Santos-o-Velho

Santos-o-Velho
Lisboa



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Santos-o-Velho é uma freguesia portuguesa do concelho de Lisboa, com 0,51 km² de área e 4.013 habitantes (2001). Densidade: 7 899,6 hab/km².

História

Junto ao templo dos santos mártires Veríssimo, Máxima e Júlia, onde existia o Convento das Comendadeiras, transformado por D. Manuel I, em 1501, em Paço Real, a Norte do troço conhecido como Rua da Esperança, que integrava o eixo viário das Portas de Santa Catarina a Belém, nascia, no século XVI o bairro do Mocambo, mais tarde Madragoa.

As ressonâncias africanas do termo têm levado a associá-lo à existência de negros que, a par de pescadores, marinheiros e artesãos, constituiriam a população do bairro. A designação Madragoa, que remonta apenas ao século XIX, provém da antiga Rua da Madragoa, assim nomeada desde 1579, actual Vicente Borga. O topónimo será corruptela de Mandragão, apelido de uma família nobre madeirense que aí terá habitado e cuja generosa mulher era conhecida por Mandragona.

A presença da corte naquele aprazível lugar junto ao rio vai propiciar a construção de casas senhoriais e de conventos, entre cujas cercas, limitadas por caminhos e estradas (actuais ruas da Esperança, das Trinas e do Quelhas), viria a surgir o núcleo primevo do Mocambo. A urbanização iniciada ainda na primeira metade de Quinhentos consolida-se na centúria seguinte. Muitas das ruas hoje existentes já aparecem referenciadas no século XVI. A provar o crescente aumento populacional, a paróquia de Santos é elevada a freguesia em 1566.

A malha urbana, em quadrícula de pequenos quarteirões tendencialmente regulares, apresenta as ruas principais paralelas ao rio e não perpendiculares, como é habitual em Lisboa, alinhamento que tem a ver com o Paço Real e o contíguo Palácio dos Duques de Aveiro, cujas extensas cercas formavam uma barreira ininterrupta a Sul da Rua da Esperança.

O terramoto de 1755 pouco afectou o bairro. Não se registando vítimas, assinala-se a ruína parcial de alguns edifícios e a derrocada do Palácio dos Duques de Aveiro e do Convento das Bernardas.

No tecido consolidado foi rasgada a Rua Nova dos Condes, actual Calçada Marquês de Abrantes, devido à incapacidade de escoamento do intenso tráfego que se fazia sentir na Rua Direita da Esperança, única saída da cidade para Ocidente.

O loteamento dos terrenos envolventes a Norte e Nordeste, pertencentes ao Convento das Trinas do Mocambo, permitiu a expansão do bairro e a continuidade do traçado ortogonal das ruas, agora em quarteirões de maiores dimensões dentro do espírito pombalino. Enquanto os novos quarteirões eram ocupados por uma burguesia endinheirada que abandonava o centro da cidade, ao núcleo antigo afluíam novas camadas populares, principalmente pescadores que do Minho ao Algarve procuravam na capital melhores condições de vida.

Na Madragoa concentrou-se uma importante comunidade proveniente da região de Ovar, que ao longo de Oitocentos acabou por imprimir características específicas ao bairro. Enquanto os homens se dedicavam à pesca, as mulheres - conhecidas por ovarinas ou varinas - vendiam peixe pelas ruas da cidade ou trabalhavam nas descargas de carvão e de areia, marcando todo um imaginário lisboeta com a sua figura e pregões.

A varina, o fado e a comemoração dos Santos Populares continuam inegavelmente ligados à cultura do bairro.

No entanto, o aspecto que melhor define Santos-o-Velho na actualidade é a heterogeneidade das suas vivências, onde a cultura tradicional se concilia com a actividade dos restantes agentes sociais, económicos e culturais (museus, teatro, dança, não esquecendo o design), assim como a sua variada oferta ao nível da restauração e da diversão nocturna.

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