga supported the Asolutionist forces of the Infante Miguel of Portugal against the Liberals, during the Portuguese Liberal Wars. It ceased to be the seat of a municipality in 1855 after the application of a territorial planning carried out during the XIX century, interestingly the same plan that gave rise to the Districts.

At the time of its municipal demise (October 1855), the municipality of Loriga included the parishes of Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim and Vide, as well as thirty other disincorporated villages.

Loriga was an industrial centre for textile manufacturing during the 19th century. It was one of the few industrialized centres of the region, even supplanting Seia until the middle of the 20th century. Only Covilhã out-performed Loriga in terms of businesses operating from its lands; companies such as Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luís Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral and Lorimalhas, among others. The main roadway in Loriga, Avenida Augusto Luís Mendes, is named for one of the villages most illustrious industrialists. The wool industry started to decline during the last two decades of the 20th century, a factor that aggravated and accelerated the decline of the region.

Geography

Known locally as the "Portuguese Switzerland" due to its landscape that includes a principal settlement nestled in the mountains of the Serra da Estrela Natural Park. It is located in the south-central part of the municipality of Seia, along the southeast part of the Serra, between several ravines, but specifically the Ribeira de São Bento and Ribeira de Loriga; it is 20 kilometres from Seia, 80 kilometres from Guarda and 300 kilometres from the national capital (Lisbon). A main town is accessible by the national roadway E.N. 231, that connects directly to the region of the Serra da Estrela by way of E.N.338 (which was completed in 2006), or through the E.N.339, a 9.2 kilometre access that transits some of the main elevations (960 metres near Portela do Arão or Portela de Loriga, and 1650 metres around the Lagoa Comprida).

Economy

The region is carved by U-shaped glacial valleys, modelled by the movement of ancient glaciers. The main valley, Vale de Loriga was carved by longitudinal abrasion that also created rounded pockets, where the glacial resistance was minor. Starting at an altitude of 1991 metres along the Serra da Estrela the valley descends abruptly until 290 metres above sea level (around Vide), passing villages such as Cabeça, Casal do Rei and Muro. The central town, Loriga, is seven kilometres from Torre (the highest point), but the parish is sculpted by cliffs, alluvial plains and glacial lakes deposited during millennia of glacial erosion, and surrounded by rare ancient forest that surrounded the lateral flanks of these glaciers.

Textiles are the principal local export; Loriga was a hub the textile and wool industries during the beginning-19th century, in addition to being subsistence agriculture responsible for the cultivation of corn. The Loriguense economy is based on metallurgical industries, bread-making, commercial shops, restaurants and agricultural support services.

While that textile industry has since dissipated, the town began to attract a tourist trade due to its proximity to the Serra da Estrela and Vodafone Ski Resort (the only ski center in Portugal), which was constructed totally the parish limits.

Loriga is a historic town in Portugal with a history that dates back over 2,600 years. The town's name comes from the Latin word lorica, which means "armor".

Founding

The town was founded more than 2,000 years ago.

The site was chosen for its defensibility, water supply, and pasturelands.

The Lusitanians settled the town.

Roman occupation

The Romans called the town Lorica.

The town was part of the Roman province of Lusitania.

A 1st-century Roman road connected Lorica to the rest of the province.

Visigothic occupation

The Visigoths appropriated some small homes in the Bairro de São Ginês or Genês to build a chapel.

Notable people

Viriathus, a famous Lusitanian leader and Portuguese national hero, is known to have been from Loriga.

Coat of arms

The town's coat of arms features the lorica (armor).

Loriga's Coat of Arms

The coat of arms of Loriga, Portugal is a blue shield with the following features:

A red, silver-adorned Loriga (armor)

Two black hydraulic wheels on a silver background

A gold star in the center

A pile of two silver bunds with a blue-waved twin at the base

A silver mural crown with four towers on top of the shield

A silver listel with the black legend "LORIGA"

A quartered flag in blue and white

The coat of arms was designed by historian António Conde and has been approved by the relevant authorities for the past century.

- Official coat of arms of Loriga - The Coat of Arms of Loriga is a blue shield with a Loriga (Lorica, armor) in red, adorned with silver, and two hydraulic wheels in black on a silver background. There is a gold star in the center and a pile of two silver bunds laden with a blue-waved twin in the base. The shield is topped with a silver mural crown with four towers. Silver listel with the black legend "LORIGA". The flag is quartered in blue and white. All this Loriga‘s heraldry was designed by the historian António Conde and has been approved by the competent authorities since the last century. Loriga’s logo is the second, the first logo was also designed by António Conde and has the same symbology.

Loriga@site2002

History of Loriga - Excerpts from the work of the historian António Conde, "Concise History of the town of Loriga - From the Origins to the extinction of the municipality", and Loriga on Wikipedia - Article created by the historian António Conde.

[The flag and the coat of arms are the symbols of a people and a territory. But heraldry is only really representative if the people identify themselves with the heraldic symbols, otherwise they will never be respected and therefore will be shameful. No one, no group has the right to impose heraldic symbols that are detested by the population, that are little or not at all representative and that are therefore shameful. Even if these heraldic symbols have been "legalized" by those who idealized them, the people of Loriga are not obliged to accept what they hate, and if anyone doubts that they hate it, hold a referendum! Enough are the long decades in which the same group and the same type of people have been inpunegently and uselessly imposing an illegal heraldic aberration while mistreating those who oppose all this shame that has devastated the image of Loriga and the image of the people of Loriga. The people of Loriga do not accept that a carreto (cogwheel) is pointed out as being the great symbol of Loriga, highlighted in a shameful and ridiculous coat of arms, motif and laughing stock, known as the Coat of Arms of the Village of Cogwheel. This group and this type of people is ashamed of the name of this village, and mainly for this reason in 2002 they wanted to replace Loriga with a cross and remove the hydraulic wheels from the coat of arms, this coat of arms became known as the Coat of Arms of the Village of Cross and was also rejected by the Loriguenses. In 2018, they wanted to replace the Loriga with a cogwheel and remove the hydraulic wheels and the star, the elimination of the star on the coat of arms also generated revolt and rejection.]

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Informação sobre a bela e histórica vila de Loriga e História de Loriga – Extratos da obra do historiador António Conde, "História concisa da vila de Loriga – Das origens à extinção do município", publicados no site oficial da Junta de Freguesia de Loriga e no ali citado site Terras de Portugal - Memória Portuguesa, na Wikipedia, o artigo sobre Loriga foi criado po historiador António Conde, e em muitos outros sites e em muitas outras pblicações.

LORIGA
LORICA LUSITANORUM CASTRUM EST - LORICA LUSITANORUM CIVITAS EST - História concisa de Loriga

Loriga (pron.PT [lo'?ig?]) é uma vila e freguesia portuguesa do município de Seia, distrito da Guarda, na província da Beira Alta, região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem 36,52 km² de área e 848 habitantes (censo de 2021), a sua densidade populacional é de 23,2 hab./km² e tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga encontra-se a 80km da Guarda e 300km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231, e tem acesso à Torre pela EN 338, seguindo um traçado projetado décadas atrás, com um percurso de 9.2 km de paisagens deslumbrantes, entre as cotas 960m (Portela de Loriga) e 1650m, acima da Lagoa Comprida onde entronca com a EN 339. A àrea urbana da vila encontra-se a uma altitude que varia entre os 770m e os 1200m.

Gentílico: Loriguense ou Loricense

Orago: Santa Maria Maior (orago da Igreja Matriz e padroeira da vila de Loriga e dos loriguenses pelo menos desde o século XIII)

Código Postal: 6270 - _ _ _ Loriga

Loriga (pron.PT [lo'?ig?]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda, na província da Beira Alta, região do Centro e sub-região da Serra da Estrela. Tem 36,52 km² de área e uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Há décadas foi chamada a "Suíça Portuguesa" devido às características da sua belíssima paisagem. Está situada a partir de 770m de altitude, rodeada por montanhas, todas com mais de 1500m de altitude das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento, as quais se unem depois da E.T.A.R. da vila. A Ribeira de Loriga é um dos maiores afluentes do Rio Alva.

