Santo André é uma freguesia portuguesa do concelho de Santiago do Cacém, com 74,32 km² de área e 10.696 habitantes (2001). Densidade: 143,9 hab/km².
Foi elevada a cidade em 26 de Agosto de 2003, sob o nome de Vila Nova de Santo André, permanecendo inserida no município de Santiago de Cacém e como subúrbio da zona industrial de Sines.
Santo André fica a 12 km de Santiago do Cacém e a 15 km de Sines.
História
A ocupação desta freguesia remonta ao tempo do neolítico como o atestam os materiais arqueológicos recolhidos no lugar do Areal. A idade do Bronze também deixou vestígios de ocupação nas Casas Novas e Cerradinha, margem Este da lagoa de Santo André. Foram identificados na freguesia, pelos arqueólogos Joaquina Soares e Carlos Tavares da Silva, sítios romanos, como a Figueirinha e Cascalheira. A sua formação é de origem medieval, devendo-se à Ordem de Santiago.
Além da aldeia de Santo André, a freguesia compreendia no século XVIII (1758) três pequenas aldeias: aldeia de Azinhal, com 10 vizinhos, aldeia do Giz com vinte vizinhos e a aldeia de Brescos com 24 vizinhos.
Com o terramoto de 1755, a freguesia "padeceu muita ruína", especialmente nas casas dos moradores, na residência do pároco e na própria igreja, que ficou por consertar até princípio do primeiro quartel do século XIX. À volta da igreja realizava-se anualmente uma feira no dia 30 de Novembro que chegou a render, segundo o padre António Macedo "24$000 réis de terrado, que se aplicava para a fábrica".
Por volta de 1855 pescadores de Ílhavo e respectivas famílias chegaram à Costa de Santo André, "no recenseamento da população do ano de 1863, existiam na praia de Santo André 6 fogos com um total de 18 pessoas. Havia 9 homens que se dedicavam à profissão de pescadores" relata os "Annaes do Município" de 1869, construíram cabanas e armazéns de colmo e caniço e devido à abundância de sardinha no mar (no Verão) e outro peixe na Lagoa (no Inverno) terão estabelecido duas companhas com lavradores da região, praticando a arte xávega. Pela fonte acima referida, a Câmara Municipal exercia o seu domínio sobre a lagoa, pois já em 1685 a autarquia a arrendou durante o período de três anos pela quantia de 18$500 réis. A lagoa continuou arrendada a particulares até ao ano de 1975, após esta data passa para a gestão do Gabinete da Área de Sines.
Em 1957 surgiram no meio das barracas dois restaurantes. E a partir de então começou a desenvolver-se um aglomerado populacional que ocupou a duna primária. Para tornar a Lagoa de Santo André um local privilegiado para quem procura a natureza, a Câmara Municipal de Santiago do Cacém promoveu a desocupação da duna primária da Costa de Santo André do caos urbanístico que se agravou na década de 70 durante a vigência do Gabinete da Área de Sines, criando um novo loteamento destinado a realojamento das famílias até então residentes na duna.
A Lagoa de Santo André constitui um ponto estratégico para a estadia, passagem e nidificação de muitas espécies de aves migratórias. Foi declarada pelo estado Português a Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha pelo Decreto Regulamentar 10/2000 de 22 de Agosto.
Nos meados dos anos 70 começaram a radicar-se na freguesia, na zona do Areal, centenas de famílias atraídas pela oferta de trabalho que o Complexo Industrial de Sines oferecia. O então Centro Urbano de Santo André caracterizou-se durante anos pela falta de infra-estruturas e equipamentos colectivos. Com a extinção do gabinete da Área de Sines as autarquias passaram a gerir o centro urbano e a situação começou a alterar-se com o desenvolvimento integrado na freguesia, com a radicação dos seus dos seus habitantes e
História da cidade
A cidade de Vila Nova de Santo André, que só recentemente tomou a capitalidade da freguesia, não corresponde à antiga aldeia ainda existente e pujante: o burgo original dista 3 quilómetros do austero núcleo urbano criado nos anos 70 num antigo pinhal.
A nova urbe, que até 1991 não tinha sequer existência administrativa como freguesia, é, efectivamente, uma mancha urbana isolada com características de arredor metropolitano de Sines, implantada em plena zona semi-rural alentejana, predominantemente constituída por residentes com forte ligação à cidade industrial de Sines. Foi inicialmente pensada para 100.000 habitantes, criada de raiz para servir de dormitório ao complexo industrial de Sines.
A antiga povoação matriz é muitas vezes denominada de Aldeia de Santo André, retroactiva e informalmente, para evitar confusão de nomes.
Património
- Igreja, casa e fonte de Nossa Senhora da Graça
- Reserva Natural da Lagoa de Santo André
Áreas urbanas
- Costa de Santo André
- Aldeia de Santo André
- Giz
- Brescos
- Deixa-o-Resto
- Azinhal
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