O centro histórico da vila está situado na colina entre as ribeiras de Loriga e de São Bento, onde foi fundada a povoação há mais de 2600 anos. Os motivos da escolha do local são óbvios até para quem tem conhecimentos rudimentares. Dada a antiguidade da povoação e da presença humana neste imponente Vale Glaciar de Loriga, foi, é e será normal a descoberta de vestigios arqueológicos em vários locais, até porque tal como hoje existe intervenção humana á volta da vila, o mesmo acontecia á volta da povoação existente no tempo dos lusitanos e dos romanos. Até o traçado da antiga estrada romana aponta para a já existência da povoação neste local. Teorias estúpidas, tais como a do nascimento e ou passagem de Loriga por outros locais, tais como o chamado Chão do Soito, não têm portanto qualquer cabimento, são demonstrativas da ignorância de quem as defende, e são também um atestado de atrasados mentais passado aos fundadores da povoação. Aliás, os ignorantes que infelizmente nasceram nesta bela e histórica vila, são especialistas em maltratar a imagem desta vila e a imagem dos seus conterrâneos, e em colocar tudo em causa; Colocam em causa o local da fundação de Loriga, o seu nome, a sua história, o seu património, a sua antiguidade (passando pela antiguidade do seu estatuto de vila e pela antiguidade da sua indústria têxtil) a sua padroeira, padroeira dos loriguenses e orago da igreja matriz, o seu gentílico, a sua heráldica, etc.

Vila

A vila está dotada de uma ampla gama de infrastrutras,como por exemplo, a Escola C+S Dr. Reis Leitão, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense - Banda Filarmónica de Loriga, fundada em 1905, o corpo de Bombeiros Voluntários de Loriga, cujos serviços se desenvolvem na àrea do antigo Município Loricense, a Casa de Repouso Nossa Senhora da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, a Associação Loriguense de Apoio Terceira Idade, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, Posto da GNR, Correios, serviços bancários, farmácia, Escola EB1, Escola EB23 e pré-escolar, praia fluvial, estância de esqui (única em Portugal), etc .

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, com a tradicional fogueira e os típicos doces e outras iguarias loriguenses da época. Na Páscoa, além da tradicional visita pascal destaca-se a Amenta das Almas, cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos, por altura da Quaresma mas também na época do Dia de Todos os Santos e de Finados. Celebram-se também as festas em honra de Santo António (durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto e concorrido das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nossa Senhora da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. Recorda-se a propósito que, ao contrário do que erradamente alguns dizem e escrevem por aí, a padroeira da vila de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria Maior, e por isso é o orago da Igreja Matriz e da paróquia desde o século XIII, tratando-se de uma questão de fé, uma questão de verdade, uma questão de história, e uma questão de respeito pela história e pela identidade histórica de Loriga. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nossa Senhora da Ajuda, na bela aldeia de xisto de Fontão de Loriga.

A gastronomia loriguense faz parte daquela que é considerada a mais típica e rica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual conhecida localmente por "Calhorras"), o cabrito no forno, a broa de milho (a verdadeira e afamada broa típica de Loriga é branca, cozida em forno de lenha e não tem farinha de qualquer outro cereal), queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o afamado queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro, etc. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram e são elaboradas para celebrar a Páscoa e o Natal. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o famoso Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga, aliás estas duas delícias loriguenses estiveram entre as finalistas das 7 Maravilhas gastronómicas de Portugal. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

A famosa praia fluvial de Loriga foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul; desde Junho de 2012 que tem recebido a bandeira "Qualidade Ouro", atribuída pela Quercus. Ambas as bandeiras foram inicialmente hasteadas no dia 24 de Junho de 2012. No dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Acordos de geminação: Loriga celebrou acordo de geminação com: A vila, actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.

História concisa da vila de Loriga

Lorica, foi o nome dado pelos Romanos a Lobriga (nome Lusitano), povoação que foi, nos Hermínios (actual Serra da Estrela), um forte bastião lusitano contra os invasores romanos. Os Hermínius foram a maior fortaleza lusitana e Lorica situada no coração dessa fortaleza, perto do ponto mais alto. Lorica, do latim, é nome de antiga couraça guerreira, de que derivou Loriga, com o mesmo significado. Os próprios soldados e legionários romanos usavam Lorica. Os Romanos puseram-lhe tal nome, devido à sua posição estratégica na serra, e ao seu protagonismo durante a guerra com os Lusitanos (* LORICA LUSITANORUM CASTRUM EST). É um caso raro em Portugal de um nome que se mantém praticamente inalterado há mais de dois mil anos, sendo altamente significativo da antiguidade e da história da povoação (também por isso e porque os Loriguenses têm orgulho do nome da sua terra, a couraça é a peça central e principal do brasão e do logotipo desta bela e histórica vila).

A armadura Lorica / Loriga é a origem do nome da vila, e a origem do gentílico Loricense / Loriguense e a peça principal e imprescindível do brasão da vila. Loriga orgulha-se do seu nome milenar, um caso raro de um nome que se mantem praticamente inalterado há mais de dois mil anos. Embora alguns "loriguenses" não gostem, neguem e tenham vergonha do nome da sua terra (e por isso não gostam de ver a Lorica/Loriga no brasão nem no logotipo da vila), a realidade é que esta vila tem nome de couraça, armadura. A história, a etimologia e a filologia dizem que Loriga deriva de Lorica, palava do latim que tem exatamente o mesmo significado, consequentemente o gentílico Loricense é o mesmo que Loriguense.

Em Loriga existe uma sepultura antropomórfica com mais de 2600 anos conhecida há séculos po Caixão da Moura porque, quando foi redescoberta no século XIV, foi erradamente atribuída aos mouros.

A povoação foi fundada estratégicamente no alto de uma colina, entre duas ribeiras, num belo vale de origem glaciar. Desconhece-se, como é evidente, a longínqua data da sua fundação, mas sabe-se que a povoação existe há mais de dois mil e seiscentos anos, e que surgiu originalmente no mesmo local onde hoje está o centro histórico da vila, na colina entre as ribeiras de Loriga e de São Bento. No Vale de Loriga, onde a presença humana é um facto há mais de cinco mil anos, existem actualmente, além da vila, as aldeias de Cabeça, Muro, Casal do Rei, e Vide.

Da época pré-romana existe, por exemplo uma sepultura antropomórfica com mais de dois mil anos, num local onde existiu um antigo santuário, numa época em que o nome da povoação era Lobriga, etimologia de evidente origem céltica. Lobriga, foi uma importante povoação fortificada, Celta e Lusitana, na serra.

A tradição local, e diversos antigos documentos, apontam Loriga como tendo sido berço de Viriato, que terá nascido nos Hermínios onde foi pastor desde criança. É interessante a descrição existente no livro manuscrito História da Luzitânia, do Bispo-Mor do Reino (1580): "…Sucedeu o pastor Viriato, natural de Lobriga, hoje a villa de Loriga, no cimo da Serra da Estrêla, Bispado de Coimbra, ao qual, aos quarenta annos de idade, aclamarão Rey dos Luzitanos, e casou em Évora com huma nobre senhora no anno 147…".

Entre os diversos documentos que falam de Loriga como berço de Viriato, este é o mais curioso, havendo outros sendo que o mais antigo conhecido data de 1139. Chegou a haver um projeto de construção de um monumento a Viriato em Loriga, uma ideia que infelizmente não se concretizou, mas a antiga e documentada tradição que liga Loriga a Viriato é recordada no nome da principal rua da área mais antiga do centro histórico da vila, e mais recentemente no evento Loriga Vila Lusitana, inspirado na obra e nas ideias do historiador António Conde.

Em Loriga andaram guerreiros Celtas, Celtiberos e Lusitanos. Loriga orgulha-se do antigo passado celta e lusitano, e orgulha-se da muito antiga e documentada tradição de ser o berço de Viriato, tendo havido uma projeto de um monumento que infelizmente não se concretizou. Dos documentos conhecidos que falam dessa tradição, o mais conhecido e curioso data de 1580 e o mais antigo data de 1139. A ligação de Loriga a Viriato é há muito tempo recordada no nome da principal rua da área mais antiga do centro histórico da vila e mais recentemente através do evento Loriga Vila Lusitana, inspirado na obra e nas ideias do historiador António Conde.

Em Loriga existe a estrada romana ( século I antes de Cristo ) que mais se destaca na área que por isso ficou conhecida por Calçadas. A estrada romana aponta para a colina entre ribeiras onde a povoação sempre existiu e foi fundada, e está na origem de algumas das principais ruas da área mais baixa e antiga de Loriga, tais como a Rua do Porto, a Rua do Vinhô, parte da Rua de Viriato, a Rua Gago Coutinho e Sacadura Cabral, parte da Avenida Augusto Luís Mendes e a Rua do Teixeiro. É depois desta última mencionada Rua do Teixeiro que pode admirar-se a ponte romana ainda existente sobre a Ribeira de Loriga, a outra ponte romana que existia sobre a Ribeira de São Bento ruíu no século XVI após uma grande cheia provocada por chuvas intensas após um grande nevão, tendo sido substituída em finais do século XIX pela conhecida Ponte do Arrocho ali existente. Os ignorantes confundem a Ponte do Arrocho com a Ponte Romana, trocaram os factos e trocaram as pontes, e estupidamente inventaram uma ponte lego.

A Ponte romana sobre a Ribeira de Loriga foi construida no século I antes de Cristo. Alguns ignorantes trocaram os factos e trocaram as pontes, inventaram uma ridícula "Ponte Lego", ignorando as especificidades de construção de uma ponte em alvenaria, começando pelo arco (não é a mesma coisa que construír um muro de uma "courela"!), e confundem esta ponte com a ponte romana construída na mesma época sobre a Ribeira de São Bento, a qual ruíu no século XVI após uma grande cheia provocada por fortes chuvas que caíram logo após um grande nevão. Até finais do século XIX existiu no mesmo local da Ribeira de São Bento uma travessia de madeira até á construção nessa época da ponte em pedra ali existente e que ficou conhecida por Ponte do Arrocho. Há muito tempo conhecida por Ponte Romana, o que ela é de facto, o argumento mais ridículo usado para negar a antiguidade desta ponte é o facto de em época muito mais recente supostamente um qualquer ignorante a ter chamado Ponte Nova, como se esta ponte tivesse alguma coisa de novo. Na época (finais do século XIX, início do século XX) a Ponte Nova era na realidade a recentemente construída Ponte do Arrocho, na Ribeira de São Bento. Em varias fotos, tiradas e publicadas há muitos anos pelo historiador António Conde, pode ver-se a situação recorrente de desprezo pelo pouco património histórico que ainda resta em Loriga (quem lá passar atualmente vê a mesma vergonha), a vegetação que cobre a alvenaria e que contribui para a degradação deste monumento. )

Ainda hoje existem partes da estrada, e uma das duas pontes (século I a.C.), com que os Romanos ligaram Lorica ao restante império. A ponte romana ainda existente, sobre a Ribeira de Loriga, está em bom estado de conservação, e é um bom exemplar da arquitetura da época.

A estrada romana ligava Lorica a Egitânia (Idanha-a-Velha), Talabara (Alpedrinha), Sellium (Tomar), Scallabis (Santarém), Olisipo (Lisboa) e a Longóbriga (Longroiva), Verurium (Viseu), Balatucelum (Bobadela), Conímbriga (Condeixa) e Aeminium (Coimbra). Era uma espécie de estrada estratégica destinada a ajudar a controlar os montes Hermínios onde viviam tribos lusitanas muito aguerridas.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos separados por poucas centenas de metros. O maior, mais antigo e principal situava-se na àrea onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato, sendo defendido por muros e paliçadas. A Rua de Viriato, na parte entre as antigas sedes do Grupo Desportivo Loriguense e da Casa do Povo, corresponde exatamente a parte do traçado da linha defensiva que rodeava a antiga povoação lusitana. O outro núcleo, constituído apenas por algumas habitações, situava-se mais acima junto a um pequeno promontório rochoso, em cima do qual mais tarde os Visigodos construíram uma ermida dedicada a São Gens.

Com o domínio romano, cresceu a importância de Lorica, uma povoação castreja que recebeu populações de castros existentes noutros locais dos Hermínios, e que entretanto foram abandonados. Isso aconteceu porque esses castros estavam localizados em sítios onde a única vantagem existente era a facilidade de defesa. Sítios que, ao contrário de Lorica, eram apenas um local de defesa e de refúgio temporário, onde as habitações estavam afastadas dos recursos necessários à sobrevivência, tais como àgua, pastos e solos aráveis. Um desses castros abandonados, e que defendia a entrada do vale onde se situava colina onde se erguia Lorica, situava-se no ainda conhecido Monte do Castelo, perto da Portela de Loriga. No século XVIII ainda eram visíveis as ruínas das fundações das habitações de xisto que ali existiram, mas actualmente no local apenas se vêem pedras soltas. A propósito é completamente errada a ideia criada segundo a qual os Lusitanos apenas construíam as suas habitações no cimo dos montes, que deixaram apenas com a chegada dos romanos. Pelo contrário, eles sabiam escolher os melhores locais e a facilidade de defesa não era o único critério. Neste caso os Lusitanos escolheram uma colina rodeada por ribeiras, um local defensável perto de água e da zona mais baixa onde tinham mais recursos para alimentarem os rebanhos e praticarem alguma agricultura. Não é portanto surpreendente a escolha daquele local, foi ali que a povoação foi fundada e foi ali que sempre existiu.

Loriga, foi também importante para os Visigodos, os quais criaram a paróquia e deixaram uma ermida dedicada a S.Gens, um santo de origem céltica, martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano. A ermida sofreu obras de alteração e o orago foi substituído, passando a ser de Nossa Senhora do Carmo. Com a passagem dos séculos, os loricenses passaram a conhecer o santo por S.Ginês, hoje nome de bairro neste local do actual centro histórico da vila. A actual derivação do nome romano, Loriga, começou a ser usada pelos Visigodos, mas só se impôs definitivamente já no século XIII.

A Igreja Matriz tem, numa das portas laterais, uma pedra com inscrições visigóticas, aproveitada de um antigo pequeno templo existente no local quando da construção datada de 1233. A antiga igreja, era um templo românico com três naves, a traça exterior recordava a Sé Velha de Coimbra (embora obviamente com dimensões e monumentalidade inferiores), tinha o teto e abóbada pintados com frescos e, quando foi destruída pelo sismo de 1755, possuía nas paredes, quadros da escola de Grão Vasco. Da primitiva igreja românica do século XIII restam partes das paredes laterais e outra alvenaria.

Desde a reconquista cristã, que Loriga pertenceu à Coroa e à Vigariaria do Padroado Real (exepto num período de cerca de vinte anos no tempo de D.Afonso Henriques em que pertenceu a João Viegas autor do primeiro foral de Loriga), e foi o próprio rei (na época D.Sancho II) que mandou construír a Igreja Matriz, cujo orago era, tal como hoje, de Santa Maria Maior. Na segunda metade do século XII já existia a paróquia de Loriga, que foi criada aliás pelos visigodos pertencendo então á diocese da Egitânia (mais tarde transferida para a Guarda), e os fieis dos então poucos e pequenos lugares ou "casais" dos arredores, vinham à vila assistir aos serviços religiosos. Alguns desses lugares, hoje freguesias, foram, a partir do século XVI, adquirindo alguma autonomia "religiosa" e tornando-se paróquias embora dependentes de Loriga, começando por Alvoco, e seguindo-se Vide, Cabeça e Teixeira.

Na área mais antiga do centro histórico da vila existe um antiquíssimo fontanário, já existente no local na época romana. Este fontanário teve vários aspetos ao longo da história e mesmo ao lado foram encontrados e desprezados vestígios mais antigos da que é conhecida como Fonte do Vale.

A ermida visigótica de São Gens foi reconstruída e com outro orago (Nossa Senhora do Carmo). Sublinha-se o facto de a fachada e a data nela exibida corresponderem á última reconstrução efectuada, e como não existe nada no local que informe sobre a antiguidade deste local de culto, os visitantes ficam com uma ideia errada sobre este monumento. Seria também correto e desejável que houvesse um imagem de São Gens no interior da capela como respeito a este santo que era o anterior orago, recordando assim uma antiga, milenar, desprezada e esquecida devoção.

Os soldados legionários romanos usavam a armadura Lorica / Loriga, origem do nome da vila, origem do gentílico Loricense / Loriguense e a peça principal e imprescindível do brasão da vila. Loriga orgulha-se do seu nome milenar, um caso raro de um nome que se mantem praticamente inalterado há mais de dois mil anos. Embora alguns "loriguenses" não gostem e neguem, a realidade é que esta vila tem nome de couraça, Loriga deriva de Lorica que tem exatamente o mesmo significado, e Loricense é o mesmo que Loriguense.

Existe uma pedra com incrições visigóticas na Igreja Matriz onde foi gravada a data de construção da igreja românica original ( 1233) a qual substituiu um templo visigótico ali existente também dedicado a Nossa Senhora e do qual a pedra foi aproveitada.

Na Igreja Matriz houve uma pequena parte das paredes em alvenaria que resistiu ao terramoto de 1755. Agora que felizmente as paredes foram libertadas do reboco, que durante muito tempo as cobriu, vêem-se com nitidez as alterações feitas ao longo dos séculos, e as diferenças entre os vários tipos de alvenaria.

Existe um fontanário na Rua do Vinhô, para o qual foi aproveitada uma pedra que exibe uma inscrição do século XIII (1200), data que foi recentemente e vergonhosamente alterada para 1900.

Junto do Largo do Reboleiro existem vestígios medievais de uma casa senhorial cuja traça foi alterada mas da qual ainda se destaca a varanda, a qual foi vedada com taipa e está atualmente separada do restante edifício dentro do qual pode ver-se o que resta do antigo acesso. Seria bom, até porque o património histórico não abunda em Loriga porque foi quase todo destruído, que todo o conjunto fosse restaurado devolvendo-o, dentro do possível, á sua antiga aparência voltando a incluír a varanda e limpando as paredes do reboco que as cobrem.

O Pelourinho (século XIII reconstruído, é erradamente indicado numa lápide como sendo do século XVI) está localizado em frente do antigo edifício da Câmara Municipal de Loriga entretanto adaptado para residência particular. Os pelourinhos "manuelinos" (século XVI) distinguem-se facilmente dos mais antigos, aliás felizmente ainda existem exemplares de uns e de outros para fazer comparações, e o antigo pelourinho de Loriga era nitidamente anterior ao século XVI. Infelizmente não existe ali qualquer informação que identifique o edifício onde funcionava a antiga Câmara Municipal de Loriga. De sublinhar que, embora seja louvável a reconstrução do pelourinho, esta não foi feita da forma mais correta, e como se isso não bastasse ainda colocaram uma lápide com informação errada. O antigo pelourinho tinha três degraus na base que era circular, a coluna era oitavada e tinha uma argola de ferro movediça, e no topo tinha uma pedra esculpida com as armas da vila. Embora existam dúvidas sobre todas as peças que constituíam essas antigas armas da vila, a couraça (Loriga) era uma delas assim como uma estrela de sete pontas, e é muito provável que o brasão fosse constituído apenas por essas duas peças. Seja como for a reconstrução devia respeitar pelo menos aquilo que se sabe que é absolutamente certo e que não foi respeitado: coluna oitavada e base circular com três degraus e no topo uma pedra ostentando uma Loriga e uma estrela de sete pontas.

A vila de Loriga, recebeu forais de João Rhânia (João Viegas, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no tempo de D. Afonso Henriques) em 1136, de D.Afonso III em 1249, de D.Afonso V em 1474, e recebeu foral novo de D.Manuel I em 1514.

Com D. Afonso III, a vila recebeu o primeiro foral régio (dado diretamente pelo rei), e em 1474, D. Afonso V doou Loriga ao fidalgo Àlvaro Machado, herdeiro de Luís Machado, que era também senhor de Oliveira do Hospital e de Sandomil, doação confirmada em 1477, e mais tarde por D.Manuel I. No entanto, após a morte do referido fidalgo, a vila voltou definitivamente para os bens da Coroa. No século XII, o concelho de Loriga abrangia a àrea compreendida entre a Portela de Loriga (hoje também conhecida por Portela do Arão) e a área em redor das Pedras Lavradas, incluindo as àreas das actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Teixeira, e Vide. Cabeça pertenceu ao concelho (desde o século XII), à paróquia (desde o século VI) e à freguesia de Loriga e durante muitos anos foi conhecida como São Romão do Casal da Cabeça. Foi elevada a freguesia por alvará do rei D. João VI em 13 de janeiro de 1800. Em 12 de maio de 1806 teve a desanexação da paróquia de Loriga. Até 1855 pertenceu ao concelho de Loriga. Na primeira metade do século XIX, em 1836, o concelho de Loriga passou também a incluír Valezim e Sazes da Beira. Valezim, actual aldeia histórica, recebeu foral em 1201, e o concelho foi extinto em 1836, passando a pertencer ao de Loriga. Alvoco da Serra recebeu foral em 1514 e Vide gozou de alguma autonomia no século XVII e foi elevada a paróquia, mas sem nunca ter recebido foral ou categoria de vila e isso reflete-se no seu brasão que tem apenas três torres, portanto na prática nunca deixou de estar sob a administração do município loriguense, mas voltaram a ser incluídas plenamente no concelho de Loriga em 1828 e 1834 respectivamente, também no início do século XIX. As sete freguesias que ocupam a àrea do antigo município loricense, constituem actualmente a denominada Região de Loriga. Essas freguesias constituiram também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede na vila de Loriga.

Loriga, é uma vila industrializada (têxtil) desde o início do século XIX, quando "aderiu" à chamada revolução industrial, mas, no século XIV já os loricenses produziam bureis e outros panos de lã. Loriga, chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu ultrapassá-la em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga em número de empresas. Demonstrativo da genialidade dos loricenses, é que tudo isso aconteceu apesar dos acessos difíceis à vila, os quais até à década de trinta do século XX, se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, contruída no século I antes de Cristo. Nomes de empresas, tais como Regato, Fândega, Leitão & Irmãos, Redondinha, Tapadas, Augusto Luís Mendes, Moura Cabral, Lorimalhas, Lages Santos, Nunes Brito, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A maior e principal avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loricenses.

É preciso sublinhar o facto de que as primeiras instalações industriais que surgiram em Loriga, na primeira metade do século XIX, funcionavam em edifícios já existentes e que foram sendo adaptados e ampliados, só mais tarde começaram a funcionar as primeiras fábricas criadas de raíz. Os edifícios fabris, alguns de grandes dimensões, foram construídos em alvenaria como era usual na época, um trabalho muito mais moroso do que acontece atualmente quando se trata de erigir instalações industriais. Portanto é correto afirmar sem qualquer dúvida que Loriga é uma vila industrializada desde o início do século XIX, tendo havido uma adaptação rápida de uma atividade que já existia há séculos em moldes artesanais.

Mais tarde, a metalurgia,a pastelaria, e mais recentemente, o turismo (Loriga tem enormes potencialidades turisticas), passaram a fazer parte dos pilares da economia da vila.

Outra prova do génio loricense é um dos exlíbris de Loriga, os inúmeros socalcos e a sua complexa rede de irrigação, construídos ao longo de muitas centenas de anos, e que transformaram um vale belo mas rochoso, num vale fértil.

Leitão & Irmãos e Regato são duas das antigas unidades industriais de Loriga, criadas de raíz no século XIX. A chamada revolução industrial chegou a Loriga no início do século XIX, transportando para a era moderna uma atividade artesanal de lanifícios que já existia nesta vila há mais de 600 anos. De sublinhar que as primeiras unidades industriais implantadas em Loriga começaram a funcionar em instalações já existentes e adaptadas para o efeito, e só depois foram construídas a primeiras fábricas de raíz. Numa antiga foto da Fábrica do Regato pode ainda admirar-se a roda hidráulica, origem da força motriz destas fábricas, Loriga orgulha-se da sua centenária indústria de lanifícios, origem de toda a indústria implantada nesta vila, e portanto a roda hidráulica é uma das peças fundamentais da heráldica desta vila, e por isso o brasão de Loriga tem duas rodas hidráulicas.

O Cruzeiro da Carvalha está erigido no local original, outrora conhecido por Carvalha e agora por Carreira (Avenida Augusto Luís Mendes)

O Cruzeiro da Independência, agora existente no Largo da Fonte do Mouro, outrora estava erigido junto da antiga capela de Santo António (século XIV), infelizmente demolida no século XX, uma das muitas vítimas da destruição de quase todo o património histórico em Loriga.

Mas, Loriga acabou por ser derrotada por um inimigo político e administrativo, local e nacional, contra o qual teve que lutar desde meados do século XIX.

A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos de uma guerra civil podem ter no futuro de uma localidade e de uma região. Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo mas, por ter apoiado os chamados Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa, teve o castigo de deixar de ser sede de concelho em 1855 quando da reforma administativa em curso. A conspiração movida por desejos expansionistas da localidade que beneficiou com o facto, precipitou os acontecimentos. Tratou-se de um grave erro político e administrativo como tem vindo a confirmar-se; foi, no mínimo, um caso de injusta vingança política, numa época em que não existia democracia e reinavam o compadrio e a corrupção, e assim começou o declínio de toda a região de Loriga (antigo concelho de Loriga).

Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará desertificada dentro de poucas décadas, o que, tal como em relação a outras relevantes terras históricas do interior do país, será com certeza considerado como uma vergonha nacional. Basta dizer que Loriga perdeu mais de metade da população entre 1989 (ano da confirmação da categoria de vila) e 2015, e a situação continuou a agravar-se.

Confirmaria também a óbvia existência de graves e sucessivos erros nas políticas de coesão, administração e ordenamento do território, para não dizer inexistência. Para evitar tal situação, vergonhosa para o país, é necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel: desenvolver a vila de Loriga, pólo e centro da região.

[ Notas: Infelizmente constata-se que os politicos não mudaram desde o século XIX nem aprenderam com os erros, como se confirmou com a "reforma administrativa" de 2013 na qual também foram usados critérios no mínimo duvidosos na extinção de muitas das freguesias, e um desses casos foi o vergonhoso caso da extinção da freguesia de Cabeça. Cabeça pertenceu ao concelho (desde o século XII), à paróquia (desde o século VI) e à freguesia de Loriga e a ligação afetiva mantém-se, para além do facto de Loriga ter sido sempre a prestadora de serviços e de estar mais próxima geograficamente. Seria suposto que uma reforma administrativa realizada no século XXI, estando em vigor um regime supostamente democrático, fosse feita de uma forma mais competente e fossem ouvidas as populações, mas infelizmente não foi isso que aconteceu, e daqui a mais de cem anos ainda existirão muitas marcas negativas desta "reforma", tal como hoje ainda existem muitas marcas negativas da que foi efetuada no século XIX com a extinção de municípios, juntando mais feridas ás que nunca sararam. Na Região de Loriga e no concelho de Seia o exemplo gritante e escandaloso é o caso da freguesia de Cabeça, cuja extinção e solução de agregação encontrada foram baseadas em argumentos falsos e motivações no mínimo duvidosas, além de que foi desprezada a vontade dos cabecenses que defendia a solução mais lógica. Os argumentos usados para a escolhida solução de agregação foram alvo de chacota na região, aliás todos na região, começando obviamente pelos cabecenses, sabem o que motivou a extinção da freguesia de Cabeça nos moldes em que foi feita, mas poucos têm a coragem de o dizer abertamente. Aliás esta região ficou marcada negativamente com as referidas duas reformas administrativas, e os loriguenses jamais esquecerão ambas.

É preciso sublinhar o facto de que nenhuma povoação portuguesa foi despromovida da sua categoria, seja ela de vila ou de cidade. As antigas vilas, a maioria erradamente tratadas por aldeias e apenas algumas tratadas por aldeias históricas, deixaram de ser sedes de concelho após a reforma efetuada no século XIX, mas nunca foram despromovidas de vilas para aldeias apesar de a categoria de vila estar associada a sede de município. E é também por nunca ter havido essa despromoção que as antigas vilas, hoje erradamente tratadas por aldeias, têm o direito de terem um brasão com uma coroa mural de quatro torres, tal como qualquer vila, seja ela histórica ou moderna.

Os forais elevavam as aldeias à categoria de vila, e quando existiam vários forais (é o caso de Loriga) cada novo foral concedido significava a confirmação dessa categoria de vila. Portanto, no caso das vilas históricas é errado chamar "elevação a vila" porque essa erradamente chamada "elevação" não passa de uma confirmação da categoria de vila que têm desde a primeira concessão de foral. Se essa vila histórica tiver mais do que um foral então essa "elevação a vila" não passa de apenas mais uma confirmação da categoria de vila. A elevação a vila só existe de facto se a localidade nunca recebeu qualquer foral, portanto nunca foi elevada a vila, ou seja trata-se de uma vila moderna. Também existem cidades históricas e cidades modernas e aqui aplica-se a mesma lógica, no caso das cidades históricas o estatuto de cidade existe desde que foram elevadas a essa categoria no passado.

Existem cidades e vilas que não são sedes de concelho, a categoria da povoação não implica que esta tenha o estatuto de município. Ainda que entretanto desapareçam as condições que levaram à elevação a vila ou a cidade, a promoção e a categoria permanecem, a menos que saia uma lei a decretar a despromoção, algo que nunca aconteceu.

Loriga é uma vila histórica, portanto é um dos casos em que não houve elevação a vila, o que de facto aconteceu em 1989 foi a confirmação da categoria de vila, a anterior confirmação aconteceu em 1514 com o foral novo de D. Manuel I. É a confirmação da categoria de vila que os Loriguenses festejam e devem festejar, tal como já a festejaram no passado, antes de 1989.]

Em Loriga existem a única estância e pistas de esqui existentes em Portugal. Loriga, é a capital da neve em Portugal.

A Estância de Esqui de Loriga está situada no Vale Glaciar de Loriga, perto da lado da Torre, vendo-se ao fundo a Garganta de Loriga

A bela e sempre premiada praia fluvial da vila de Loriga está situada num dos locais mais belos do Vale Glaciar de Loriga, no lugar conhecido há séculos por Chão da Ribeira, a Ribeira de Loriga.

VIAS ROMANAS EM PORTUGAL - Vestígios Romanos Georeferenciados em Loriga

O nome Lorica aparece como sendo da época romana num documento medieval visigótico com referências à zona. Foi aliás na época visigótica que a "versão" Loriga começou a substituir o nome Lorica que vinha da época romana, mas o nome original dado pelos romanos só caiu totalmente em desuso durante a primeira metade do século XIII.

Do nome Lorica derivou Loriga (derivação iniciada pelos Visigodos) e que tem o mesmo significado, no entanto o nome latino Lorica só caíu em desuso no século XIII e as Inquirições de D. Afonso III são os primeiros documentos conhecidos onde esta vila aparece referida como Loriga. Nos documentos anteriores a essas inquirições Loriga é sempre referida como Lorica, exceto num documento da época visigótica mas neste é afirmado que os romanos deram o nome de Lorica á povoação e que os visigodos passaram a conhecê-la também por Loriga. No entanto o topónimo Loriga (a derivação do nome romano (latim) Lorica), caíu em desuso desde a conquista islâmica até ao século XIII.

Depois, aparece novamente em documentos dos séculos X, XI, XII e XIII, principalmente em documentos do século XII, inclusive quando se fala de limites territoriais, onde até a actual Portela do Arão é referida como Portela de Lorica, começando mais tarde a ser referida como Portela de Aran, depois de Aarão, e finalmente do Arão.

A estrada romana de Lorica era uma espécie de estrada estratégica, destinada a ajudar a controlar os Montes Herminios onde, como se sabe, viviam tribos lusitanas muito aguerridas. Esta estrada ligava entre si duas grandes vias transversais, a que ligava Conimbriga, a norte, e a que ligava Iaegitania, a sul. Não se sabe os locais exactos dos cruzamentos, mas tudo indica que a norte seria algures perto da actual Bobadela, antiga povoação romana.

Quanto aos vestígios da calçada romana original, eles podem encontrar-se na área das Calçadas, onde estiveram na origem deste nome, e dispersos em pequenos vestígios até à zona da Portela de Loriga ou Portela do Arão, tratando-se da mesma estrada.

A título de curiosidade, a estrada romana foi utilizada desde que foi construída, provavelmente por volta de finais do século I antes de Cristo, até à década de trinta do século XX quando entrou em funcionamento a actual EN231. Sem a estrada romana teria sido impossível o já por si grande feito de Loriga se tornar um dos maiores pólos industriais têxteis da Beira Interior durante o século XIX.

- Factos comprovados: Lorica era o antigo nome de Loriga, existiram duas pontes romanas, uma delas ainda existe, e a outra, construída sobre a Ribeira de São Bento, ruiu no século XVI, e ambas faziam parte da estrada romana que ligava a povoação ao restante império romano.

A ponte romana que ruiu estava situada perto do local onde existe a actual ponte desde sempre conhecida por Ponte do Arrocho, também construída em pedra mas datada de finais do século XIX. A antiga estrada romana descia pela actual Rua do Porto, subia pela actual Rua do Vinhô, apanhava parte da actual Rua de Viriato passando ao lado da povoação então existente, subia pelas actuais ruas Gago Coutinho e Sacadura Cabral, passava na actual Avenida Augusto Luis Mendes, na área conhecida por Carreira, seguindo pela actual Rua do Teixeiro em direcção à ponte romana sobre a Ribeira de Loriga, também erradamente conhecida por Ribeira da Nave e por Ribeira das Courelas.

[A ponte romana ainda existente sobre a Ribeira de Loriga. (Esta ponte foi construida no século I antes de Cristo). Alguns ignorantes inventaram uma ridícula "Ponte Lego", ignorando as especificidades da construção de uma ponte em alvenaria, começando pelo arco, e confundem esta ponte com a ponte romana construída na mesma época sobre a Ribeira de São Bento, a qual ruíu no século XVI após uma grande cheia provocada por fortes chuvas que caíram logo após um grande nevão. Até finais do século XIX existiu no mesmo local da Ribeira de São Bento uma travessia de madeira até á construção nessa época da ponte em pedra ali existente e que ficou conhecida por Ponte do Arrocho. O argumento mais ridículo usado pelos ignorantes para negar a antiguidade desta ponte é o facto de supostamente alguém a ter chamado Ponte Nova, mas há muito tempo que é conhecida por Ponte Romana, o que ela é de facto. Nas fotos e localmente pode ver-se a situação recorrente da vegetação "pendurada" nas paredes da ponte, o que além de feio contribui para a sua degradação.]

Entre a capela de São Sebastião e o cemitério, existia um troço de Calçada romana bem conservada que não deixava dúvidas a ninguém sobre a sua verdadeira origem, mas infelizmente uma parte foi destruída e a restante soterrada quando fizeram a estrada entre o final da Rua do Porto e o cemitério.

Infelizmente o património histórico construído nunca foi estimado em Loriga, e por isso foi quase todo demolido…

Numa zona propositadamente conhecida por Calçadas, já afastada da vila, entre o cemitério e a Portela de Loriga, ainda existem vestígios bem conservados do primitivo pavimento da estrada romana.

[A ponte sobre a Ribeira de São Bento, construída em finais do século XIX para substituir a ponte romana que ruíu no século XVI após uma grande cheia. A ponte romana foi entretanto substituída por uma travessia em madeira, até á construção desta que ficou conhecida por Ponte do Arrocho. A estrada romana passava por ali e esteve na origem da contígua Rua do Porto. Os ignorantes confundiram e trocaram os factos (é uma prática recorrente), e trocaram também as pontes confundindo esta ponte com a ponte romana na Ribeira de Loriga a qual, e de forma hilariante, inventaram como uma espécie de "Ponte Lego". O argumento mais ridículo usado pelos ignorantes para negar a antiguidade da ponte romana sobre a Ribeira de Loriga é o facto de supostamente alguém a ter chamado Ponte Nova, uma realidade aplicada á Ponte do Arrocho porque na época (finais do séculoXIX, inícios do século XX) era mesmo uma ponte nova. Esta ponte foi ligeiramente alterada, tendo sido acrescentada em altura para nivelar e suavizar a subida no início da Rua do Porto. Nas fotos e localmente pode ver-se a situação recorrente da vegetação "pendurada" nas paredes da ponte, o que além de feio contribui para a sua degradação.]

Loriga@site2002

( Pelo historiador António Conde - História de Loriga – Extratos da obra de António Conde, "História concisa da vila de Loriga – Das origens à extinção do município", publicados no site oficial da Junta de Freguesia de Loriga e no ali citado site Terras de Portugal - Memória Portuguesa, no artigo sobre Loriga que ele criou na Wikipedia, e em muitos outros sites e em muitas outras publicações. )

A Paróquia e a Igreja Matriz da vila de Loriga

Santa Maria Maior é a padroeira de Loriga e dos loriguenses e orago da Igreja Matriz pelo menos desde o século XIII. A igreja ficou melhor após o último restauro (desta vez mais bem efetuado em que foram corrigidos alguns erros feitos em anteriores restautos, como aconteceu no século XX), da Igreja Matriz da vila dedicada a Santa Maria Maior, padroeira de Loriga e dos loriguenses. Até a cantaria ajuda a revelar as reconstruções e alterações feitas no edifício ao longo de quase oito séculos.

São Gens, ao qual os loriguenses puseram a alcunha de São Ginês e São Genês, e a sua ermida é hoje dedicada a Nossa Senhora do Carmo e o aspeto atual existe após a última reconstrução correspondente á data gravada na fachada. Essa data e a aparência atual da capela induzem em erro os visitantes porque, continuando em Loriga o desprezo pela história e pelo património, não existe ali qualquer informação sobre a antiguidade deste local de culto. Além da colocação no local de uma lápide lembrando a antiguidade deste templo, seria também lógico que fosse colocada na capela uma imagem de São Gens para recordar o antigo orago e uma antiga devoção que, por motivos ainda obscuros, foi esquecida e desprezada pelos loriguenses.

Sabe-se que Loriga é uma povoação que tem mais de dois mil e seiscentos anos de existência no exato local onde existe o centro histórico da vila, uma colina entre ribeiras, defensável e perto de duas abundantes linhas de água. E a propósito do acesso à água, os habitantes desta plurimilenar povoação tinham ainda disponível uma nascente, hoje conhecida por Fonte do Vale, e que sabe-se foi também bastante valorizada mais tarde nas épocas romana e medieval.

Sabe-se que nessa época a povoação estendia-se desde aproximadamente o local onde existe a convergência de três ruas (vulgarmente conhecida por praça), e a área onde hoje está o centro de dia da ALATI. A povoação era defendida por muros e paliçadas e sabe-se que a atual Rua de Viriato, no troço entre a antiga sede do GDL e a antiga Casa do Povo, coincide exatamente com uma parte dessa linha defensiva da povoação.

O local onde hoje existem o adro e a igreja era o ponto central dessa povoação, e assim iria permanecer durante muitos séculos. É portanto completamente natural que com a cristianização da população e com a chegada dos Visigodos este local fosse eleito para construir o primeiro templo cristão conhecido da então Lorica.

Sabe-se que os Visigodos construiram pelo menos dois templos em Lorica, e digo pelo menos porque encontrei indícios, que não consegui confirmar da existência de mais uma ermida além daquela que construíram onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo e que era dedicada a São Gens e da pequena igreja que era dedicada a Nossa Senhora onde hoje existe a Igreja Matriz. A dada altura cheguei a pensar tratar-se da ermida de São Bento, a tal que deu nome à area e à ribeira mas essa, embora confirmadamente já existisse no século XII não é anterior ao século X, ermida esta da qual falta descobrir os vestígios e a localização exatas mas que se sabe ter sido construída em posição elevada, próxima da estrada EN339.

Certo é que os visigodos construíram a ermida de São Gens, e na época era mesmo uma ermida porque aquele local ficava fora da povoação então existente, e quanto à escolha daquele local não é de excluir a hipótese de ser um antigo local de culto pagão, dadas as suas caraterísticas. Dada a religiosidade dos loriguenses, é no mínimo estranho que uma devoção tão antiga a um santo tenha sido completamente abandonada, que tenham deixado cair em ruínas a sua ermida e depois a tenham recuperado mas com outro orago. Não consegui encontrar uma explicação, e como se isso não bastasse e para completar o "anátema" a que os loriguenses condenaram o santo, mudaram-lhe também o nome de São Gens para São Ginês, nome de santo que nunca existiu. Mas o pormenor da mudança de nome pode ser facilmente explicado pela passagem dos séculos, pelo isolamento e pela "adaptação linguística" que tende a inclinar-se para as formas mais fáceis, e Loriga também é conhecida pelas suas "singularidades linguísticas" e pelo uso massivo de alcunhas que podem ser carinhosas ou depreciativas.

Também é certo que os visigodos construíram um templo dedicado a Nossa Senhora no exato local onde hoje existe a Igreja Matriz, tratando-se de uma pequena igreja cujas dimensões não andariam longe das que tem a ermida de Nossa Senhora da Guia. Sabe-se também que na época visigótica Loriga tinha o estatuto de paróquia, que dependia do bispo de Egitânia (atual Idanha a Velha), e que a paróquia abrangia uma área superior á ocupada pelo antigo concelho loricense na sua fase maior, que foi atingida em meados do século XIX. Obviamente foi impossível saber com exatidão a área da paróquia na época visigótica mas fiquei surpreendido com a descoberta da mesma e com a existência de algumas localidades em redor de Loriga, que ainda existem e das quais apenas duas atingiram o estatuto de freguesia. Aliás, esta foi uma das muitas surpresas agradáveis que tive, a minha pesquisa histórica foi uma verdadeira "alegria das descobertas" apesar dos enormes custos pessoais e materiais, e quanto mais pesquisava mais me apercebia da antiguidade e da importância histórica de Loriga.

Nestas andanças da pesquisa histórica há muito tempo que aprendi que até algumas aldeias mais pequenas que alguns consideram insignificantes podem de facto esconder uma história milenar. Em sentido contrário existem localidades que hoje têm alguma importância e cujos naturais se esforçam por inventar um longo passado que nunca existiu. Cabeça, por exemplo, pertenceu à paróquia de Loriga desde o século VI e em 12 de maio de 1806 teve a desanexação da paróquia de Loriga. Portanto, os tais "casais" referidos nos "pergaminhos", cujos habitantes iam à igreja de Lorica ouvir missa, já têm uma longa história que nunca foi registada, e infelizmente uma dessas localidades foi recentemente e injustamente amputada do seu estatuto de freguesia. E digo igreja de Lorica porque o uso da atual versão do nome romano, ou seja Loriga, só se consolidou definitivamente na primeira metade do século XIII, até essa época era referida como Lorica, inclusive é assim que aparece em documentos mais antigos. Aliás, as inquirições de D. Afonso III são um dos primeiros documentos em que o nome desta vila aparece como Loriga, antes aparecia sempre como Lorica.

No início da nacionalidade, a consolidação, a administração do território e a necessária fixação das populações implicava a atribuição de forais mas também a criação de condições para a prática do culto, e é por isso frequente ao longo da história a construção de igrejas por iniciativa real. E a esse propósito os reis mandavam construir igrejas em povoações que já eram sede de município ou em povoações que seriam elevadas a essa condição, tudo para ajudar a fixar as populações, e outras medidas eram tomadas nesse sentido, e por exemplo muitos castelos foram feitos também com esse objetivo. O pormenor a considerar é que o estatuto de município andava sempre a par com o estatuto de paróquia, portanto as localidades que tinham igrejas e eram paróquias também eram vilas sedes de concelho, e a importância do facto seria maior se a igreja fosse mandada construir pelo rei.

Sabe-se que a Igreja de Loriga foi mandada construir pelo rei D. Sancho II em cima da construção do já referido pequeno templo visigótico do qual foi aproveitada a pedra onde foi gravada a data da construção, o ano de 1233. Assim, essa pedra colocada por cima de uma das portas laterais virada para o adro, na igreja atual confirma a sua longa existência, correspondendo à data da decisão da construção. A decisão real nesse sentido deve-se também ao facto de Loriga pertencer à Vigariaria do Padroado Real (cuja Padroeira era Santa Maria Maior) e aos bens da coroa. A Igreja foi dedicada desde logo a Santa Maria Maior, um orago que se mantem, sendo um templo românico cuja traça e fachada principal fazia lembrar a Sé Velha de Coimbra, embora obviamente sem a mesma monumentalidade. A igreja tinha três naves e as dimensões eram próximas das atuais, mas para além disso a atual igreja nada tem a ver com a antiga e o que vemos ali é fruto de várias reconstruções e alterações, sendo que as mais radicais foram consequência do sismo de 1755 que praticamente arrasou a igreja.

Já muita gente se interrogou sobre o porquê das graves consequências do sismo de 1755 em Loriga, e por isso ficam aqui algumas explicações. Em primeiro lugar, Loriga está situada num local geologicamente sensível, num sítio de transição entre dois blocos rochosos diferentes, de um lado o granito e do outro lado o xisto, rochas com densidades muito diferentes, na prática é quase como se estivesse em cima de uma falha tetónica, facto que é suficiente para provocar grande agitação em caso de sismo. Além disso, e para piorar a situação, a colina entre ribeiras não é muito sólida porque foi criada com depósitos arrastados pelo antigo glaciar que rasgou o Vale de Loriga, e por isso é que as consequências do sismo foram tão graves na vila de Loriga, muito mais do que em localidades próximas. De sublinhar que os estragos não se limitaram à Igreja Matriz e o terramoto, além dos estragos provocados em muitas habitações, provocou o desabamento de uma das paredes da residência paroquial e abriu fendas no robusto edifício da Câmara Municipal, construído no século XIII, e cujas paredes do rés do chão onde funcionava a cadeia, tinham uma espessura de quase dois metros. Os loriguenses tiveram que lidar com todos os estragos e não receberam qualquer ajuda externa, apesar de o próprio Marquês de Pombal ter sido informado da grave situação. Felizmente não houve, ou pelo menos não há registos de mortos nem de feridos graves na vila.

Após o sismo que provocou a ruína praticamente completa, a igreja foi reconstruída com estilo barroco, mas podem ser sublinhadas outras alterações, algumas das quais nada tiveram a ver com esta reconstrução. Por exemplo, foram acrescentadas duas capelas uma de cada lado da capela-mor, uma das quais foi depois transformada em capela-sacristia e finalmente em apenas sacristia, e ao lado desta foi acrescentada mais tarde outra capela. A escadaria e a porta exteriores que dão acesso ao coro também não existiam e o acesso aos sinos era feito pelo interior da igreja, sendo que estas últimas alterações foram feitas como consequência do sismo. Com o tempo foram feitas alterações e restauros por vezes de forma desastrosa, principalmente no século XX, por quem não tinha qualquer sensibilidade para a preservação do património e por isso a atual igreja, embora bela não é tão bonita nem é tão valiosa quanto seria sem essas más intervenções. No século seguinte ao do sismo, em Setembro de 1882, novamente se fez sentir no centro do país um tremor de terra e, por conseguinte também muito sentido em Loriga, o qual pareceu, em principio, não ter grande gravidade. Só que as consequências viriam mais tarde, quando todos pareciam já ter esquecido. Em Novembro seguinte, e quando era celebrada a missa, estalou a viga mestra da igreja tendo, de imediato, sido efetuada a desocupação do templo e retirando algumas imagens e outros artigos. Só no fim do dia aconteceu o desabamento quase completo da cobertura ficando apenas de pé a torre e a capela-mor. Dois anos depois foram terminados os trabalhos da reconstrução da igreja que, tal como acontecera após o sismo de 1755, foi feita pela população local, toda unida, e foi esta última reconstrução que chegou aos tempos atuais embora, conforme já foi referido, com alguns "restauros" que a empobreceram.

Ainda a propósito das antigas ermidas de Loriga, informo que a velhinha capela de Santo António foi construída no século XIV, foi várias vezes reconstruída e infelizmente foi demolida na década de setenta do século XX, fazendo parte da longa lista do património histórico destruído nesta vila. Foi uma ermida porque quando foi construída junto da antiga estrada romana, atual troço da Avenida Augusto Luís Mendes, ficava a centenas de metros da povoação então existente, tal como a antiga ermida visigótica de São Gens atualmente dedicada a Nossa Senhora do Carmo. A demolição deste antigo templo não era necessária, poderia ter ficado no local com obras de recuperação, com um muro de pedra á volta e uma escadaria de acesso á entrada, sendo a área circundante terraplanada para ficar ao nível da restante avenida, tal como foi feito. Aliás alguém apresentou esta sugestão mas o desprezo pelo património histórico de Loriga falou mais alto e acharam mais simples a demolição, e é vergonhoso que depois de tantos anos não tenha sido construída uma nova capela a um santo que, ao contrário do que aconteceu com São Gens, ainda é muito venerado em Loriga, com direito a uma festa anual.

A sua traça original era de estilo românico e possuía um alpendre à entrada, tendo servido de matriz de Loriga durante a reconstrução da igreja após o terramoto de 1755. Chama-se a atenção para o facto de que até á época medieval e inclusive, os altares principais e ou capelas-mor dos templos eram sempre orientados na direção do oriente, e isso nota-se nos templos mais antigos de Loriga, como era o caso desta antiga ermida de Santo António, como é o caso da Igreja Matriz (século XIII), e da ainda mais antiga ermida visigótica de São Gens atualmente dedicada a Nossa Senhora do Carmo.

Loriga@site2002.

Esta é uma citação livre do historiador António Conde e de extratos da sua obra, "História concisa da vila de Loriga - Das origens à extinção do município". Apontamento conciso sobre a história da vila de Loriga (pequeno resumo).

Loriga@site2002

[ A Imagem de Nossa Senhora da Guia, padroeira dos emigrantes de Loriga, exibe a estrela, um dos símbolos maiores desta vila e que também por isso está no brasão de Loriga. A padroeira de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria Maior, e por isso é o orago da igreja matriz e da paróquia, e já era assim o século XIII. Uma das muitas mentiras espalhadas pelos idiotas ignorantes mentirosos (induzindo outros em erro) é aquela segundo a qual a padroeira de Loriga e dos loriguenses é Nossa Senhora da Guia, e essa mentira foi inclusive colocada no artigo sobre Loriga na Wikipedia quando o artigo foi vandalizado (artigo que foi criado pelo historiador António Conde). A fé não é uma questão de modas, e os santos, as devoções e as invocações não são coisas descartáveis que por um qualquer capricho são trocados, substituídos, desprezados e esquecidos. Há mais de oitocentos anos que a padroeira de Loriga e dos loriguenses é Santa Maria Maior, e esse facto é uma questão de fé, é uma questão de devoção, é uma questão de verdade, é uma questão de história e é uma questão de respeito pela identidade histórica de Loriga! A fé e a devoção a Nossa Senhora da Guia não implica suprimir a fé, suprimir a verdade, desrespeitar e deturpar a história, desprezar e desrespeitar a identidade histórica de Loriga, nem implica desprezar e desrespeitar a fé e a devoção dos antepassados dos loriguenses e a escolha que eles fizeram para sua padroeira e para orago da paróquia e da igreja matriz. Mais algum tempo e esse tipo de gente arranja uma alcunha para Santa Maria Maior, fazem desaparecer a imagem e mudam o orago da paróquia e da igreja matriz. Daqui a uns anos ou séculos alguém se lembra de introduzir uma nova devoção em Loriga, fazem uma nova capela, começam a fazer umas festas em honra dessa nova devoção e então fazem mais uma troca, e talvez o destino seja o desprezo, o esquecimento e uma alcunha, tal como esse tipo de gente fez a São Gens! De forma farisaica este tipo de gente despreza os fundamentos da fé e age como tal, mas esta gente exibe-se em eventos religiosos e até usa o pároco para que todos a vejam fazendo de tudo para usar a fé com o objetivo de manipular e instrumentalizar os loriguenses para benefíficio dos seus interesses e motivações mesquinhas pessoais, e até a vergonhosa questão da heráldica foi usada para esse efeito (Ver aqui essa vergonha em vídeo!), como exemplos veja-se o vergonhoso Brasão da vila de Cruz, de 2002 (rejeitado pelos loriguenses, tal como o ainda mais vergonhoso Brasão da Vila de Carreto, de 2018), e o postal de Natal de 2024. Aliás, os ignorantes que infelizmente nasceram nesta bela e histórica vila, são especialistas em maltratar a imagem desta vila e a imagem dos seus conterrâneos, e em colocar tudo em causa; Colocam em causa a padroeira de Loriga e dos Loriguenses e orago da paróquia e da Igreja Matriz, a antiguidade de Loriga (inclusive do seu estatuto de vila e da sua indústria têxtil), o seu nome, a sua história, o seu património, o local da fundação da povoação, o seu gentílico, a sua heráldica, etc.]

[A bandeira e o brasão são os símbolos de um povo e de um território, mas a heráldica só é realmente representativa se o povo se identificar com os símbolos heráldicos, caso contrário jamais serão respeitados e portanto serão sempre vergonhosos. Ninguém, nenhum grupo tem o direito de impor símbolos heráldicos que sejam detestados pelos Loriguenses porque não honram a sua imagem nem a imagem de Loriga, e ainda que símbolos heráldicos vergonhosos sejam "legalizados" os Loriguenses não são obrigados a aceitá-los, ao contrário do que dizem os responsáveis por esta vergonha! Os Loriguenses não aceitam que um carreto/carrete (roda dentada) seja apontado como sendo o grande símbolo de Loriga, destacado num vergonhoso e ridículo brasão que por isso é motivo e alvo de chacota, sendo conhecido por Brasão da Vila de Carreto, e façam um referendo se alguém duvidar que os Loriguenses não aceitam! Este grupo e este tipo de gente tem vergonha do nome desta vila, e principalmente por isso em 2002 quiseram substituír a Loriga por uma cruz e tirar as rodas hidráulicas do brasão, esse brasão ficou conhecido por Brasão da Vila de Cruz e também foi rejeitado pelos Loriguenses. Em 2018, quiseram substituír a Loriga por um carreto e tirar as rodas hidráulicas e a estrela, a eliminação da estrela no brasão também gerou revolta e rejeição. Já bastam as longas décadas em que o mesmo grupo e o mesmo tipo de gente tem andado inpunemente e inutilmente a impor uma ilegal aberração heráldica ao mesmo tempo que têm maltratado quem se opôe a toda esta vergonha que tem arrasado a imagem de Loriga e a imagem dos Loriguenses!]

Founding

The town was founded more than 2,600 years ago.

The site was chosen for its defensibility, water supply, and pasturelands.

The Lusitanians settled the town.

Roman occupation

The Romans called the town Lorica.

The town was part of the Roman province of Lusitania.

A 1st-century Roman road connected Lorica to the rest of the province.

Visigothic occupation

The Visigoths appropriated some small homes in the Bairro de São Ginês or Genês to build a chapel.

Notable people

Viriathus, a famous Lusitanian leader and Portuguese national hero, is known to have been from Loriga.

Coat of arms

The town's coat of arms features the lorica (armor).

Loriga's Coat of Arms

The coat of arms of Loriga, Portugal is a blue shield with the following features:

A red, silver-adorned Loriga (armor).

Two black hydraulic wheels on a silver background.

A gold star in the center.

A pile of two silver bunds with a blue-waved twin at the base.

A silver mural crown with four towers on top of the shield.

A silver listel with the black legend "LORIGA".

A quartered flag in blue and white.

The coat of arms was designed by historian António Conde and has been approved by the relevant authorities for the past century.

The official coat of arms of Loriga is a blue shield with the following features:

A red, silver-adorned Loriga (armor)

Two black hydraulic wheels on a silver background

A gold star in the center

A pile of two silver bunds with a blue-waved twin at the base

A silver mural crown with four towers on top of the shield

A silver listel with the black legend "LORIGA"

The historian António Conde designed the coat of arms, which has been approved by the relevant authorities for the past century.

LORICA, ancient name of LORIGA, PORTUGAL

Loriga is an ancient, beautiful and historical portuguese town, located in the Serra da Estrela mountains.

With the denomination loriguense or loricense, notable people from Loriga include Viriathus ( known as Viriato in Portuguese ), a famous Lusitanian leader and Portuguese national hero.

Known to be settled by the Lusitanians, known as Lorica by the Romans, the town is more than 2600 years old and was part of the Roman province of Lusitania. From the latin Lorica (armor) came Loriga, the two words have the same meaning. The Loriga (armor) is the main piece of the town's coat of arms.

Loriga was the municipal seat since the 12th century, receiving forals in 1136 (João Rhânia, master of the Terras de Loriga for around two decades, during the reign of Afonso Henriques), 1249 (during the reign of Afonso III), 1474 (under King Afonso V) and finally in 1514 (by King Manuel I).

- Official coat of arms of Loriga - The Coat of Arms of Loriga is a blue shield with a Loriga (Lorica, armor) in red, adorned with silver, and two hydraulic wheels in black on a silver background. There is a gold star in the center and a pile of two silver bunds laden with a blue-waved twin in the base. The shield is topped with a silver mural crown with four towers. Silver listel with the black legend "LORIGA". The flag is quartered in blue and white. All this Loriga‘s heraldry was designed by the historian António Conde and has been approved by the competent authorities since the last century. Loriga’s logo is the second, the first logo was also designed by António Conde and has the same symbology.

[The flag and the coat of arms are the symbols of a people and a territory. But heraldry is only really representative if the people identify themselves with the heraldic symbols, otherwise they will never be respected and therefore will be shameful. No one, no group has the right to impose heraldic symbols that are detested by the population, that are little or not at all representative and that are therefore shameful. Even if these heraldic symbols have been "legalized" by those who idealized them, the people of Loriga are not obliged to accept what they hate, and if anyone doubts that they hate it, hold a referendum! Enough are the long decades in which the same group and the same type of people have been inpunegently and uselessly imposing an illegal heraldic aberration while mistreating those who oppose all this shame that has devastated the image of Loriga and the image of the people of Loriga. The people of Loriga do not accept that a carreto (cogwheel) is pointed out as being the great symbol of Loriga, highlighted in a shameful and ridiculous coat of arms, motif and laughing stock, known as the Coat of Arms of the Village of Cogwheel. This group and this type of people is ashamed of the name of this village, and mainly for this reason in 2002 they wanted to replace Loriga with a cross and remove the hydraulic wheels from the coat of arms, this coat of arms became known as the Coat of Arms of the Village of Cross and was also rejected by the Loriguenses. In 2018, they wanted to replace the Loriga with a cogwheel and remove the hydraulic wheels and the star, the elimination of the star on the coat of arms also generated revolt and rejection.]

VILA DE LORIGA

Loriga é uma antiga, bela e histórica vila portuguesa, situada no coração da Serra da Estrela.

Entre os seus naturais, denominados Loriguenses ou Loricenses, existe gente ilustre incluíndo Viriato, que uma antiga e documentada tradição aponta como tendo nascido em Loriga.

Sabe-se que Loriga existe há mais de 2600 anos, que é uma antiga povoação lusitana, que os romanos lhe puseram o nome de Lorica, e que fazia parte da Lusitânia. Do latim Lorica (couraça, armadura) derivou Loriga, duas palavras que têm exatamente o mesmo significado. A Loriga é a peça principal do brasão da vila.

Loriga é vila desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rânia, senhor das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (durante o reinado de D. Afonso III), 1474 (durante o reinado de D. Afonso V), e finalmente em 1514 (durante o reinado de D. Manuel I).

- Brasão oficial de Loriga - Escudo de azul, Loriga (Lorica, couraça, armadura) de vermelho ornada de prata tendo de cada lado uma roda hidráulica de negro em fundo de prata, ao centro e em chefe uma estrela de ouro; em campanha, monte de dois cômoros de prata, movente dos flancos e da ponta, carregado de uma gémina ondada de azul. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel de prata com a legenda a negro " LORIGA ".

- Brasão alternativo de Loriga - Escudo de azul, loriga de ouro tendo de cada lado uma roda hidráulica de negro em fundo de prata, ao centro e em chefe uma estrela de ouro; em campanha, monte de dois cômoros de prata, movente dos flancos e da ponta, carregado de uma gémina ondada de azul. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel de prata com a legenda a negro " LORIGA ".

- Brasão alternativo de Loriga - Escudo de azul, loriga de ouro tendo de cada lado uma roda hidráulica de prata, ao centro e em chefe uma estrela de ouro; em campanha, monte de dois cômoros de prata, movente dos flancos e da ponta, carregado de uma gémina ondada de azul. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel de prata com a legenda a negro " LORIGA ".

- Brasão alternativo de Loriga - Escudo de azul, loriga de ouro tendo de cada lado uma roda hidráulica de ouro, ao centro e em chefe uma estrela de ouro; em campanha, monte de dois cômoros de prata, movente dos flancos e da ponta, carregado de uma gémina ondada de azul. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel de prata com a legenda a negro " LORIGA ".

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